O promotor de Justiça Nelson Medrado, do Ministério Público, continua a ouvir depoimentos de representantes de empresas que teriam participado de licitações com indícios de fraudes na Assembleia Legislativa do Pará. Na última terça-feira, Medrado retomou o depoimento da gerente geral da Sol Informática, Márcia Cecília Rodrigues. Ao promotor, a ela informou que a empresa participou apenas de uma das três licitações em que figura como concorrente.
Márcia Rodrigues confirmou que a Sol Informática participou e venceu a licitação de número 021/2007, de aquisição de materiais, no valor de R$ 59.500. No entanto, a empresa aparece também como licitante nas concorrências 060/2008, no valor de R$ 45.800,00; e 028/2009, um contrato de manutenção corretiva e preventiva dos equipamentos de informática do Plenário no valor de R$ 51 mil. A gerente da empresa disse desconhecer as assinaturas que constam nos processos licitatórios. No caso do processo 028/2009, a gerente informou ainda que a participação da Sol Informática seria impossível, já que a empresa não executa serviços de manutenção.
As duas licitações foram vencidas pela empresa Hábil Informática, que ainda será convocada a depor no MP. A empresa Computer Store também teria participado das concorrências mas, em depoimento na semana passada, o representante da Computer disse que a empresa não participou de qualquer processo licitatório na Alepa após 2006.
Medrado lembra que os documentos relativos a essas licitações foram encontrados no computador de Jorge Moisés Caddah, ex-servidor da Alepa. "Caddah era companheiro de Nazaré Guimarães Rolim, então presidente da Comissão de Licitações da Alepa, que também será ouvida", frisa. Atualmente, o promotor investiga 35 licitações com indícios de fraudes relativas ao fornecimento de materiais de informática, realizadas entre 2007 e 2010. Medrado também analisa uma série de 105 licitações de obras da Alepa com indícios de fraudes, relativas ao ano de 2010. (No Amazônia)
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