A partir de agora, toda vez que o médico avaliar que as condições de trabalho são inadequadas e colocam em risco a saúde dos pacientes ou a sua própria integridade física e da equipe de plantão, ele deve se dirigir a uma delegacia para registrar boletim de ocorrência. A recomendação é do Sindicato dos Médicos do Estado do Pará (Sindmepa), que divulgou ontem uma nota sobre medidas cautelares a serem adotadas pela categoria.
Além do registro do boletim de ocorrência, o Sindmepa ainda recomenda que os médicos continuem atendendo todos os pacientes que chegarem aos hospitais ou em serviços de urgência, conforme prevê o código de ética da profissão, não expliquem a pacientes, familiares e autoridades civil ou militar os problemas do serviço público, entre eles, a falta de leitos. Para a categoria, isso é de responsabilidade do gestor da unidade de saúde.
Segundo o sindicato, para a recomendação foram considerados os recentes incidentes envolvendo médicos e autoridades policiais, as solicitações do Ministério Público Estadual (MPE), a necessidade de resguardar a integridade física, a honra e a imagem dos médicos que atuam no Pará, a falta de tranquilidade e insegurança para o exercício da medicina no estado.
Para o secretário de Estado de Saúde, Hélio Franco, as recomendações do Sindmepa aos médicos envolvem questões que ele vem ressaltando desde o dia que ocorreu o problema na Santa Casa. "Eu sempre disse que os hospitais devem estar de portas abertas para os pacientes e que eles devem ser atendidos, independentemente da acomodação. Aí depois de tudo, é importante sim comunicar sobre os problemas do local. Mas ainda acho que o médico deve, sim, contar ao paciente e aos familiares o porquê de o atendimento ter demorado", afirmou o secretário.
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