Editorial - Estadão
A corrupção não é um mal menor. Ela aumenta a desigualdade social, afasta os investimentos, piora o ambiente de negócios, dificulta a criação de empregos, prejudica a qualidade dos serviços públicos, entre outros danos. Faz-se necessário relembrar os males da corrupção, pois – de forma similar ao que ocorreu nos anos 1960, com o bordão “rouba, mas faz”, dos apoiadores de Ademar de Barros, ex-governador de São Paulo – observa-se atualmente nova tentativa de justificar a corrupção. “Com a descoberta do mensalão, em meados da década passada, e de maneira mais enfática agora, com o petrolão, um contingente expressivo de militantes e simpatizantes do PT fechou os olhos para as acusações de corrupção sofridas pelo partido e continuou a apoiá-lo, com o argumento de que o principal é o que ele faz pelos mais pobres. Numa adaptação livre do velho bordão de Ademar, é como se dissessem que o PT ‘rouba, mas distribui’. Ou, então, que ‘rouba, mas faz obra social’. Na essência, são duas maneiras semelhantes de tentar justificar o mesmo fenômeno, que contamina o País e afeta a vida dos cidadãos e das empresas – a pilhagem de dinheiro público”, dizia a reportagem de José Fucs.
Mais aqui >Os males da corrupção
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