Ele condenou a "recusa" daqueles que "poderiam oferecer uma recepção e ajuda" aos migrantes nos países ocidentais, e expressou sua confiança nos esforços de paz na Síria, em sua mensagem de Páscoa "Urbi et Orbi" ("À cidade e ao mundo"), segundo a France Presse.
"A fila crescente de migrantes e refugiados que fogem da guerra, da fome, da pobreza e da injustiça não deve ser esquecida. Estes irmãos e irmãs encontram muitas vezes na estrada a morte ou a recusa daqueles que poderiam oferecer-lhes uma recepção e ajuda", insistiu em um novo apelo urgente aos líderes dos países desenvolvidos, particularmente na Europa, para que não fechem as suas fronteiras.
O pontífice mencionou as negociações para a promoção da paz na Síria, “um país devastado por um longo conflito, com o seu cortejo triste de destruição, de morte, de desprezo pelo direito humanitário e desintegração da sociedade civil”. “Com boa vontade e a cooperação pode-se recolher os frutos da paz e começar a construir uma sociedade fraterna, que respeite a dignidade e os direitos de cada cidadão”, afirmou.
"Confiamos no poder do Senhor para ressuscitar as discussões em curso (...) para que possamos recolher os frutos da paz", completou.
“Que a mensagem de vida proclamada pelo anjo perto da pedra encontrada afastada do túmulo [de Jesus] derrube a dureza de nossos corações e promova uma frutífera troca entre povos e culturas em outras regiões da bacia do Mediterrâneo e do Oriente Médio, particularmente no Iraque, Iêmen e Líbia”, declarou.
O Papa Francisco ainda lembrou do conflito israelo-palestino e ucraniano, além dos ataques recentes na Turquia, na Nigéria, no Chade, em Camarões, na Costa do Marfim.
Jorge Bergoglio desejou "o diálogo e a cooperação de todos" na Venezuela, a única referência ao seu continente de origem, de acordo com a France Presse.
"Eis que faço novas todas as coisas. Para quem tem sede eu darei água da fonte da vida", afirmou citando uma passagem bíblica. "Que esta mensagem tranquilizadora de Jesus ajude cada um de nós a começar de novo com mais coragem e esperança, a construir caminhos de reconciliação com Deus e com os irmãos", disse ao encerrar seu pronunciamento.
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