A Associação Comercial do Pará (ACP) promoveu na noite de ontem o Encontro Empresarial em Defesa do Pará. O evento foi realizado pela Frente em Defesa do Pará contra Carajás e o objetivo foi iniciar a captação de recursos, distribuir kits contendo adesivos para carros, bottons, cartazes e apresentar os aspectos negativos da criação de mais dois novos estados brasileiros. Na programação, houve a palestra do professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Eduardo Costa.
De acordo com o presidente da ACP e vice-presidente da Frente de Defesa do Pará, Sérgio Bittar, a estratégia para expandir a campanha em prol da união será contar com a adesão da maior parte do empresariado. Eles receberam material promocional, mas puderam retirar também uma quantidade maior do kit, com mil adesivos para automóveis, mil cartazes e 10 cartelas de bottons adesivos. "A partir daí, eles podem começar a mobilizar funcionários e clientes. A ACP sempre se posicionou contra a divisão, há uns cinco anos, alugamos um trio elétrico e falamos para meia dúzia de pessoas na Presidente Vargas. Até então, a realização de um plebiscito era remota. Agora que ele vai acontecer, vamos intensificar a conscientização", ele disse. "Não temos uma meta específica, mas esperamos uma adesão expressiva. Na Frente da qual sou vice-presidente, nós temos mais de seis mil assinaturas", destacou.
O professor e economista Eduardo Costa destacou que a criação dos estados de Carajás e Tapajós, com base em levantamentos estatísticos, não trará benefício algum para a população de nenhuma das regiões fragmentadas. "Os três estados que se formariam não teriam como se manter", alega . As federações seriam muito frágeis politicamente e economicamente para empreender investimentos e trazer recursos", ressaltou o palestrante, que no dia 30, às 19 horas, participará de um seminário no Corecon-PA sobre a divisão do Pará. (Amazônia)
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