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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Razões para não aderir ao novo plano da Capaf

Por José Roberto Duarte.
A proposta levada para a conciliação é a de menor custo para o BASA. porém sem acordo. Vão continuar ameaçando para fins de migração ao novo plano, inclusive com ações visando o não pagamento mensal dos benefícios do pessoal do plano BD.
Existem razões para não aderir ao novo plano, sob pressão, tais como:
a) É o exercício de um direito, principal instrumento de cidadania;
b) O BASA é apenas patrocinador, retirando-se da condição de instituidor e mantenedor, podendo afastar-se dessa condição a qualquer momento;
c) Situações formuladas como “salvadoras da pátria” não deram certo, como é o caso do AMAZONVIDA, que já é deficitário e encontra-se em situação muito difícil, pois em breve não terá dinheiro para pagar seus respectivos assistidos;
d) Os integrantes das Diretorias da CAPAF, com “vista grossa” do Conselho Deliberativo, foram e são incompetentes na aplicação dos recursos disponíveis, promovendo brutais prejuizos à CAPAF.
Sou integrante do plano BD (Portaria 375) e não vou aderir ao novo plano, em razão de só existirem perdas, tais como:
a) Não mais terei direito à remuneração igual a dos empregados da ativa, uma ves que serei obrigado a renunciar à cláusula “como se na ativa estivesse”;
b) A questão do custeio está obscura, principalmente no que se refere às obrigações do BASA;
c) Embora não contribua mais, em razão da cláusula dos 30 anos, voltarei a contribuir com 27,16%,
d) Serei obrigado a desistir de todas as ações trabalhistas movidas contra o BASA e CAPAF, o que ensejará o pagamento, por minha conta, dos honorários advocatícios e das tutrelas antecipadas;
e) Se optar pelo novo plano, meu benefício será reajustado anualmente, com base no menor INPC e, se as aplicações renderem percentual abaixo do menor INPC, o reajuste será com base no índice das aplicações, tudo em prejuízo de meu benefício, que poderá ter reajuste abaixo da inflação;.
f) Com base na planilha que me foi enviada, se aderir ao novo plano vou ter um prejuízo muito grande, pois levarei para o novo plano o benefício CAPAF líquido de R$ 4.770,48. Porém, cálculos efetuados entre setembro e dezembro indicam um valor de R$ 5.352,90, com a perda de uma diferença de R$ 582,42 todo mês, até o resto de minha vida, sem considerar os reajustes. É perda que não acaba mais.

Mesmo aderindo ao PBDS há o risco de não se alcançar os 95%. Neste caso, a CAPAF será liquidada, o pagamento dos benefícios será suspenso e as ações judiciais também serão suspensas. O risco de não se receber nada é muito grande, face necessidade de pagamentos aos credores prioritários.

Por outro lado, se não aderir ao novo plano e a meta dos 95% for atingida, as perdas são as seguintes:
a) Em relação aos participantes remanescentes, o BASA retirará seu patrocínio e o participante receberá sua reserva matemática, após aprovação pela PREVIC. Aqui já há uma possibilidade de se receber alguma coisa;
b) Enquanto o processo não for aprovado, o pagamento do benefício fica suspenso.


Cheguei à conclusão que, em qualquer situação, só existem perdas, daí a minha opção em não aderir ao novo plano, uma vez que há a possibilidade de recebimento de minha reserva matemática, que a CAPAF teima em esconder esse valor, já tendo indeferido, por duas vezes, pedido meu nesse sentido. Aliás, sobre a reserva matemática é importante destacar que os planos atuais é que devem ser saldados, para fins de segregação do novo plano, o que implica em cuidado para que tais cálculos não sejam feitos de forma diferente, em prejuízo dos assistidos que permanecerem no plano BD, como ocorreu com o AMAZONVIDA, em que a segregação foi efetuada com dinheiro do plano BD, de forma fraudulenta.
José Roberto Duarte

7 comentários:

