Folha de SP
Os processos que pedem a cassação de governadores eleitos em 2014, com acusações que vão de uso da máquina pública a abuso de poder e captação ilegal de recursos, pouco avançaram depois de um ano de mandato.
Dos 13 gestores que são alvo de ações, apenas três foram julgados pelos tribunais regionais eleitorais. Outros 10 sequer foram julgados em primeira instância. A lista inclui Fernando Pimentel (PT-MG), Beto Richa (PSDB-PR) e Marconi Perillo (PSDB-GO). Ainda respondem a ações eleitorais os gestores de Ceará, Piauí, Paraíba, Amazonas, Pará, Amapá e Mato Grosso do Sul.
A tramitação dos processos nas cortes tem sido protelada por manobras judiciais e questionamentos das defesas. O governador do Amazonas, José Melo (Pros), por exemplo, está matematicamente cassado por cinco votos a zero no TRE. O julgamento, contudo, ainda não foi concluído após um pedido de vista feito em setembro.
Melo é acusado de, durante a campanha à reeleição, ter feito propaganda institucional em período eleitoral, além de suposta compra de votos.
Da mesma forma, o julgamento da ação de cassação do tucano Simão Jatene, no Pará, foi suspenso por um pedido de vista. Autor da ação que questiona o mandato do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), o advogado Harrison Targino diz que não é razoável que um processo eleitoral se estenda por anos.
"A Justiça Eleitoral tem obrigação de ser célere, porque cada dia a mais é um a menos do mandato", afirma o advogado, que representa o candidato derrotado Cássio Cunha Lima (PSDB). Eles acusam Coutinho de abuso de poder político e econômico.
A falta de celeridade na tramitação dos processos tem feito com que governadores encerrem seus respectivos mandatos sem uma resolução da Justiça Eleitoral. Conforme revelado pela Folha em julho, 11 dos 12 processos de cassação de governadores eleitos em 2010 caducaram sem julgamento do mérito da ação.
O governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), foi cassado na primeira instância, mas recorreu da decisão e foi absolvido no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Já os governadores de MT, Pedro Taques (PSDB), e de TO, Marcelo Miranda (PMDB), foram absolvidos nos TREs. No segundo caso, o Ministério Público Eleitoral em Palmas recorreu da decisão.
Outro lado - Os governadores que respondem a ações eleitorais negam irregularidades em suas campanhas. Ricardo Coutinho (PSB-PB) e Simão Jatene (PSDB-PA) disseram que as ações de seus governos são pautadas pelo zelo administrativo. Wellington Dias (PT-PI) afirmou que as acusações contra ele não teriam relação com sua campanha.
Marcelo Miranda (PMDB-TO) diz que é acusado com base "em conjecturas". O PSDB do Paraná afirma que Beto Richa não cometeu abuso de poder.
O PT de Minas e o do CE não quiseram comentar. José Melo (AM), Waldez Góes (AP) e Marconi Perillo (GO) não responderam. A defesa de Reinaldo Azambuja (MS) não foi localizada.
Os processos que pedem a cassação de governadores eleitos em 2014, com acusações que vão de uso da máquina pública a abuso de poder e captação ilegal de recursos, pouco avançaram depois de um ano de mandato.
Dos 13 gestores que são alvo de ações, apenas três foram julgados pelos tribunais regionais eleitorais. Outros 10 sequer foram julgados em primeira instância. A lista inclui Fernando Pimentel (PT-MG), Beto Richa (PSDB-PR) e Marconi Perillo (PSDB-GO). Ainda respondem a ações eleitorais os gestores de Ceará, Piauí, Paraíba, Amazonas, Pará, Amapá e Mato Grosso do Sul.
A tramitação dos processos nas cortes tem sido protelada por manobras judiciais e questionamentos das defesas. O governador do Amazonas, José Melo (Pros), por exemplo, está matematicamente cassado por cinco votos a zero no TRE. O julgamento, contudo, ainda não foi concluído após um pedido de vista feito em setembro.
Melo é acusado de, durante a campanha à reeleição, ter feito propaganda institucional em período eleitoral, além de suposta compra de votos.
Da mesma forma, o julgamento da ação de cassação do tucano Simão Jatene, no Pará, foi suspenso por um pedido de vista. Autor da ação que questiona o mandato do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), o advogado Harrison Targino diz que não é razoável que um processo eleitoral se estenda por anos.
"A Justiça Eleitoral tem obrigação de ser célere, porque cada dia a mais é um a menos do mandato", afirma o advogado, que representa o candidato derrotado Cássio Cunha Lima (PSDB). Eles acusam Coutinho de abuso de poder político e econômico.
A falta de celeridade na tramitação dos processos tem feito com que governadores encerrem seus respectivos mandatos sem uma resolução da Justiça Eleitoral. Conforme revelado pela Folha em julho, 11 dos 12 processos de cassação de governadores eleitos em 2010 caducaram sem julgamento do mérito da ação.
O governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), foi cassado na primeira instância, mas recorreu da decisão e foi absolvido no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Já os governadores de MT, Pedro Taques (PSDB), e de TO, Marcelo Miranda (PMDB), foram absolvidos nos TREs. No segundo caso, o Ministério Público Eleitoral em Palmas recorreu da decisão.
Outro lado - Os governadores que respondem a ações eleitorais negam irregularidades em suas campanhas. Ricardo Coutinho (PSB-PB) e Simão Jatene (PSDB-PA) disseram que as ações de seus governos são pautadas pelo zelo administrativo. Wellington Dias (PT-PI) afirmou que as acusações contra ele não teriam relação com sua campanha.
Marcelo Miranda (PMDB-TO) diz que é acusado com base "em conjecturas". O PSDB do Paraná afirma que Beto Richa não cometeu abuso de poder.
O PT de Minas e o do CE não quiseram comentar. José Melo (AM), Waldez Góes (AP) e Marconi Perillo (GO) não responderam. A defesa de Reinaldo Azambuja (MS) não foi localizada.
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