"De acordo com a nova lei, a 12.034, pode-se dizer que Jader Barbalho continua em campanha por sua conta e risco". As palavras do jurista Sérgio Couto reafirmam que o atual deputado federal continua inelegível ao cargo de senador pelo PMDB. O candidato promoveu ontem uma entrevista coletiva para declarar que não renuncia a sua candidatura. "É a história do político que não quer reconhecer a sua própria deficiência", comentou Couto sobre o assunto. "Ele conseguiu o registro pelo [Tribunal Regional Eleitoral] TRE aqui, mas teve a candidatura cassada pelo [Tribunal Superior Eleitoral] TSE lá. Ele é tão candidato quanto eu! Quem não tem registro não é candidato, e essa é a situação dele. Inclusive, no meu entender, os votos direcionados a ele e a qualquer outro candidato que esteja em situação semelhante deveriam ser apurados em separado. Para um cargo majoritário, como é o caso, isso provavelmente não faz tanta diferença, mas em caso de candidatura proporcional, em que o voto vai para a legenda, a adoção de uma medida como essa poderia mudar muita coisa", defende Couto.
O jurista afirma que não vê mudanças no cenário daqui para o dia da eleição, mas sugeriu que Barbalho poderia passar sua candidatura a outro filiado do PMDB. "Eu, pessoalmente, entendo que ele poderia renunciar, passar a disputa para seu filho [o prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho], por exemplo. Mas acho muito difícil, em termos jurisdicionais, qualquer coisa mudar agora", disse. "Meu eleitor não irá nessa conversa inventada pelos meus inimigos políticos [referindo-se aos boatos que davam conta de que renunciaria] que querem confundir a opinião pública. Vou aparecer na tela da urna dando um amplo sorriso", disse Jader. (No Amazônia)
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