Na cidade de Santarém de outrora, os rapazes e moças da “alta sociedade” participavam das festas realizadas no aristocrático “Centro Recreativo”, porém, o acesso era permitido apenas aos sócios e seus dependentes. As moças, também chamadas de “brotinhos”, contavam os dias para a chegada da data que assinalava os seus 15 anos para poderem, então, tornar realidade um de seus sonhos: participarem do “Baile das Debutantes”, sempre no mês de maio, um acontecimento marcante no calendário social do referido clube. Uma das melhores orquestras de Belém – Alberto Mota, Guilherme Coutinho ou Sayonara – era contratada para tocar.
Em todos os bailes realizados no CR, desde cedo era formado, no muro próximo à porta de entrada, o famoso “sereno”, grupos de pessoas que iam apreciar a chegada dos frequentadores e, ali, surgiam os mais variados e indiscretos comentários sobre os trajes, os pares e desempenho na arte de dançar dos recreativenses. Quem não faltava no “sereno” eram as irmãs Joanica e Anicota, tias dos saudosos políticos Silvio Leopoldo de Macambira Braga e Cleo Bernardo.
Naquele tempo, não havia tanta liberdade em matéria de namoro. Sair sozinho para as festas ou para assistir filmes no Cinema Olímpia, com a namorada, nem pensar. Os pais só permitiam que suas filhas saíssem com os namorados, se junto com o casal fosse uma tia, um irmão, um primo ou outro “pentelho” qualquer. E a hora de voltar pra casa era marcada, geralmente não ia além das 22h. Agora, não, a “mudernidade” liberou geral.
Em todos os bailes realizados no CR, desde cedo era formado, no muro próximo à porta de entrada, o famoso “sereno”, grupos de pessoas que iam apreciar a chegada dos frequentadores e, ali, surgiam os mais variados e indiscretos comentários sobre os trajes, os pares e desempenho na arte de dançar dos recreativenses. Quem não faltava no “sereno” eram as irmãs Joanica e Anicota, tias dos saudosos políticos Silvio Leopoldo de Macambira Braga e Cleo Bernardo.
Naquele tempo, não havia tanta liberdade em matéria de namoro. Sair sozinho para as festas ou para assistir filmes no Cinema Olímpia, com a namorada, nem pensar. Os pais só permitiam que suas filhas saíssem com os namorados, se junto com o casal fosse uma tia, um irmão, um primo ou outro “pentelho” qualquer. E a hora de voltar pra casa era marcada, geralmente não ia além das 22h. Agora, não, a “mudernidade” liberou geral.
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