O genro da vítima, o jornalista Miguel Oliveira, comentou o falecimento por telefone: "Fizemos tudo o que foi possível para salvar a vida dele. Mas infelizmente Santarém é uma cidade doente. Em todo lugar que você vai, seja em hospitais públicos ou particulares, os leitos sempre estão todos ocupados", explicou, sem atribuir o óbito à demora no atendimento.
O fotógrafo começou a sentir falta de ar no dia em que foi diagnosticado com dengue, tomou uma medicação e recebeu alta. Era cerca de 19 horas de quinta-feira, quando ele sentiu dores no corpo. Para um melhor atendimento, foi solicitada a transferência dele para uma unidade especializada, que estava com todos os leitos ocupados. Quando voltou para a Unimed, foi improvisado um local para que ele pudesse ser tratado. Mas ele já tinha perdido sangue demais. "Oficialmente, não há surto de dengue aqui. Mas o que observamos é que um grande número de pessoas está com a doença, sem que um trabalho de prevenção contra a proliferação do mosquito seja feito", disse Miguel. Alfonso era pai da diretora do jornal O Estado do Tapajós, a jornalista Rejane Jimenez de Oliveira.
Balanço - A Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) divulgou na última quarta-feira os números da dengue no Estado desde o início deste ano. Entre 1º de janeiro e o dia 12 de fevereiro foram feitas mais de 4.484 notificações e mais de 400 casos confirmados. As cidades de Altamira, Novo Progresso e Tucuruí concentram a maior quantidade de confirmações, respectivamente, 139, 126 e 122. Mas Belém é o que apresentou maior número de falecimentos motivados pela dengue, cinco. (No Amazônia / Foto: Ronaldo Ferreira)
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