Dilma era aguardada por cerca de 40 manifestantes contrários ao impeachment em frente à casa do embaixador do Brasil na ONU (Organização das Nações Unidas), Antônio Patriota.
Ao chegar à residência do embaixador, a presidente caminhou até os manifestantes, de quem recebeu flores e palavras de apoio. Sorrindo, abraçou algumas manifestantes e depois entrou no prédio, sem falar com a imprensa.
"Força", disse a antropóloga amazonense Natasha Antony, 33, quando a presidente chegou perto. "Fiquei muito emocionada, imagino o que ela deve estar sofrendo."
A viagem faz parte de uma estratégia para obter apoio internacional contra o impeachment. Dilma participará da assinatura do Acordo de Paris, na sede da ONU na sexta (22). Em Nova York, a petista pretende reforçar a tese de que o pedido de afastamento dela do cargo é um "golpe de Estado".
Segundo um assessor da presidente, o discurso na ONU será centrado no tema do clima e terá poucas menções a crise no Brasil, talvez "apenas uma frase", afirmou. Ele descreveu o estado de espírito de Dilma de "tranquilidade".
Depois do pronunciamento, ela dará entrevista a um pequeno grupo de jornalistas estrangeiros e participará de um almoço na ONU. A presidente ainda não decidiu se voltará ao Brasil na sexta à noite ou no sábado (23).
A historiadora Flavia Ribeiro Veras, uma das organizadoras da manifestação em Nova York, disse que apoia a decisão de Dilma em falar na ONU sobre a crise no Brasil. "Se a ONU discute guerras, também deve discutir golpes", disse ela.
Eles planejam repetir a manifestação nesta sexta de manhã perto da ONU, antes do discurso da presidente.
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