A enfermeira Cristina Mitiko, responsável pela coordenação do mutirão, disse que o diferencial desse atendimento será a viabilização de todos os exames pré-operatórios aos pacientes. "Na consulta, a pessoa que será examinada vai passar por mapeamento, microscopia de córnea, ultrassom, (teste de) pressão intraorcular, entre outros exames. Quem for diagnosticado com a doença já vai sair daqui com a data da cirurgia marcada", afirmou. A operação cirúrgica também será feita pela equipe médica do hospital em outro mutirão.
Já o coordenador do Serviço de Oftalmologia, Eduardo Braga, frisou que os procedimentos pré-operatórios são importantes não só para diagnosticar problemas que poderão atrapalhar o andamento da cirurgia nos olhos, como também localizar demais disfunções orgânicas. "Pode acontecer o caso da paciente ser diabética, por exemplo. Esse problema, que aparentemente nada tem a ver com a capacidade de enxergar, pode comprometer a recuperação da vista. As demais estruturas do corpo devem estar em pleno funcionamento para o êxito da cirurgia. E isso será diagnosticado nessa avaliação clínica oftalmológica geral", explicou.
Braga reforçou que, apesar de simples, a cirurgia de catarata não deve ser vulgarizada. A doença é a principal causa de cegueira reversível em todo o País. Sua característica é a perda de opacidade do cristalino, a lente dos olhos. Algumas vezes, catarata é confundida com pterígio, popularmente conhecido como "carne crescida". "A catarata é uma doença que acomete a parte interna do globo ocular, enquanto que a carne crescida é um problema que fica do lado de fora do olho e é geralmente causado por fatores externos, como forte incidência de luz e poluição", explicou. O sintoma mais comum da catarata é a diminuição progressiva da visão.
O oftalmologista lembra que essa cirurgia, feita em hospitais particulares, custam entre R$ 3 e 5 mil. "Todo mundo vai ter catarata em algum momento da vida, independentemente do que faça para evitar. O mutirão serve para reforçar a ideia de prevenção. O adequado é que, a partir do primeiro ano de vida, todos façam uma consulta com o oftalmologista pelo menos uma vez por ano", afirmou.
O diretor geral do hospital, Paulo Amorim, apresentou os dados da Organização Mundial de Saúde, que apontam mais de dois milhões de pessoas no mundo com a doença atualmente. Uma média de 120 mil novos casos são diagnosticados a cada ano. (Fonte: Amazônia)
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