Editorial - Estadão
“Se, em algum momento, um dos 204 milhões de brasileiros chegasse ao
presidente da República e dissesse ‘tem um esquema de propina na
Petrobrás’, seria mandada embora a diretoria inteira da Petrobrás.” Essa
declaração de Lula em seu depoimento ao juiz Sergio Moro dá bem a
medida do nível da hipocrisia que lhe é própria. Na verdade, em 2009 o
então presidente foi oficialmente informado, não por “um dos 204 milhões
de brasileiros”, mas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela
Comissão Mista de Orçamento do Congresso, sobre graves irregularidades,
principalmente superfaturamento, em quatro obras da Petrobrás. A
Comissão Mista votou pela exclusão daqueles quatro projetos do Orçamento
da União até que se apurassem as irregularidades. Lula vetou a decisão
do Congresso. Três das quatro obras – Refinaria Abreu e Lima, em
Pernambuco, Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e
Refinaria Presidente Vargas (Repar), no Paraná – acabaram se tornando
objetos de investigação e denúncias na Operação Lava Jato.
Mais aqui >Morrendo pela boca
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