Lupi havia dito também que só à força deixaria o ministério. "Não saio do cargo. Daqui ninguém me tira. Só se for abatido à bala. E tem que ser bala de grosso calibre porque eu sou pesado", disse.
O recado a Lupi foi dado pessoalmente por Gleisi, antes de ele participar com a ministra de uma reunião para discutir a instalação de ponto eletrônico na Esplanada. A reunião estava marcada para 11h30. A ministra Gleisi conversou com Lupi a portas fechadas, em seu gabinete, no quarto andar do Planalto, e avisou do descontentamento da presidente Dilma com episódio. Gleisi ressalvou, no entanto, que acreditava que tudo foi feito, em meio a um "clima de estresse" por causa das denúncias que ele está sofrendo.
Uma retração do ministro Lupi está sendo aguardada pelo Planalto, para que ele amenize e esclareça as declarações dadas na terça.
Dilma estava irritada desde terça com as declarações. Mas limitou-se a reclamar para seus assessores diretos, já que o governo enfrenta uma importante votação no Congresso, considerada fundamental pela própria presidente, que é a aprovação da DRU, a Desvinculação de Receitas Orçamentárias da União. A DRU dá ao governo a liberdade para usar como quiser 20% das receitas da União.
A presidente não pretende tomar nenhuma atitude neste momento contra o ministro e continua lhe dando o crédito em relação às denúncias, reconhecendo que não apareceu nada diretamente contra ele.
Mais aqui > Lupi diz que só deixa o cargo se for 'abatido a bala...
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