Por Arnaldo Jabor
Você está andando
pela rua e, de repente, uma imensa tempestade de luz cai sobre sua
cabeça, como o sol despencando do céu. Você não sabe o que é, nem vai
saber nunca, porque você derreteu como um sorvete em 2 segundos. Fica um
lago de seu corpo em volta de seus sapatos, enquanto a cidade inteira
vira um deserto fervente povoado por cadáveres que vagam como zumbis
pelas ruas em fogo.
Falo assim para ver se sentimos no corpo o intenso horror do “segundo holocausto” da Guerra: as bombas atômicas no Japão.
Há 71 anos, em 6 e 9 de agosto de 1945, os americanos destruíram Hiroshima e Nagasaki.
Todo
ano me repito e escrevo artigos sobre a bomba nessa data, não apenas
para condenar um dos maiores crimes da humanidade, mas para lembrar que o
impensável pode acontecer a qualquer momento. Tudo pode acontecer hoje
num mundo onde um psicótico como o Trump, um Hitlerzinho repulsivo, pode
ser candidato a presidente dos US. Isso não podia acontecer e, no
entanto, acontece.
Mais aqui >Hiroshima mon amour
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