A decisão da 2ª Turma
do Supremo Tribunal Federal (STF), tornando réu o senador Valdir Raupp
(PMDB-RO), pode criar um precedente que complica políticos citados na
Lava Jato e que alegam terem recebido “doações legais”. Raupp recebeu
doação “legal” de R$ 500 mil da empreiteira Queiroz Galvão interpretada
como “propina” pelo Ministério Público Federal. Pela primeira vez, os
ministros concordaram com isso. A 2ª Turma, que tornou Raupp réu, será a
mesma que o julgará.
Confirmado o precedente, qualquer doação eleitoral, mesmo declarada à Justiça Eleitoral, pode ser interpretada como propina.
De acordo com a
Procuradoria-Geral da República, a “doação eleitoral” de empresas
fornecedoras do governo é “propina disfarçada”.
Valdir Raupp virou
réu no STF por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele é o quarto
parlamentar réu no exercício do mandato.
Em seu voto, o decano
do STF Celso de Mello disse que usar a doação como propina é uma
“engenhosa estratégia” para lavar dinheiro.
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