Os tribunais
de contas do Estado (TCE) e dos Municípios (TCM) divulgaram ontem a
lista de gestores com pendências. A lista será usada pelo Tribunal
Regional Eleitoral (TRE) e pelo Ministério Público para definir casos de
inelegibilidade.
No TCE são 1.170 nomes com problemas nas prestações de contas.
A lista reúne gestores que tiveram irregularidades apontadas pelo
Tribunal nos últimos oito anos, prazo em que, segundo a nova Lei da
Ficha Limpa, os julgamentos
prescrevem. Isso significa que todos aqueles que foram condenados entre
2004 e 2012 correm risco de ter as candidaturas impugnadas. Pela lei
anterior, a prescrição se dava cinco anos após a condenação. “Essa lista
reúne aqueles que estão em débito com o Estado”, resumiu o presidente
do tribunal, Cipriano Sabino, que no início da tarde de ontem enviou o
documento ao TRE.
IRREGULARIDADES
Segundo dados do Tribunal de Contas do Estado, os valores aplicados irregularmente pelos 1.170 da lista divulgada ontem somam R$ 225, 1 milhões.
Segundo dados do Tribunal de Contas do Estado, os valores aplicados irregularmente pelos 1.170 da lista divulgada ontem somam R$ 225, 1 milhões.
Na lista do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) estão 500
nomes divididos em dois grupos. O primeiro, bem maior, reúne todos os
gestores que tiveram pendências. O segundo é exclusivo dos prefeitos. O
secretário geral do TCM, Robson Figueredo do Carmo, explica que, no caso
dos prefeitos, a cassação de mandato (a máxima punição política por
irregularidades nas contas) é exclusiva das Câmaras de Vereadores. Mesmo
assim, o TCM envia uma lista daqueles que tiveram problemas. A palavra
final sobre uma possível candidatura desses gestores será dada pela Justiça Eleitoral.
O procurador eleitoral Igor Nery Figueiredo explica que os dados
divulgados pelo TCE e TCM serão reunidos às listas que foram divulgadas
pelo Tribunal de Contas da União e também pelo Tribunal Regional
Federal. Além disso, já estão em poder do Ministério Públicos dados
enviados por entidades de classe, Justiça Militar, Assembleia
Legislativa e Câmaras de Vereadores.
A expectativa é de que, com essas informações, seja possível formar
uma lista dos inelegíveis no Pará a ser enviada para os promotores que
ficarão encarregados de impugnar as candidaturas no interior.
(Diário do Pará)
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