O Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará (Sinjor-PA) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) manifestaram-se publicamente, nesta terça-feira (13), por meio de uma nota, contra as ameaças sofridas pelo jornalista Lúcio Flávio Pinto, editor do Jornal Pessoal. No último sábado, ele relata ter sido ameaçado pelo empresário Rodrigo Chaves, em um restaurante. Chaves é dono da Progec, empresa que forneceu notas fiscais frias para os irmãos Ronaldo e Romulo Maiorana Júnior, proprietários do grupo de comunicação O Liberal, em um esquema de desvio de recursos públicos da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), que virou objeto de uma ação judicial.
O Sinjor e a Fenaj manifestaram o seu “veemente repúdio contra as ameaças” sofridas pelo jornalista, “um dos profissionais mais conceituados de nosso Estado, que prima e honra pelo exercício da profissão”, declara.
“Não é possível haver condescendência com a violação de direitos básicos fundamentais, como o da liberdade de expressão e o direito à vida de qualquer jornalista”, afirma a nota.
Segundo o texto, “assim como não se pode, de maneira alguma, abrir mão da liberdade de imprensa, um dos importantes alicerces da democracia, a violência contra os jornalistas no exercício da profissão é inaceitável”.
O Sinjor-PA e a Fenaj se solidarizam com Lúcio Flávio Pinto e apelam para que as autoridades “tomem providências a fim de impedir que as ameaças sofridas sejam consumadas”. E afirmam ainda que “não medirão esforços para evitar a violência cometida contra o jornalista”. As entidades também anunciam que denunciarão o caso ao Ministério Público Federal e Estadual e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Lúcio Flávio Pinto vem publicando reportagens sobre a fraude praticada pelos irmãos Maiorana desde maio de 2002. (Diário do Pará)
Mais aqui > Jornalista é ameaçado por denunciar esquema
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