Por Eliane Cantanhêde - Estadão
Políticos
vivem de mistificações e muitos deles, ao mesmo tempo em que se colocam
como vítimas por serem negros, mulheres, (ex) pobres ou de recantos
longínquos do País, usam essas mesmas condições para se fazerem
populares e abocanharem privilégios. Ninguém desconhece que o Brasil tem
ranços racistas e machistas e que a principal origem de nossas piores
mazelas está na desigualdade social, mas usar essa triste realidade para
detratar os adversários, de um lado, e obter simpatias e boquinhas, do
outro, é ilegítimo e cínico.
A ministra dos Direitos
Humanos, Luislinda Valois (PSDB), é desembargadora aposentada, mulher
das leis, mas, quando a lei afeta seus interesses, aí são outros
quinhentos. Como mostrou a Coluna do Estadão, ela tentou furar o teto
salarial do funcionalismo, de R$ 33,7 mil, e acumular R$ 61,4 mil com
aposentadoria e salário de ministra, alegando que a adequação à lei,
“sem sombra de dúvidas, se assemelha ao trabalho escravo”. Logo, quis
tirar vantagem com a conexão entre sua condição de negra e a escravidão,
quando o teto vale (ou deveria valer) para brancos, negros, mulatos,
asiáticos...
Continua aqui >Me engana que eu gosto
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