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sexta-feira, 4 de março de 2016

Nervosa, Dilma convocou reunião de emergência e xingou Delcídio

Eram quase 11h de ontem (3) quando Dilma Rousseff convocou quatro de seus principais auxiliares para uma reunião de emergência em seu gabinete, no terceiro andar do Planalto. Nervosa, andou de um lado para o outro, bateu com as mãos sobre a mesa, xingou Delcídio do Amaral (PT-MS) e ordenou a divulgação de uma nota (leia abaixo). Assinado por ela, o texto diz que o governo "repudia o uso abusivo de vazamentos como arma política".

Diante dos ministros Jaques Wagner (Casa Civil), José Eduardo Cardozo (Advocacia-Geral da União), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e do assessor especial da Presidência, Giles Azevedo, Dilma chegou a soltar um "filho da p." em referência ao senador.

Disse que suas declarações eram "mentirosas" e que o vazamento da delação deveria ser tratado como "crime".

Ali foi levantada a hipótese de a delação ser anulada em razão da publicidade do conteúdo, já que o sigilo é um pré-requisito para a homologação das declarações pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Dilma então leu a reportagem divulgada pela revista "IstoÉ", com trechos em que Delcídio cita seu nome e o do ex-presidente Lula. "Faremos uma defesa ponto a ponto."

Foi a respeito da refinaria de Pasadena que ela reagiu com mais indignação, segundo relatos. Delcídio diz que a presidente tinha pleno conhecimento do processo de aquisição da refinaria –comprada pela Petrobras com o valor de US$ 792 milhões superior ao que valia.

Dilma nega ter tido acesso ao contrato que sacramentava o negócio. À época, ela era presidente do Conselho de Administração da estatal.

Ao ler a citação em que Delcídio diz que conversou com a presidente em caminhada nos jardins do Palácio da Alvorada, Dilma esbravejou: "Isso nunca existiu! Não tenho intimidade suficiente com ele para passeios no jardim".

Segundo a delação, a presidente pediu a Delcídio, durante essa conversa, que falasse com o ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Marcelo Navarro para votar pela libertação de empresários presos na Lava Jato.

A reunião precisou ser interrompida uma vez, quando a presidente, a contragosto, recebeu as equipes brasileiras de atletas olímpicos de ginástica artística. Impaciente, Dilma voltou ao gabinete.

A avaliação interna do governo é de que o conteúdo do depoimento acende a discussão sobre o impeachment no Congresso e que, muito provavelmente, a oposição vai apresentar novo pedido de afastamento de Dilma.

Além disso, avaliaram os assessores, os protestos marcados para 13 de março também devem ganhar fôlego.

O governo teme que Delcídio possa revelar fatos novos que possam complicar ainda mais a situação de Dilma. nas palavras de um assessor, é um caso que envolve um inimigo que, até pouco tempo, partilhava da intimidade do Planalto.

Íntegra da Nota divulgada e assinada por Dilma.
Todas as ações de meu governo têm se pautado pelo compromisso com o fortalecimento das instituições de Estado, pelo respeito aos direitos individuais, o combate à corrupção e a defesa dos princípios que regem o Estado Democrático de Direito. Nós cumprimos rigorosamente o que estipula a nossa Constituição.

Em meu governo, a lei é o instrumento, o respeito ao cidadão é a norma e a Constituição é, pois, o guia fundamental de nossa atuação.

Por isso, à luz de nossa lei maior defendemos o cumprimento estrito do devido processo legal. Os vazamentos apócrifos, seletivos e ilegais devem ser repudiados e ter sua origem rigorosamente apurada, já que ferem a lei, a justiça e a verdade.

Se há delação premiada homologada e devidamente autorizada, é justo e legítimo que seu teor seja do conhecimento da sociedade. No entanto, repito, é necessária a autorização do Poder Judiciário.

Repudiamos, em nome do Estado Democrático de Direito, o uso abusivo de vazamentos como arma política. Esses expedientes não contribuem para a estabilidade do País.

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