  1. Meu caro José Duarte,

    Lendo e relendo suas razões para não aderir ao novo plano da CAPAF, restaram-me várias dúvidas:
    1 - Em sendo liquidada a CAPAF, os pagamentos dos beneficios seriam suspensos ? O Banco da Amazonia se livraria de qualquer obrigação perante aos aposentados e pensionistas ? Nessse caso o contrato líquido e certo iria pro lixo ?
    E os velhinhos, sem receber, iriam morrer de fome ?
    2 - Quando o Banco da Amazonia exige 95% de adesão, que sejam retiradas as ações e seus executantes arquem com os custos ( honorários advocatícios e devolução tutelas antecipadas ), não é o caso de se perguntar, o banco tem realmente interesse em se implantar os novos planos ?
    3 - Conforme suas deduções, meu caro José Duarte, pode-se concluir que:
    a ) os " substituídos " não dispõem de nenhuma opção favorável;
    b ) - O Banco da Amazonia torce, faz figa para a não implantação dos novos modelos;
    c ) - não existe nenhuma lei para proteger os idosos, mesmo em se tratando de verba de natureza alimentar;
    d ) - o Banco da Amazonia, provocando a morte de seus aposentados e pensionistas, ficará impune, por estar desobrigado de qualquer responsabilidade.
    Eu gostaria que o colega voltasse ao assunto. Pode ser ?
    Meu abraço

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  2. Olá Evandro show,
    Suas indagações são pertinentes e representam a encruzilhada em que se encontram os integrantes do plano BD (Portaria 375) e demais situações, exceto os chamados aposentados do BASA, que guardam uma certa garantia.
    Tudo o que escrevi está contido no regulamento e na cartilha que tratam do novo plano.
    Como dificilmente será alcançado os 95%, só nos resta esperar pela justiça, obrigando o BASA a pagar nossos benefícios. O BASA, é claro, vai fazer de tudo para não realizar esse pagamento, como aliás já deu sinais na audiência de conciliação.
    Sobre suas indagações:
    1 –
    Em sendo liquidada a CAPAF, os pagamentos dos benefícios seriam suspensos? Sim.
    O Banco da Amazônia se livraria de qualquer obrigação perante aos aposentados e pensionistas? A liquidante, que seria a PREVIC, chamaria os devedores para honrarem seus compromissos com a CAPAF. O BASA está aí incluído com uma dívida de R$ 552 milhões, com base em 28/02/2010. O BASA, é claro, vai mover ações para impugnar essa dívida.
    Nesse caso, o contrato líquido e certo iria pro lixo? Sim.
    E os velhinhos, sem receber, iriam morrer de fome? Não só de fome, mas teriam suas doenças seriamente agravadas, que os levariam à morte, em razão da falta de dinheiro para comprar remédios de uso contínuo.
    2 –
    O BASA tem um único interesse que é retirar a cláusula “como se ativa estivesse” e luta por isso há muitos anos. Se alcançar os 95% de adesão ninguém mais terá essa cláusula, pois os remanescentes serão expulsos da CAPAF.
    3 –
    a) de fato, não se dispõe de nenhuma opção favorável.
    b) o BASA torce para alcançar os 95%, pois existe sinalização de que o Tesouro Nacional poderá aportar cerca de R$ 850 milhões, a título de capitalização;
    c) o único meio de proteção dos idosos depende da justiça, uma vez que, ocorrendo a liquidação da CAPAF, o BASA responde por ela, segundo renomados juristas.
    d) tanto o BASA como a CAPAF é que provocaram a situação atual, praticando vários crimes capitulados na legislação pertinente e nos códigos civil e penal. Os responsáveis merecem cadeia e, mais uma vez, para não morrermos de fome ou adoentados, dependemos do que decidir a justiça.
    José Roberto Duarte
    E-mail: robertoduarte2@oi.com.br

