O Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) iniciou ontem, em reunião ordinária, a votação do relatório do processo administrativo que apurou a tentativa de venda do terreno da instituição, localizado no município de Altamira. Os relatores Afonso Lobato, Elias Chamma e Jaime Começanha entenderam que o negócio não foi concluído em razão da desistência do candidato à compra, o advogado Robério D’Oliveira, e que por isso o valor de R$ 301 mil repassado por ele teria que ser devolvido. Seis conselheiros pediram vistas do processo e outros nove conselheiros anteciparam o voto favorável aos relatores, o que soma 12 votos favoráveis ao encerramento da questão, do total de 34 conselheiros titulares.
O presidente da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos, presidiu a sessão. Ele afirma que está sofrendo perseguição política. "Estou sendo perseguido porque organizei a caminhada contra a corrupção na Assembleia Legislativa do Pará. Se não fosse a caminhada, que pode levar à prisão de pessoas que vivem na cozinha de políticos poderosos do Estado, isso não teria repercussão nenhuma. As acusações contra mim não passam de especulação política. O negócio foi desfeito e mesmo assim tem repercussão", destacou Vasconcelos, referindo-se ao ato público realizado em Belém, em maio, que levou 15 mil pessoas às ruas. Ele argumentou que a OAB não tem regras específicas para a venda e compra dos imóveis da instituição e que "oportunistas" estão aproveitando a situação para antecipar as eleições para a Ordem. A próxima sessão ordinária será no dia 16 de agosto, quando os demais conselheiros também irão votar. (No Amazônia)
Nenhum comentário:
Postar um comentário