A força de Elza Soares, 85 anos, foi testada mais uma vez em julho, quando a cantora perdeu o terceiro filho. Após uma semana de internação, Gilson Soares, 59 anos, morreu por complicações de uma infecção urinária. “Mesmo que a autoestima esteja boa, ela vai para o calcanhar. Você perde o chão, fica tudo muito confuso”, conta ela que canta temas pesados como a violência doméstica e o racismo (dos quais foi vítima) no novo álbum, "A Mulher do Fim do Mundo", cujo repertório canta hoje e quarta no Teatro Oi Casa Grande.
“Você viu essa história do funcionário de um bar na Tijuca (o Garota da Tijuca), negro, que ganhou uma banana do gerente? Tinham que inventar uma vacina contra o racismo. Luto desde sempre contra o preconceito, acreditando em mim, brigando. Levei muita porrada”, conta a cantora.
Negra e vinda da pobreza, ela mal sabe de onde tirou forças para lutar contra o racismo e o machismo. Mas dá uma pista. “Todo mundo está aqui para fazer uma coisa. Meti na cabeça que vim não para deixar uma marca no mundo, mas uma mancha! Abri uma porta para entrar. Tem sempre que dizer ‘sou boa, sou maravilhosa’, bota isso na cabeça. Olha no espelho e ri para você mesmo, faz alguma coisa. Tem que ter fé, acreditar!”
Parece incrível, mas o novo álbum, o 34º de sua carreira, é o primeiro com repertório totalmente inédito e composto para ela. “Pensei em regravar clássicos meus, mas deixei para lá”, conta Elza, que pôs voz em um repertório feito por músicos paulistas, como José Miguel Wisnik, Cacá Machado, Clima e Douglas Germano. Volta falando gírias da turma do rap em ‘Firmeza?!”, de Rodrigo Campos, e literalmente sobre sexo em ‘Pra Fuder’ (Kiko Dinucci), cuja letra repete o palavrão do título várias vezes. “Mas acho que isso nem choca mais ninguém, sabe? Nem tem como. ‘Fuder’ não pode ser mais feio que desemprego, fome”, diz, rindo.
Em "Maria da Vila Matilde" (Douglas Germano), o tema é a violência contra a mulher. “Eu vou ligar prum oito zero/vou entregar teu nome (...)/aqui você não entra mais”. “É uma denúncia. Os homens têm que aprender que respeito é bom e a gente gosta. A mulher precisa ser mais amiga da mulher, ela não tem solidariedade. Elas vivem competindo”, diz Elza, que sempre teve mais amigos homens do que mulheres. “É estranho isso, né, cara? Conto nos dedos quantas amigas mulheres eu tenho. E com quase todas as mulheres isso acontece”.
Solteira, Elza tem saído pouco de casa por estar tratando da coluna. Operou a cervical e a lombar. “Tomei um tombo e não me tratei, daí senti as consequências agora. Vou fazer o show sentada”, conta Elza, que recentemente cantou com Mitch Winehouse, pai da cantora Amy Winehouse (1983-2011). “A Amy era fã minha, sabia disso? Foi um grande presente fazer esse show com ele”.
“Você viu essa história do funcionário de um bar na Tijuca (o Garota da Tijuca), negro, que ganhou uma banana do gerente? Tinham que inventar uma vacina contra o racismo. Luto desde sempre contra o preconceito, acreditando em mim, brigando. Levei muita porrada”, conta a cantora.
Parece incrível, mas o novo álbum, o 34º de sua carreira, é o primeiro com repertório totalmente inédito e composto para ela. “Pensei em regravar clássicos meus, mas deixei para lá”, conta Elza, que pôs voz em um repertório feito por músicos paulistas, como José Miguel Wisnik, Cacá Machado, Clima e Douglas Germano. Volta falando gírias da turma do rap em ‘Firmeza?!”, de Rodrigo Campos, e literalmente sobre sexo em ‘Pra Fuder’ (Kiko Dinucci), cuja letra repete o palavrão do título várias vezes. “Mas acho que isso nem choca mais ninguém, sabe? Nem tem como. ‘Fuder’ não pode ser mais feio que desemprego, fome”, diz, rindo.
Em "Maria da Vila Matilde" (Douglas Germano), o tema é a violência contra a mulher. “Eu vou ligar prum oito zero/vou entregar teu nome (...)/aqui você não entra mais”. “É uma denúncia. Os homens têm que aprender que respeito é bom e a gente gosta. A mulher precisa ser mais amiga da mulher, ela não tem solidariedade. Elas vivem competindo”, diz Elza, que sempre teve mais amigos homens do que mulheres. “É estranho isso, né, cara? Conto nos dedos quantas amigas mulheres eu tenho. E com quase todas as mulheres isso acontece”.
Solteira, Elza tem saído pouco de casa por estar tratando da coluna. Operou a cervical e a lombar. “Tomei um tombo e não me tratei, daí senti as consequências agora. Vou fazer o show sentada”, conta Elza, que recentemente cantou com Mitch Winehouse, pai da cantora Amy Winehouse (1983-2011). “A Amy era fã minha, sabia disso? Foi um grande presente fazer esse show com ele”.
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