A deputada estadual Simone Morgado (PMDB), em ofício enviado ontem ao promotor de justiça Nelson Medrado, do Ministério Público do Estado, nega que a assessora Ana Mayra Mendes Leite Cavalcante fosse lotada no gabinete dela. Documentos fornecidos pela Assembleia Legislativa do Pará (Alepa) e pela Polícia Federal dão conta que a servidora comissionada tinha a frequência confirmada no emprego e recebia normalmente o salário líquido de R$ 2.160,00, enquanto viajava para estudar em Portugal. Morgado nega haver qualquer documento assinado por ela solicitando a lotação da servidora em seu gabinete e afirma que vai pedir a abertura de sindicância à Mesa Diretora da Casa para apurar o caso. Medrado não descarta a realização de exame grafotécnico nos cinco memorandos, recebidos da Alepa, em que Morgado assina os pedidos de nomeação, de férias e atesta a frequência de Ana Mayra.
Em primeiro de abril de 2009, o Memorando nº 042/2009/GDSM, cuja sigla designa o remetente como sendo o Gabinete da Deputada Simone Morgado, solicita ao então presidente da Alepa, Domingos Juvenil, filiado ao mesmo partido de Morgado, 'que tenha a gentileza de autorizar a nomeação da Senhora Ana Mayra Mendes Leite Cavalcante, em função de acordo com o seu nível de escolaridade (3º grau)-bacharel em Direito'. O memorando recebe a rubrica da deputada Simone Morgado, indicando ser ela a autora do documento. Ana Mayra foi nomeada em seis de abril daquele ano, com data retroativa ao dia primeiro daquele mês.
Na época, Ana Mayra era recém-formada em Direito e Morgado era presidente da Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária da Casa de Leis, setor onde trabalha a mãe de Ana Mayra, Márcia Cavalcante. Medrado confirmou ontem que o pai da jovem, o advogado José Leite Cavalcante, também está na folha de pagamento da Alepa. Hoje, a deputada é a primeira-secretária da Mesa Diretora, instância para a qual ela disse que solicitará a sindicância. A Alepa, através da assessoria de imprensa, informou que Ana Mayra foi exonerada em junho.
No ofício enviado ao promotor, Morgado afirma que a Ana Mayra 'nunca trabalhou ou prestou serviços de qualquer natureza' ao gabinete dela e anexa cópia do histórico funcional apontando que advogada foi nomeada para o cargo de DAS 202.3 (Direção e Assessoramento Superior) com lotação no gabinete Civil da Presidência da Alepa. O dado já era de conhecimento do promotor que, com base na documentação reunida no procedimento administrativo aberto para apurar o caso, verificou que o controle da frequência da assessora aparece, desde 2009 a 2011, é todo justificado pelo gabinete de Morgado e em memorandos assinados pela deputada: nº 071/2011, que atesta a frequência de Ana Mayra em fevereiro de 2011; nº 091/2011, que atesta a frequência da mesma servidora em março deste ano; e nº 128/2011, que atesta o comparecimento ao trabalho em abril. Além desses, o Memorando nº 112/10, datado de 20 de julho do ano passado, novamente assinado por Morgado, confirma que a jovem está lotada no gabinete da peemedebista e pede o pagamento de férias para a mesma.
Os ofícios de Morgado confirmam a frequência que Ana Mayra não podia assinar porque estava fora do país.
Hoje, Medrado vai encaminhar à deputada o ofício em que requer mais informações sobre a assessora Ana Mayra. (No Amazônia)
A dep. Simone Morgado tão severa nas suas arguições públicas sobre corrupção deve resposta imediata à sociedade. Caso contrário vai ficar .....
ResponderExcluirMuito bem senhores: Eu tambem gostaria de fazer mestrado em portugal, entretanto, o valor mensal seria de R$ 1,800,00, e advinha, não posso! isso porque sou funcionario publico, solicitei ajusta de custo e foi deferido por falta de verba!!!!!Ja sei porque!
ResponderExcluirO mais engrassado e me assusta e dois "supostos advogados", pai e filha, mencionarem fazer devolução do dinheiro ROUBADO com o intuito de suspender o procedimento que apura o crime de improbidade administrativa, quando este procedimento só será, espero eu, aplicado quando os mesmos forem julgados.