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sábado, 7 de novembro de 2020

 *RECANTO DE POETAS E ESCRITORES*

O SONHO DE DOIS AMIGOS (Capítulo III)

Autor: José Wilson Malheiros

Como eu já mencionei, os dois amigos ganharam muito dinheiro com a sociedade, digamos, internacional.

Meschede convidou Malheiros para conhecer a Europa, principalmente a Alemanha.

Imaginem um homem simples, do Aritapera, passeando na pátria de Beethoveen, Mozart, Goethe, Nietzche e tantos outros luminares da cultura mundial.

E partiram de navio.

Meschede já estava aprendendo a nossa língua.

Ao chegarem ao hotel, na Alemanha, os recepcionistas (que, logicamente, não entendiam português) viram a assinatura: Vicente Malheiros e julgaram estar diante de um Visconde brasileiro.

Ou seja, em vez de Vicente, leram Visconde.

Quando perguntaram, o companheiro de viagem, sabendo dos costumes na terra natal, confirmou:

- Sim, ele é um Visconde. Pertence à nobreza brasileira.

Daí em diante o “Visconde” e seu amigo foram tratados no hotel com mordomias, salamaleques e gentilezas, só devidas à nobreza de sangue azul.

Quando voltou a Santarém contou o episódio para os amigos que o apelidaram de VISCONDE DA VÁRZEA, pseudônimo que sempre usou em suas crônicas gostosas no JORNAL DE SANTARÉM.

Os dois amigos começaram a frequentar as famosas cervejarias de Berlim, onde assistiram diversas vezes, ao vivo e de perto, Adolf Hitler fazer seus discursos inflamados.

Quem assiste filmes dessa época, pode ver como eram essas famosas casas de cerveja.

Das cervejarias começaram a frequentar a vida noturna da Berlim da belle époque.

Meu avô contava que admirava aquelas alemãs lindas, louríssimas e desinibidas, que sentavam nas mesas, onde existiam luzes vermelhas ou verdes e um telefone.

Se ela estivesse desocupada acendia a luz verde e podia chamar por telefone.

Malheiros contava que as alemãs gostavam de acariciar o cabelo crespo “made in” Aritapera, e, segundo ele, elas adoravam.

Meu avô também era amigo de outro alemão que morava em Santarém, o Sr. João Liebold.

E já que estamos em assuntos alemães, aproveito para contar um episódio engraçado, contado pelo meu avô, que tem como personagem exatamente o Liebold.

Ele chegou a Santarém e depois de uns quinze anos sem visitar a família, resolveu ver os parentes.

E embarcou para a terra natal.

Lá chegando, era natural que todos, curiosos, fizessem perguntas:

- Como é o Brasil, como é a Amazônia, como é Santarém?

E João Liebold, respondeu:

- Aquilo ali é uma “esculhambaçon”...

Duas semanas depois, ele estava sentado e tristonho numa cadeira de embalo... pensando... saudoso...

Então perguntaram:

- João, o que você tem? Não está no seu país, junto de sua família?

E ele respondeu:

- Eu estarrr com saudade daquele esculhambaçon!...

Aguardem os próximos capítulos.

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