Mirian, Tomás e FHC
Em depoimento prestado à Polícia Federal na tarde de ontem (29), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso negou que tenha usado a empresa Brasif, que explorava free shops de aeroportos, para remessas de dinheiro à jornalista Miriam Dutra e seu filho, Tomás Dutra Schmidt. A Polícia Federal investiga suspeita de evasão de divisas desde que Miriam, ex-correspondente da Rede Globo na Europa, afirmou que os repasses eram feitos por meio de um contrato fictício de trabalho com a Brasif.
Os dois mantiveram um relacionamento durante os anos 1980 e 1990. O ex-presidente chegou a assumir a paternidade de Tomás mas diz que dois exames de DNA comprovaram que ele não é seu filho biológico.
De acordo com o advogado Sergio Bermudes, que acompanhou FHC no depoimento, o ex-presidente afirmou que nunca enviou dinheiro para Miriam Dutra.
Ele reconheceu que fez remessas regulares para Tomás mas defendeu que foram declaradas à Receita Federal. A maior delas, de 250 mil euros, foi feita com o objetivo de ajudar Tomás a comprar um apartamento em Barcelona. Ele disse que nunca usou a Brasif para remeter dinheiro ao exterior.
O ex-presidente, porém, não apresentou recibos das remessas. "Isso não é necessário. Os fatos podem ser comprovados pelo Banco Central", disse o advogado.
Fernando Henrique declarou ter duas contas no exterior, uma nos Estados Unidos e outra na França, abertas para receber os pagamentos por atividades profissionais prestadas fora do país. Segundo ele, as contas foram declaradas à Receita.
No depoimento, que durou cerca de 2h, o ex-presidente negou também que seja proprietário de um apartamento na Avenue Foch em Paris. Segundo Bermudes, ele disse que chegou a frequentar por dois meses um apartamento na mesma localidade que pertence a Maria do Carmo de Abreu Sodré, mulher do ex-governador de São Paulo Roberto de Abreu Sodré, morta em 2012.
De acordo com o advogado, o ex-presidente disse que não tem nenhum imóvel fora do país.
Mirian Dutra - No começo de abril, em depoimento de mais de cinco horas, Miriam confirmou à Polícia Federal que recebia cerca de US$ 3.000 mensais do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para pagar pela educação de seu filho Tomás.
Segundo teria relatado à PF, a jornalista recebia os dólares em espécie. Nos anos 1990, quando FHC presidia o Brasil, o dinheiro era levado por um cunhado a Portugal, onde Mirian morava.
Ainda de acordo com esse relato, a jornalista recebia o dinheiro na forma de crédito em conta quando passou a viver na Espanha. Na ocasião, o ex-presidente lamentou, por meio de sua assessoria, "a exploração pública de uma questão pessoal"
Quando...quando...quando o homem vai amadurecer e deixar de se meter com qualquer uma? Sinceramente, não lamento. Lamento sim, pelo sofrimento causado à falecida esposa e a todos da familia quando estourou essa BOMBA. Alpinista Social? Maria Chuteira? Maria Gasolina? E eles não aprendem! Regina Silva, santarena.
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