Janaína foi orientadora da tese de doutorado do juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal, que autorizou a prisão de Bernardo, marido da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).
Da tribuna, e também depois na comissão do impeachment, Gleisi mencionou a relação do juiz com a advogada.
Presente à sessão da comissão, Janaína pegou o microfone e reagiu: "As pessoas medem as outras pela própria regra. Como os petistas têm vassalos e não orientandos, eles [petistas] acreditam que os outros professores também exigem que as pessoas se ajoelhem. Os meus orientandos nunca se submeteram a mim, eles nunca me deram nenhuma satisfação a não ser sobre a pesquisa. Meu papel na universidade é formar pessoas de cabeças livres, tanto que tenho alunos petistas e os respeito".
A advogada reclamou que o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) passou a sexta-feira passada (24) na comissão e não tocou no assunto e, quando a advogada já havia ido embora, falou a veículos de imprensa sobre o caso. Foi quando o petista respondeu: "Vossa senhoria entrou neste processo por R$ 45 mil", disse, em referência ao valor pago pelo PSDB a Janaína por um parecer dela sobre impeachment. A advogada então citou o episódio em que Farias teria pedido R$ 2 milhões ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, delator da Lava Jato. Alvo de inquérito sobre o assunto, o petista confirma ter recebido o dinheiro, mas alega que foi doação eleitoral legal da empreiteira Andrade Gutierrez, também investigada.
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