Grata lembrança
Ontem, conversando com um mocorongo da “velha guarda”, nos lembramos da Turma do América – composta por atletas e simpatizantes do extinto América Futebol Clube, que se reuniam, à noite, em um dos bancos da Praça da Matriz, comentando assuntos diversos enquanto aguardavam a hora de entrarem no Cinema Olimpia para assistirem aos filmes em cartaz, sentados em suas cadeiras cativas. Depois, todos juntos, iam direto para o terraço do Bar Mascote para cervejar ou saborear gostosos sorvetes e sanduiches. Cito alguns desses meus diletos amigos: Dario Tavares, Adilson (Cabeleira), Aloísio Saraiva, Licurgo Anchieta, Guilherme (Vovô), Maurilio Pinto, Solano, Juvenal (Paxá), Edivaldo (Paca-toca), Arnaldo Joseph, Clementino Lima (Kelé), José Veiga (Zé Camaleão), Marlio Cunha (Caratinga) e Josué Monteiro. Eu era um dos integrantes desse grupo extremamente unido em momentos de alegria ou de tristeza, de vitórias ou derrotas do amado América, uma das glórias do futebol santareno de outrora.
Gente fofoqueira afirma que, depois do bate-papo no Mascote, alguns desses "americanos" iam participar das festas no Trem e na Fuluca. Mas, para o bem de todos, vamos pular esta parte.
Aos que foram citados aqui, vivos ou mortos, transmito um fraterno abraço.
E, para quem já esqueceu, eu lembro que o Méquinha, como era carinhosamente chamado, tinha um belo e vibrante hino composto por José Wilson Malheiros da Fonseca e musicado pelo seu irmão Vicente. Eis a letra:
– América! América!
– Eu te aclamo com grande emoção!
– América! América!
– Salve o clube do meu coração!
Tua camisa valente
É vermelha
É a ardente centelha
Que acende os corações.
Santarém te consagra
E te aceita.
Todo o povo respeita
Tuas nobres tradições.
Nos estádios, teu hino eu canto.
Ergo a voz pelo nosso ideal,
Que é manter sempre forte e unido
O América, num abraço total.
– América! América!
– Eu te aclamo com grande emoção!
– América! América!
– Salve o clube do meu coração