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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

farão hoje uma paralisação nacional de protesto com direito a "enterro" da saúde suplementar

A paralisação nacional dos médicos em protesto contra os planos de saúde, hoje, organizada pelo Sindicato dos Médicos em Belém, terá o enterro simbólico da saúde suplementar. O "féretro" sairá de frente da Faculdade de Medicina, próxima da Santa Casa de Misericórdia do Pará, e terminará na sede do Conselho Regional de Medicina do Pará (CRM-PA), na avenida Generalíssimo Deodoro, Umarizal, onde haverá um ato público, a exemplo do que aconteceu no último dia 7 de abril, quando cerca de 80% da categoria médica suspendeu o atendimento aos convênios.

A assessoria de imprensa do Sindicato dos Médicos informa que serão interrompidas hoje consultas e procedimentos eletivos que podem ser remarcados. Os casos de urgência e emergência serão atendidos normalmente nos planos de saúde. A informação do Sindmepa é que a paralisação atingirá a todos os planos de saúde.

Para o protesto desta manhã, a direção do Sindmepa orienta os médicos que compareçam vestidos de branco, com uma tarja preta no braço, em sinal de luto, ou então com uma camiseta preta, com velas 7 dias 7 noites e um cartão vermelho, pois o mote da campanha nacional é "Vamos dar um cartão vermelho aos planos de saúde".

Um dos motivos que levaram ao protesto foi a constatação de que durante cinco meses, que teve início em abril, cerca de 200 profissionais já se desvincularam dos planos de saúde no Estado, justamente por causa da falta de reajustes, além disso, há muita interferência no conteúdo dos contratos feitos pelas empresas, que muitas vezes, incluem cláusulas que desagradam a categoria, como os valores pagos pelas consultas.

Segundo o diretor da Sindmepa, João Gouveia, a situação está insustentável, e muitos médicos de Belém estão pagando para trabalhar, já que os valores estipulados pelas operadores não estão compensando: " A categoria está bastante descontente, por isso vamos fazer o enterro simbolico dos planos de saúde", desabafa Gouveia, que aponta um reajuste de 150%, nos últimos 10 anos para os planos de saúde, contra menos de 50% para os médicos.

Iasep - O Instituto de Assistência dos Servidores do Estado do Pará (Iasep) informa aos segurados que os hospitais credenciados estarão funcionando normalmente, inclusive com atendimento ambulatorial (consultas médicas). Em Belém, o atendimento em hospitais como Saúde da Mulher, Porto Dias, Hospital do Coração, Beneficente Portuguesa e outros com corpo clínico próprio não serão afetados pela paralisação dos médicos. Os atendimentos de urgência e emergência funcionarão normalmente.

Também hoje, às 19h30, no auditório do CRM, os médicos da Secretaria de Estado de Saúde Pública farão assembleia geral para discutir as condições de trabalho, regulação no Estado e remuneração. A categoria debaterá os episódios de tentativas de prisão de médicos, que geram insegurança e intranquilidade nos locais de trabalho. (Amazônia)

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