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  3. Caro José Duarte,

    Longe de qualquer polêmica e sabendo de muitas pessoas atentas, ligadas ao blog ( que eu não posso mais de chamar de blog e sim de um grande canal de comunicação e profundamente ético e apartidário ), é que me permito expressar minhas próprias idéias ( redundancia ? )
    1 - está declarada a não adesão e pelos contatos e pesquisas, mais de 20% tambem estão no mesmo perfil, afora os que não desistirão das ações. Em resumo, o perfil exigido e imposto, não será atingido, ou melhor, jamais será atingido. Resta saber se o antigo BASA ou o Banco da Amazonia de hoje vai ( no singular mesmo ) achar do resultado. Com certeza, com muita festa.
    2 - Se o criador criou a criatura, infelizmente vai ter que criar mais criaturas. Há alguma diferença entre quem se aposentou antes de 1981 e não contribuíram e os posteriores que pagaram alem do previsto ? Se o precedente foi aberto, que Matheus os embale a todos nós. Estou falando da JUSTIÇA!
    3 - A CAPAF, cabide de empregos de altos salários, filial do BASA e do Banco da Amazonia, mal gestora por subordinação e simples pagadora de nossas aplicações, já deveria ter sido fechada, lacrada e apuradas as verdadeiras responsabilidades, enquanto éramos mais jovens, enquanto todos estavam pagando ( ativos e aposentados ). Meu voto declarado:
    1 - NÃO A ADESAO:
    2 - PELA EXTRA-LIQUIDAÇÃO DA CAPAF ( E SEUS MARAJÁS )
    3 - BRIGAR NA JUSTIÇA ATÉ OS ÚLTIMOS DOS MOICANOS !
    PS - todos nós somos vítimas ou participantes da Revolução de 1964, testemunhas e sofredores do AI-5, éramos, estudantes, valentes e questionadores, presos e torturados e alguns mortos e desaparecidos.
    Nós, dessa geração, embora agora desdentados, sem a força na voz e sem o vigor juvenil, AINDA TEMOS O RESTO DO GRITO NA GARGANTA, NÃO MAIS NOS PULMOES:
    BANCO DA AMAZONIA, TENHA O RESPEITO, O CARINHO POR AQUELES QUE TANTO LHE DERRAMARAM SUOR!
    BANCO DA AMAZONIA, RESPEITE SUA IMAGEM DE DEFENSOR DA AMAZONIA...
    E COMO PRESERVAR SUA IMAGEM, A NATUREZA, SE NÃO RESPEITA A VIDA DE SEUS EX-FUNCIONARIOS, QUERENDO DIZIMÁ-LOS ?
    QUE BANCO É ÊSSE ?
    QUE PODE SAIR DE UMA PUJANÇA INTERNACIONAL PARA UMA PÁGINA POLICIAL ?
    ESPERAR PRA VER...
    MATE O VELHO, MATE !!

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  4. Quem tem coragem de ficar nos 5%?

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  5. ATENÇÃO, ATENÇÃO ATENÇÃO.

    O Presidente da CAPAF já anuncia que vai amplantar os novos planos com 60% de adesões. Não mais os 95% que é o que, atuarialmente garantiria a estabilidade dos mesmos.
    Tudo uma farsa se isso acontecer porque assim aconteceu com o AMAZON-MORTE que foi implantado com pouco mais de 30% de adesões.
    O caso, se for tentada a implan tação com menos de 95%, AABA, AEBA e Entidades Sindicais terão que buscar o devido e necessário embargo judicial contra mais uma possível aberração que o Banco e a CAPAF possam tentar para se livrar, a qualquer custa, da enrrolada em que se meteral e submeteral os seus participantes.

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  6. ANÔNIMO DE 07/04/11, 18:20

    Não se trata de ter coragem. Segundo a própria CAPAF, são cerca de 5.000 ações na Justiça. O que representa isso em termos percentuais? Mesmo aqueles que queiram renunciar a suas ações, como fazê-lo, se terão de pagar custas judiciais e advogados?

    O que BASA e CAPAF propõem não é um acordo e, sim, uma CHANTAGEM, pois, recorrer à Justiça é um direito constitucional do cidadão, e ninguém poderá impedi-lo, bem como, migrar para um novo plano não implica abdicar de ações em curso na Justiça, conforme sentenças prolatadas por Juízes vários em processos de idêntico teor.

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  7. Madioson Paz de Souza12 de abril de 2011 às 20:53

    Atenção Anônimo das 18:20, de 07/04/11,

    A intenção do BASA e da Diretoria da CAPAF não é viabilizar os planos BD e Amazonmorte. É apenas extinguir direitos adquiridos dosparticipantes em geral. Não utilizam qualquer dose de escrúpulos em forçar os participantes a cometerem crime de morte contra o patrimônio de família. Se definitivamente faltar o benefício, não serão só os aposentados e pensionistas que morrerão de fome. Além deles(a) e os demais dependentes que eventualmente, até por dependência legal, ainda vivam sob o seu amparo.

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