Uma das maiores agressões
físicas a que todos estamos sujeitos é o assalto. A sensação de
impotência é sentimento constante que se mistura à adrenalina do momento
em que se está numa situação de risco. Ser encarcerado pode ser ápice
do assalto para uma vítima.
Só na semana passada foram registrados
três assaltos com reféns na Região Metropolitana de Belém . Dessa vez os
bairros do Marco, Condor e Cidade Nova foram os palcos das ações
criminosas de bandidos.
O desfecho dos três casos conseguiu ser
de sucesso, com salvaguarda da vida das vítimas (reféns), infratores e
policiais militares. “O maior objetivo para a PM quando está à frente de
uma negociação no assalto com refém é a preservação da vida. Mas a
preservação não só da vida da vítima, mas também dos outros envolvidos”,
comentou o comandante do policiamento metropolitano, Roberto Campos.
Segundo ele, não há dicas ou atitudes
que possam ser tomadas para evitar esse tipo de situação. “O infrator já
vai com o intuito de roubar. Quando se vê ameaçado, enxerga na pessoa
um escudo para ele. Então não tem como evitar. Existem apenas medidas
para amenizar as ações”, explicou o comandante Campos.
Essas medidas foram citadas pelo
comandante, e dizem respeito a atitudes mais cautelosas das pessoas ao
estarem na rua. É fundamental que a pessoa tente minimizar as chances de
se tornar uma vítima. Em geral os alvos mais fáceis ou os mais
atrativos são pessoas distraídas. “É importante ficar mais atento às
atitudes na rua. Não falar ao celular dirigindo, não falar ao celular na
rua e andar com os vidros fechados são algumas das precauções que podem
ser tomadas”, argumentou o Campos.
Quando não há para onde fugir e a vítima
já está na mira de um criminoso, a alternativa é manter a
tranquilidade. “A PM tem algumas alternativas táticas de rua para lidar
com essas situações. O assalto com refém em locais de acesso público é o
mais recorrente, por isso utilizamos sempre o método da negociação: da
troca entre o infrator e o negociador”, explicou o comandante. As
exigências são feitas e, então, passar a existir uma troca, a partir daí
as negociações. Os pedidos feitos são tidos como uma proteção e
promessa de que a integridade física do infrator será preservada.
“Muito medo. Era o que eu conseguia
sentir. Na hora passam várias coisas na nossa cabeça, e só conseguimos
pedir para que isso acabe. Todas as atitudes pré-planejadas para uma
situação como essa vão por ‘água abaixo’ e o que resta é esperar”,
relatou a vendedora de celular de uma farmácia que foi assaltada na
última terça-feira (19), na Cidade Nova, em Ananindeua.
Na PM existem três formas de tentar
solucionar os assaltos com refém. Além da negociação é possível usar as
invasões táticas para presídios e os “snipers” ou atiradores de elites,
empregados nos casos mais extremos. Atualmente a polícia deixa
diariamente, em cada turno, cerca de 200 viaturas para realizar ronda
pela cidade. Mas, caso não seja possível evitar a situação, a população
pode contar com a ajuda de dois números para denúncia (190 e 181),
ferramenta utilizada pela segurança pública para estar perto da
população.
Como se comportar como refém
1. NÃO SEJA UM HERÓI:
Assimile a situação e esteja preparado para esperar;
Qualquer ação significativa de sua parte pode causar no raptor uma reação violenta;
Permaneça calmo, estude a situação;
O tempo está do seu lado;
Não negocie com raptores.
Assimile a situação e esteja preparado para esperar;
Qualquer ação significativa de sua parte pode causar no raptor uma reação violenta;
Permaneça calmo, estude a situação;
O tempo está do seu lado;
Não negocie com raptores.
2. OS PRIMEIROS MINUTOS SÃO OS MAIS PERIGOSOS:
A sua atitude durante a fase inicial da crise como refém pode significar a razão pela qual estará vivo ou morto ao final do incidente;
Após algum tempo o sequestrador ficará mais consciente de suas emoções e de sua situação (Síndrome de Estocolmo).
A sua atitude durante a fase inicial da crise como refém pode significar a razão pela qual estará vivo ou morto ao final do incidente;
Após algum tempo o sequestrador ficará mais consciente de suas emoções e de sua situação (Síndrome de Estocolmo).
