Grande quantidade de dinheiro, principalmente dólar, encontrado na casa de Dudu
Dudu sendo conduzido à prisão
O ex-prefeito de Belém Duciomar Costa foi preso nesta sexta-feira (1°) pela Polícia Federal, acusado de comandar uma organização criminosa responsável por um rombo de R$ 400 milhões à administração pública. Duciomar foi preso em sua residência, no residencial Green Ville I, na avenida Augusto Montenegro, durante a Operação Forte do Castelo, realizada por policiais federais com apoio do Ministério Público Federal. Segundo as investigações, o ex-prefeito comandava um esquema de fraude em licitações para favorecer empresas ligadas a ele, firmando contratos que enriqueciam os envolvidos de forma ilícita.Os crimes ocorreram durante a gestão de Duciomar na prefeitura da capital paraense, entre 2005 e 2012. Segundo a PF, os envolvidos no esquema, que incluíam pessoas com vínculos profissionais, pessoais ou familares com o ex-prefeito, nunca demonstraram capacidade financeira, mas mesmo assim tornaram-se titulares de empresas, passando a receber volumes significativos de recursos públicos.
Segundo a Receita Federal, em alguns casos, as empresas vencedoras de licitações subcontratavam outras empresas e essas subcontratadas efetuavam os repasses de recursos aos integrantes do grupo criminoso, "tudo com o provável intuito de dificultar o rastreamento em fiscalizações", diz a PF.De acordo com a Corregedoria Geral da União, o esquema criminoso ocorreu durante a execução de diversos projetos realizados pela prefeitura de Duciomar, incluindo o início das obras de construção do Portal da Amazônia e a obra do BRT. Duciomar foi conduzido para a sede da PF em Belém. Ele chegou ao local em uma cadeira de rodas, por causa de um problema neurológico que dificulta sua locomoção. Outros quatro mandados de prisão preventiva foram expedidos pela Justiça, mas os nomes ainda não foram divulgados. A operação também cumpre 14 mandados de busca e apreensão e 4 de condução coercitiva nas cidades de Belém, Brasília e São Paulo.
A operação foi deflagrada pela PF em conjunto com a Receita Federal, o Ministério Público Federal e o Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União. O nome da operação faz referência a um conhecido ponto turístico da cidade de Belém, fortaleza construída no século XVII com o intuito de oferecer proteção ao povo contra eventuais saqueadores.
Duciomar foi conduzido para a sede da PF em Belém. Ele chegou ao local em uma cadeira de rodas (foto), por causa de um problema neurológico que dificulta sua locomoção.
Outros detidos - Além de Duciomar Costa, foram detidos também Elaine Bahia Pereira, esposa de Duciomar, na época era assessora dele; Ilza Bahia Pereira, cunhada do ex prefeito; Delsio Oliveira, assessor e dono da empresa T Sistemas e Transporte. Célio Araújo de Souza, sócio das empresas Metrópole Construção e Serviços, não foi localizado.
Já Gean Jesus, proprietário da BA Ambiental; Edson Evangelista, ex-assessor; Márcio Barros, sócio-proprietário da I9 Comunicação; e Yussef Leo Leitão, sócio-proprietário da I9, foram levados através de condução coercitiva para prestarem depoimento.
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