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quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Planos de Saúde: Ganância ignorada pela ANS

É dever da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) “assegurar o interesse público” no setor dos planos de saúde, como manda a lei 9.961/2000, que a criou, mas, na prática, quer mais é “fortalecer” a “boa gestão e a sustentabilidade das empresas”, como se fosse uma associação de planos de saúde. A ANS lava as mãos diante da falta de escrúpulos de planos de saúde: não interfere no reajuste de contratos coletivos (ou empresariais), os únicos disponibilizados no mercado. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

A ANS não age contra a burla dos planos de saúde ao Estatuto do Idoso, que proíbe valores maiores após os 60 anos do segurado.

A burla dos planos de saúde, sem qualquer punição, é aumentar as mensalidades em até 100% no aniversário de 59 anos do segurado.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) aponta aumentos de até 73,3% em planos coletivos, sem qualquer intervenção da ANS.

A ANS só cuida dos planos individuais, em extinção. Mesmo assim, reajustou-os em 13,5%. Novo abuso: a inflação anual não chega a 3%.

3 comentários:

  1. Caríssimo Ercio,

    Para tentar enriquecer os argumentos descritos no seu comentário, tomo a pachorra de fazer juntada de um comentário que tive oportunidade de fazer em julho transato sobre a situação dos planos de saúde, que eu acredito sejam vitimas (pelo menos alguns) não da sua própria ganância mas da ganância das unidades hospitalares de que eles se servem para cumprir a sua finalidade.
    A ANS entra apenas como uma organização desidiosa, que por, motivos que ignoramos, não bota o pé no freio desses desmandos que acabam explodindo na cabeça daqueles que vêem as suas participações nos referidos planos caminharem na direção da insolvência.

    “Se havia mistério sobre as razões da situação pre falimentar dos planos de saúde de auto gestão, esse mistério foi desvendado na frase:
    “A ANS AUTORIZA OS REAJUSTES COM BASE NA INFLAÇÃO DE CUSTOS HOSPITALARES, QUE NÃO SOFREM QUAISQUER TIPOS DE AUDITORIA”
    A ser verdadeira essa afirmativa, não será o caso de a discussão sobre as dificuldades dos planos assistenciais de saúde chamados de auto gestão, que acolhem mais de 5.000.000 de seres humanos, começar pelo “imprensamento” da entidade “reguladora” contra a parede ?.
    Estamos, literalmente, num beco sem saída, mantido o status atual.
    A própria Associação Brasileira de Planos de Saúde reconhece: "É impossível o sistema de saúde suplementar sobreviver no ritmo que está hoje".
    Se nos lermos as opiniões até aqui expendidas por aqueles que “vivem” o sistema atual, vamos concluir que o grande problema é a internação hospitalar. Nenhum outro “acidente” nessa estrada percorrida pelos caminhos que acolhem a circulação das unidades de saúde e dos planos de saúde parece ser mais grave do que aquele enfrentado por estes últimos, ao dependerem totalmente daquilo que podem fornecer as primeiras.
    O nosso caro Presidente da CASF, por exemplo, diz que “diante do monstruoso crescimento das despesas com internações hospitalares” onde se contam:
    -- as “insidiosas políticas de preços adotadas por muitas das grandes unidades de prestação de serviços hospitalares, por vezes ultrapassando as raias da boa prática comercial” e
    -- os honorários médicos, que registram “majorações que se situam entre dez e doze vezes os valores contratados entre o hospital e a operadora de planos de saúde”, simplesmente porque os cirurgiões passaram a se ver como figuras estranhas às “obrigações contratadas entre o hospital e a operadora de planos de saúde”.
    É exatamente essa a opinião expendida pela Presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil no Distrito Federal. Ela reconhece que “não há milagre que dê conta da equação perversa residente no setor saúde”, enumerando, por exemplo, a “inflação médica” e os procedimentos da rede hospitalar “atuando com cheque em branco ao internar pacientes dos planos conveniados”, nesse “cheque em branco” se contando “as fraudes absurdas no fornecimento de materiais e medicamentos” e “e a falta de ética de alguns segmentos ou profissionais na área da saúde”.
    Vamos chamar às falas a ANS enquanto se examina, em profundidade a verticalização, incluindo "hospitais , laboratórios e serviços que prestam atendimento de áreas e alto custo, como quimioterapia" e por aí afora”.

    E cabe aqui repetir uma pergunta que já fizemos em comentário de setembro último sobre uma idéia que apresentei para tentar fazer a CASF escapar desse mundo de irregularidades:

    “ ... valorizar ou condenar uma idéia está intrinsecamente ligada a dois fatores:
    O fator um é a ignorância daqueles que não conseguem ver nela as vantagens que ela proporcionará
    O fator dois é o medo daquilo que ela pode interferir nos interesses de quem avalia os seus resultados.
    No caso, resta saber de que fator estamos falando”

    Um abraço.

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  2. Caríssimo Ercio,
    Permito-me repetir aqui trecho de explicação que dei em setembro ido:
    “Depois que Galileu Galilei foi execrado por ter assegurado que a terra era redonda, eu fiquei traumatizado em me mostrar como autor de idéias que, no meu modesto entender, poderiam frear esse “rio de sacanagens” enfrentado pelos planos de saúde e que parecem não estar sendo “entendidos” pelos dirigentes desses planos. Porisso o meu anonimato. Reconheço a covardia”.

    Abraços

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