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terça-feira, 17 de julho de 2018

Depoimento de Casagrande sobre dependência química na Copa é exemplo de superação

A atitude de Walter Casagrande Júnior, que se emocionou ao falar sobre a experiência de passar "uma Copa sóbrio" após a final entre França e Croácia, foi avaliada como "louvável" por especialistas, pela coragem em admitir o problema e promover a conscientização para milhões de brasileiros. O comentarista de futebol da Rede Globo foi às lágrimas ao revelar que esse é o primeiro Mundial em décadas no qual não usou drogas.— A declaração dele é um exemplo para todos. Ao comemorar esse período sóbrio e falar sobre o assunto em rede nacional, compartilhando sua emoção com todos, Casagrande mostra o quanto é difícil, mas também o quanto é possível vencer esse problema. Uma atitude como essa é muito importante na luta contra a dependência química — avalia a psicóloga Daniela Teixeira.

A psicóloga destaca ainda que ver uma pessoa conhecida revelar sua dependência e comemorar a superação pode servir para inspirar milhares de outros brasileiros, além de demonstrar que esse é um problema que pode atingir a todos.

— Acredito que muitos dependentes químicos tenham se sentido representados ali, porque também passam por isso, mas dificilmente veem alguém celebrar suas vitórias com tamanho alcance em público — diz Daniela.

Reconhecido como um grande jogador — foi convocado para a Copa do Mundo de 1986 — e um líder entre os atletas também fora de campo, Casagrande tem travado uma longa luta contra as drogas, que começou a utilizar principalmente depois que parou de jogar futebol. Para ajudar em seu próprio tratamento e também contribuir para que muitos outras lidem com isso, ele decidiu, há alguns anos, tornar públicas suas dificuldades e também cada pequena vitória na tentativa de vencer o vício.

Um ponto que mereceu destaque na análise de especialistas foi o fato de que o comentarista estava longe de casa, em um país diferente, provavelmente afastado da presença dos familiares. Mudanças como essas por vezes representam recaídas, mas foram superadas por Casagrande.

— Ele provavelmente ficou mais de um mês afastado das pessoas mais próximas, estava em um lugar diferente e, talvez, pressionado com todo o trabalho envolvido em uma Copa do Mundo. Mesmo assim, foi forte para se manter sóbrio. É muito importante para a conscientização sobre o uso de drogas o que ele fez — entende o psiquiatra Nelson Cardoso.No domingo (15), o ex-jogador garantiu que a Copa de 2018 foi a mais importante de sua vida. Chorou ao vivo, no ar, e emocionou os colegas de transmissão, o narrador Galvão Bueno e o comentarista de arbitragem Arnaldo Cézar Coelho.— Essa é a Copa mais importante da minha vida. Eu tive uma proposta quando vim para cá, quando saí do Brasil, que era chegar pela primeira vez numa Copa do Mundo sóbrio, permanecer sóbrio e voltar para a minha casa sóbrio. Então estou muito feliz — disse Casagrande, às lágrimas.

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