O resultado foi divulgado pelo secretário de Segurança Pública, delegado Luiz Fernandes Rocha, e o diretor do Centro de Perícias Científicas (CPC) Renato Chaves, Orlando Salgado, em entrevista coletiva realizada na manhã de hoje (15).
Um perito do CPC explicou que houve falha na concepção do projeto estrutural, erro na escolha do modelo de cálculo, sem contar que a quantidade de ferro utilizado na estrutura das paredes era menor do que a que deveria ser utilizada. Ou seja, o projeto estrutural utilizado não tinha capacidade para suportar um prédio de 34 pavimentos.
Indagado sobre a possibilidade de o edifício ter apresentado indícios de que estaria com problemas estruturais, o perito afirmou que o subsolo, que era utilizado como depósito de materiais utilizados na construção, não tinha iluminação, o que deve ter impedido a visualização de possíveis fissuras e rachaduras.
O engenheiro Raimundo Lobato da Silva foi o responsável pelo projeto estrutural do Real Class e deve ser interrogado novamente. Mas os participantes da coletiva chamaram a atenção para o fato de a Real Engenharia não ter emitido ao projetista um termo de aceitação do projeto, o que deveria ser feito por norma.
O delegado Rogério Moraes Luz, responsável pelas investigações, recebeu hoje o laudo pericial, que será anexado ao inquérito e utilizado de maneira oficial, descartando laudo técnico elaborado pela Faculdade de Engenharia Civil (FEC), por meio do Grupo de Análise Experimental de Estruturas e Materiais (Gaema), do Instituto de Tecnologia (ITEC) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Fonte: Diário Online
Mais sobre o assunto>Desabamento do Real Class: erro de calculo foi a causa
O escrever sobre patologias e problemas estruturais grave é facil, o mais difícil é aprimorar a famosa decisão de quem foi a responsabilidade....
ResponderExcluirEm diversos locais se tem postado que o problema foi o cálculo inadequado por não escolha ideal do parametro de lancamento da estrutura.
Como engenheiro civil, veja que a uma unica forma de erro, seja ela negligencia, impericia ou imprudencia não leva nenhuma obra a ruina...
Sem analisar a fundo e somente lendo os postados aqui, é facil constatar que a não observação no lançamento dos esforços, não levaria a ruina prematura/imediata de uma estrutura devido a estrutura, e sim a deformações execessivas de solos ocasionando principalmente novos caminhamentos dos esforços dentro desta estrutura.
Ruptura Frágil de estrutura de concreto armado é somente em 2 casos: Dimencionamento em dominios 4 ou 5, onde a estrutura se torna com o aço trabalhando de forma não ductil e sim fragil.
Não sei se o predio já estava em fase avançada de acabamento, mas caso negativo ainda não se tinha estes atuando no peso da estrutura. Esforços de ventos significativos para colapso de uma estrutura devem ser analisados de forma ponderada uma vez que os esforços de vento são horizontais nesta e estes nem sempre são bem direcionados para o local de melhor rigidez.
Lembrar que no dimencionamento das peças de concreto armado usamos um fator de segurança no carregamento na ordem de 1,4 isto quer dizer que qualquer carga que achemos com as diversas combinações de carregamentos devemos acrescentar ainda 40% a mais no dimencionamento das peças.
O solo é ainda mais exposto a um fator de segurança, ordem de 4 vezes.....
Afirmar algo somente com um ponto de vista não faz parte da análise critica da engenharia.... temos que saber o porque nem o fiscal, nem o engenheiro residente, nem o projetista e muito menos as pessoas que trabalhavam no local não perceberam que - CONFORME DADOS EM VARIOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO - existiam peças de pequena seção não condizente com o porte do edifício, valores de carregamento no solo muito baixo em relação a projetos similares, etc.
Como disse ponderar de fora é fácil, o dificil sera achar realmente quem é o responsável por tal tragédia.
sucesso a todos e espero ter podido contribuir para abrir uma duvida sobre tudo o que redizem aqui... inclusive minhas palavras... que não são verdades e estão abertas a todo comentário plausível.