Os grandes projetos previstos para o Pará até 2015 não devem gerar empregos apenas nos canteiros de obras. Empresas de vários segmentos ligados ao setor mineral, à construção civil, ao comércio e a serviços, entre outros, se instalam ou se expandem por todo Estado, resultando, além da criação de milhares de postos de trabalho, na injeção de investimentos que ultrapassam a casa dos R$ 150 bilhões. A Sotreq, por exemplo, empresa revendedora de equipamentos Caterpillar, pretende investir aproximadamente R$ 100 milhões no Pará somente este ano com a abertura de três filiais dentro das fronteiras paraenses.
Com a implantação das três unidades, serão gerados, ao todo, cerca de 450 empregos. Segundo avalia o gerente geral da Regional Norte, Ribamar Nóbrega, a onda de investimentos no Pará faz do Estado um parque promissor para empresas que atuam principalmente em ramos ligados à construção civil. Ele destaca que a unidade de Belém será substituída por uma filial construída em Benevides, onde deverá ser aplicado algo em torno de R$ 58 milhões. As instalações da Sotreq localizadas no município de Parauapebas também sofrerão mudanças. O prédio será ampliado e a obra deverá custar R$ 22 milhões. A empresa também vai se instalar em Vitória do Xingu, onde devem ser investidos R$ 20 milhões. "Esta filial vai atender o projeto de Belo Monte, e toda a região de Altamira e entorno", informa.
Nóbrega prevê um crescimento do Pará a longo prazo, que deve inclusive exceder 2015. "Os projetos de mineração e construção, além da infraestrutura em geral das cidades, devem perdurar por um bom tempo. Temos ainda o Ação Metrópole e o BRT (Bus Rapid Transit ou ônibus de trânsito rápido, em inglês): projetos que viabilizam melhorar o tráfico da Região Metropolitana de Belém, e que já estão, senão saindo, em vias de sair do papel", diz. Ele completa que a construção da unidade de Benevides deve gerar 200 empregos diretos; em Parauapebas, mais 100 ocupações diretas; além de 150 trabalhadores em Vitória do Xingu. Ao todo, a Sotreq emprega no Pará cerca de mil pessoas. "Uma de nossas grande metas é empregar a população local. Dos 150 empregos gerados na região do Xingu, por exemplo, 120 serão da própria Vitória do Xingu e cerca de 30 serão reservados à convocação de profissionais de Belém. Em resumo, todos do Pará", afirma.
Para que a necessidade de mão de obra seja suprida, Nóbrega afirma que os trabalhadores estão sendo preparados pela própria empresa, em parceria com instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e a Escola Técnica Magalhães Barata (Etemb). "Criamos um programa estruturado para formação de mão de obra. Temos escolas próprias, além dos convênios", explica. A unidade de Benevides deve ser entregue até o final do primeiro semestre do ano que vem. Já para as filiais do interior, a previsão é de conclusão é dezembro deste ano. (Amazônia)
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