Por Lúcia Guimarães - Estadão
Meses antes da eleição presidencial dos EUA, especialmente depois que o
Facebook alterou seu algoritmo no meio do ano, o conteúdo de fake news,
falso noticiário, superou em engajamento o conteúdo jornalístico
originado por websites legítimos como o New York Times e o Wall Street
Journal. Um editor do site Buzzfeed examinou os números e mostrou que os
cinco conteúdos mais disseminados eram anti-Hillary Clinton. Um deles
dizia que ela havia cometido assassinatos. Esta colunista ouviu
exatamente isso de uma mulher articulada e de classe média, na noite da
eleição, em Manhattan. Outro post dizia que o Papa Francisco havia
endossado Donald Trump.
Trump é o primeiro presidente eleito pelo extremismo estimulado pela cultura digital e a desinformação disseminada online. Não se trata de paternalismo ou de ignorar a angústia real dos que votaram nele por se sentir excluídos da economia (desinformados sobre seu poder de ressuscitar indústrias moribundas) ou por odiar Hillary Clinton (enganados sobre crimes que ela não cometeu).
Mais aqui >Hillary, a assassina.
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