Braga, ex-governador do Amazonas, lidera o chamado Grupo dos Oito (G-8), crítico do grupo Renan/Sarney, e poderá se cacifar para disputar com Renan a presidência do Senado.
A mexida não deve parar por aí. Fontes do governo informam que nesta terça-feira pode cair também o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), que vem colecionando episódios de insatisfação no Planalto nos últimos meses. O nome mais cotado é do ex-líder do PT Paulo Teixeira (SP). O deputado José Guimarães (PT-CE), envolvido no escândalo dos dólares na cueca, também está no páreo.
A “era Jucá” começou em 1986, quando o então presidente da República, José Sarney, o nomeou presidente da Funai e, dois anos depois, governador de Roraima. No governo de Fernando Collor, não teve cargos. Mas no governo de Itamar Franco foi diretor-geral da Conab e secretário nacional de Habitação. Em 1994, foi eleito senador pelo PSDB de Roraima. Ocupava o papel de líder do governo desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso. Para o governo Lula foi um pulo.
Quem mais bate no grupo de Renan e Sarney hoje no PMDB é Eduardo Braga. Com sua nomeação para líder, ele se cacifa como adversário de Renan, com o apoio do Planalto, para disputar com Renan a presidência do Senado. Dilma mata dois coelhos: vinga-se de Renan e agrada ao PT, que, desde a semana passada, vem pedindo a cabeça de Jucá - disse um cacique peemedebista.
Após fazer o convite a Braga, Dilma avisou Renan sobre sua decisão, nesta segunda-feira, durante o almoço. Segundo integrantes do PMDB, Dilma disse a Renan que queria fazer um rodízio nos cargos de líder do governo no Senado e na Câmara. Ela também comunicou sua insatisfação ao vice-presidente Michel Temer. Parte do PMDB ficou irritada, e disse que Braga, no voto secreto, também foi contra a permanência de Figueiredo na ANTT, mesmo dizendo que votou a favor. (O Globo)
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