Editorial - Estadão
Muita gente se perguntou e ainda se pergunta onde estava o povo no
momento em que o Congresso rejeitou a denúncia apresentada pela
Procuradoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer.
Afinal, se 81% dos brasileiros disseram defender a aceitação da
denúncia, em pesquisa do Ibope divulgada na antevéspera da votação,
presumiu-se que uma parte desse contingente se animaria a pressionar os
congressistas a fazer valer essa vontade, ou então que iria em massa às
ruas protestar contra a atitude dos parlamentares que se recusaram a dar
seguimento ao processo contra Temer. Como nada disso aconteceu – salvo
pelos dois ou três queimadores de pneus de sempre –, muitos concluíram
que o povo está “apático” ou “indiferente”.
O que parece escapar a essas análises é que, para irem às ruas, os cidadãos precisam de uma motivação muito clara. Não se troca um governo como se troca de camisa.
O que parece escapar a essas análises é que, para irem às ruas, os cidadãos precisam de uma motivação muito clara. Não se troca um governo como se troca de camisa.
Mais aqui >O povo ficou em casa
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