Marcando posição Alguns dos principais líderes de
movimentos sociais admitem, reservadamente, que a queda de Dilma parece
inevitável. Para eles, as manifestações são fundamentais, a partir de
agora, para “marcar posição”, indicando a agenda da esquerda num
eventual governo Temer. Essa visão, claro, não é unânime entre os que
organizam atos protestos “contra o golpe”. Um deles acredita que os atos
de 18 de março, tidos como expressivos, mostraram ser possível envolver
“novos atores”.
Jogo perdido Para os que já jogaram a toalha, o
esforço de Lula junto aos movimentos e sindicatos “revigorou os ânimos”.
A avaliação, porém, é que não há força suficiente para reverter votos
de deputados e sacar Dilma do impeachment.
Apito final É consenso que as manifestações seguirão
até a votação do impedimento de Dilma no Congresso. “Só acaba quando
termina”, diz um líder de movimento social.
Favas contadas A tropa do vice Michel Temer diz que,
mesmo com os esforços dos governistas da sigla, o rompimento com o
governo não terá menos de 75% dos votos na reunião do diretório nacional
na terça.
Dilma quem? Um ponto tem pesado para os partidos que
cogitam romper com Dilma: as eleições de 2016. Por mais que a lógica
municipal seja diferente da nacional, ninguém quer fazer a campanha
deste ano com a pecha de governista.
Contra o feiticeiro Famosa por ter entregado codinomes
de deputados, senadores e ministros, a lista da Odebrecht ganhou, ela
também, apelidos no Congresso. Vem sendo chamada de “atestado de óbito”
do sistema político.
Nenhum comentário:
Postar um comentário