- Eu tomei a decisão de não continuar como técnico do Real Madrid. É um momento estranho, mas esse time precisa de uma mudança para continuar vencendo, precisa de outro discurso, outra metodologia de trabalho. E é por isso que tomei essa decisão - explicou o treinador em seu anúncio. Zidane fez questão de repetir diversas vezes que sua decisão de sair justamente em um momento vencedor se deu por conta da necessidade da equipe de ter um fato novo para as próximas temporadas. O comandante deixou claro que vislumbrava para as próximas temporadas uma maior dificuldade para conquistar títulos. O presidente Florentino Pérez, que acompanhou Zizou durante o anúncio e a entrevista coletiva do técnico, não conseguiu esconder sua surpresa com a decisão do treinador - que é o primeiro a deixar o Santiago Bernabéu por vontade própria, e não por uma demissão, em toda a gestão do mandatário. - Depois de ganhar uma copa europeia, é uma decisão inesperada, mas só podemos aceitar a decisão e respeitá-la. A mim, causou um grande impacto quando soube da decisão. Gostaria de convencê-lo, mas sei como é. Quero agradecer sua entrega, carinho e tudo que fez pelo Real Madrid nestes anos. Não é uma despedida, é um "até logo". Mas, sim, precisa de descanso, e também merece - disse Florentino.
O francês fez questão de agradecer à torcida por todo o carinho recebido desde que assumiu o comando do clube, em janeiro de 2016, e recordou até mesmo o quanto contava com a boa vontade dos fãs em sua época de jogador. Lembrando sua trajetória no clube como atleta e agora como treinador, o astro deixou as portas abertas para um retorno.
- Claro que pode ser um "até logo". O Real me deu tudo, e vou estar por aqui, perto deste clube toda a vida. A decisão para muitos não tem sentido, mas para mim, sim. É o momento de fazer uma mudança - completou. Zidane deixa o comando do Real Madrid após dois anos e meio como treinador do time principal - onde chegou para substituir Rafa Benítez, demitido no meio da temporada 2015/16. Antes, havia trabalhado como auxiliar de Carlo Ancelotti na conquista da Champions em 2013/14, e iniciado trajetória à frente do time B merengue, o Castilla. Ele se despede do Santiago Bernabéu tendo levado o time a nove conquistas neste período: três Ligas dos Campeões, dois Mundiais de Clubes, um Campeonato Espanhol, duas Supercopas da Uefa e uma Supercopa da Espanha.
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