Cerca de 500 pessoas compareceram ontem à missa de abertura dos 37 anos do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, em Brasília. Celebrada pelo padre Roberto Rambo, pároco da igreja de Nossa Senhora de Nazaré da capital federal, a santa missa marca o início da intensa programação de quatro dias de homenagens à 'Padroeira dos Paraenses'. O pároco enfatizou a importância que Nossa Senhora tem na salvação da humanidade, dando significado a palavras como amor, fraternidade, superação do ódio e da vingança. O padre mandou um recado aos devotos paraenses durante a missa. 'Eu quero dizer ao povo de Belém que estamos fazendo unidade à fé. A fé que tem em Belém do Pará é a mesma que temos aqui. O verbo se fez carne através de Maria, ela é a mãe de Jesus Cristo, mãe de Deus, e essa é a nossa fé.'
O momento mais emocionante ocorreu quando a imagem da Santa, vinda de Portugal, adentrou a igreja. Fiéis aos prantos se comprimiam para se aproximar da imagem. Ao contrário das últimas edições, a apresentação do manto deste ano não ocorreu no primeiro dia das festividades, juntamente com a entrada da imagem. Segundo os organizadores, houve um problema com os Correios e a exposição do novo manto será feita durante a santa missa de hoje. A veste que cobria Nossa Senhora na celebração de ontem era a mesma do ano passado. Também confeccionado pela estilista paraense Ana Marta Souza da Silva, ele era na cor azul em tom degradê, bordado com miçangas nas corres amarela e branca. Uma asa e um terço de cristal também acompanhavam a imagem da Virgem.
Após a missa, foi aberta, no salão paroquial da igreja, uma exposição sobre a história da celebração da Santa paraense na capital federal. Intitulada 'Ícones imateriais do Círio de Brasília, patrimônio cultural da fé Mariana', ela traz todos os mantos usados pela padroeira nos círios de Brasília, desde 1999, e oito mantos do período de 1974 a 1998. 'Nas nossas pesquisas, descobrimos que, antes da celebração passar para a igreja, não havia essa tradição de troca de mantos a cada ano. Então, eles foram repetidos algumas vezes. Também, teve alguns que sumiram. Estamos recuperando esses mantos, fotos, objetos para contar a história dessa nossa festa', explicou Glória Gama, coordenadora da liturgia e da exposição. (Amazônia)
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