3. NÃO FALE, A MENOS QUE FALEM COM VOCÊ:
Considere a escolha de palavras antes de falar (você pode irritar o raptor);
Não converse com outros reféns. Se conversar, não pare se o sequestrador olhar para você, ele poderá pensar que você está conspirando contra a situação;
Se falarem com você, não seja excessivamente amistoso, pode soar hipócrita, falso, mentiroso. Fale devagar e concisamente. Não discuta. Raciocine antes de falar;
Considere a escolha de palavras antes de falar (você pode irritar o raptor);
Não converse com outros reféns. Se conversar, não pare se o sequestrador olhar para você, ele poderá pensar que você está conspirando contra a situação;
Se falarem com você, não seja excessivamente amistoso, pode soar hipócrita, falso, mentiroso. Fale devagar e concisamente. Não discuta. Raciocine antes de falar;
4. EVITE PERDER A CONDIÇÃO DE PESSOA:
O raptor pode tentar evitar a transferência emocional positiva, referindo-se a você com uma expressão descaracterizante. Perceba que ele está tentando desumanizá-lo;
Sempre que possível, reitere a sua condição de ser humano. Conte-lhe sobre sua família;
Na medida do possível, fale sobre um assunto não violento;
O raptor pode tentar evitar a transferência emocional positiva, referindo-se a você com uma expressão descaracterizante. Perceba que ele está tentando desumanizá-lo;
Sempre que possível, reitere a sua condição de ser humano. Conte-lhe sobre sua família;
Na medida do possível, fale sobre um assunto não violento;
5. NÃO OFEREÇA SUGESTÕES:
O sequestrador pode interpretar como comando. Pode gerar hostilidade e causar violência;
Se sua sugestão for usada e alguma coisa der errado, o raptor pode pensar que você o fez de propósito, e o verá como inimigo (dificultará a síndrome de Estocolmo);
O sequestrador pode interpretar como comando. Pode gerar hostilidade e causar violência;
Se sua sugestão for usada e alguma coisa der errado, o raptor pode pensar que você o fez de propósito, e o verá como inimigo (dificultará a síndrome de Estocolmo);
6. NECESSIDADES MÉDICAS:
Conte ao sequestrador sobre seus cuidados especiais. Não o irrite, apenas lhe comunique;
Você provavelmente receberá tratamento, ele não quer que você morra;
Não simule uma doença ou contusão, isto destrói qualquer elo de confiança.
Conte ao sequestrador sobre seus cuidados especiais. Não o irrite, apenas lhe comunique;
Você provavelmente receberá tratamento, ele não quer que você morra;
Não simule uma doença ou contusão, isto destrói qualquer elo de confiança.
7. ENTENDA QUE VOCÊ É UM REFÉM:
Você não está no controle de absolutamente nada;
Seja submisso, humilde;
Você não está no controle de absolutamente nada;
Seja submisso, humilde;
8. TÁTICAS DE EVASÃO:
Se você perceber que está sendo seguido circule o quarteirão e veja se o carro que você admite que esteja lhe seguindo ainda lhe acompanha;
Mantenha a calma se o carro continuar lhe seguindo;
Evite as ruas desertas ou caminhos que você não conhece;
Nunca encoste no carro da frente, mantendo a distância que lhe possibilite manobrar para ultrapassagem;
Procure memorizar a descrição do carro e, se possível, dos seus ocupantes;
Coloque outro veículo entre você e o seu perseguidor, evitando assim um bloqueio de rua;
Sem submeter você mesmo, passageiro ou pedestre, a danos, tente chamar a atenção da Polícia para o seu carro (dispare a buzina);
Busque um abrigo ou proteção;
Se, contudo, efetivamente uma ação desenrolar, procure colocar seu carro em posição, deforma a não ficar fechado pelo agressor (bloqueio), abalroe o veículo agressor (colisão) e procure escapar.
Se você perceber que está sendo seguido circule o quarteirão e veja se o carro que você admite que esteja lhe seguindo ainda lhe acompanha;
Mantenha a calma se o carro continuar lhe seguindo;
Evite as ruas desertas ou caminhos que você não conhece;
Nunca encoste no carro da frente, mantendo a distância que lhe possibilite manobrar para ultrapassagem;
Procure memorizar a descrição do carro e, se possível, dos seus ocupantes;
Coloque outro veículo entre você e o seu perseguidor, evitando assim um bloqueio de rua;
Sem submeter você mesmo, passageiro ou pedestre, a danos, tente chamar a atenção da Polícia para o seu carro (dispare a buzina);
Busque um abrigo ou proteção;
Se, contudo, efetivamente uma ação desenrolar, procure colocar seu carro em posição, deforma a não ficar fechado pelo agressor (bloqueio), abalroe o veículo agressor (colisão) e procure escapar.
9. FUGA:
Somente quando tiver 100% de certeza de que será bem sucedido,ainda assim, reconsidere a tentativa;
Sua fuga pode ocasionar a violência contra reféns que ficarem;
Somente quando tiver 100% de certeza de que será bem sucedido,ainda assim, reconsidere a tentativa;
Sua fuga pode ocasionar a violência contra reféns que ficarem;
(Diário do Pará)
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