O enorme desafio do eleitor é identificá-los.
No jornal O Dia
Mesmo que não fosse esta a sua intenção, o jovem Bernardo Cerveró prestou enorme serviço ao país quando gravou a conversa no gabinete do senador Delcídio do Amaral (PT-MS). Em uma hora e meia de bate-papo, um parlamentar de destaque nacional e um advogado dos mais requisitados revelam descontraidamente o quanto a rotina de alguns poderosos brasileiros pode ser parecida com a de chefões do crime organizado.Ilegalidades, intrigas, propinas, intermediários, planos de fuga, todos os ingredientes que um diretor de cinema precisa para fazer um filme de máfia estavam ali. Vale alertar, no entanto, que nada tem a ver com a política os temas tratados naquele gabinete. E essa talvez seja a nossa maior tragédia. Os políticos do Brasil desistiram de fazer política.
Não adianta personalizar: há muitos Delcídios e Cunhas, de vários partidos, de todas as correntes ideológicas. O senador que a Polícia Federal trancafiou é apenas o exemplo de tantos que se apresentam com aparência respeitável e discurso articulado, enquanto nos bastidores tratam de assuntos mais adequados a Fernandinho Beira-Mar e companhia. Não se sabe ao certo quantos são, mas a população generalizou. Para se ter uma ideia da distorção, basta pronunciar a palavra mágica perto de qualquer grupinho na feira, na fila do banco ou na praia. Pergunte o que as pessoas acham de... política. Receberá de volta, certamente, uma saraivada de xingamentos, reclamações e mensagens de decepção.
É preciso dizer: o que engravatados assim fazem com seus mandatos não é política. É crime, puro e simples. Nos melhores dicionários, a política é definida como a arte de governar ou administrar nações. O objetivo a ser alcançado é o bem comum. Nada disso passa pela cabeça desses Delcídios das esferas federal, estadual e municipal que transformam a corrupção na principal preocupação do país, como mostrou a pesquisa DataFolha. Querem apenas encher seus próprios bolsos, manter-se poderosos. Não sabemos exatamente quem são, pois falta um Bernardo Cerveró para revelá-los.
Mesmo com tanto desencanto, é preciso acreditar que nem todos os políticos são assim. Existem aqueles que lutam por suas ideias sem pensar em quanto vão ganhar com isso, sejam eles de esquerda ou de direita. O enorme desafio do eleitor é identificá-los. Para isso, é preciso acompanhar cada vez mais a atividade do Legislativo e do Executivo para, depois de muito avaliar, escolher aqueles que merecem um voto de confiança. Gente que, no lugar de crimes e tramoias, pratique a atividade que tanto faz falta ao país: política.
Não adianta personalizar: há muitos Delcídios e Cunhas, de vários partidos, de todas as correntes ideológicas. O senador que a Polícia Federal trancafiou é apenas o exemplo de tantos que se apresentam com aparência respeitável e discurso articulado, enquanto nos bastidores tratam de assuntos mais adequados a Fernandinho Beira-Mar e companhia. Não se sabe ao certo quantos são, mas a população generalizou. Para se ter uma ideia da distorção, basta pronunciar a palavra mágica perto de qualquer grupinho na feira, na fila do banco ou na praia. Pergunte o que as pessoas acham de... política. Receberá de volta, certamente, uma saraivada de xingamentos, reclamações e mensagens de decepção.
É preciso dizer: o que engravatados assim fazem com seus mandatos não é política. É crime, puro e simples. Nos melhores dicionários, a política é definida como a arte de governar ou administrar nações. O objetivo a ser alcançado é o bem comum. Nada disso passa pela cabeça desses Delcídios das esferas federal, estadual e municipal que transformam a corrupção na principal preocupação do país, como mostrou a pesquisa DataFolha. Querem apenas encher seus próprios bolsos, manter-se poderosos. Não sabemos exatamente quem são, pois falta um Bernardo Cerveró para revelá-los.
Mesmo com tanto desencanto, é preciso acreditar que nem todos os políticos são assim. Existem aqueles que lutam por suas ideias sem pensar em quanto vão ganhar com isso, sejam eles de esquerda ou de direita. O enorme desafio do eleitor é identificá-los. Para isso, é preciso acompanhar cada vez mais a atividade do Legislativo e do Executivo para, depois de muito avaliar, escolher aqueles que merecem um voto de confiança. Gente que, no lugar de crimes e tramoias, pratique a atividade que tanto faz falta ao país: política.
Nenhum comentário:
Postar um comentário