Depois de mais de dois anos parado na Comissão de Constituição e Justiça
da Câmara (CCJ) aguardando a votação da redação final, o projeto de lei
do Executivo (PL 7672/10), conhecido como Lei da Palmada, foi aprovado
no início da noite de ontem (21/5) por unanimidade na CCJ. A
proposta vai se chamar Lei Menino Bernardo, em homenagem a Bernardo, que
foi encontrado morto, no Rio Grande do Sul, e cujos principais
suspeitos são o pai e a madrasta.
O projeto altera o Estatuto da Criança e do Adolescente para estabelecer
o direito da criança e do adolescente de serem educados e cuidados sem o
uso de castigos físicos ou de tratamento cruel ou degradante.
A proposta estabelece que pais e responsáveis que maltratarem seus
filhos crianças e adolescentes serão advertidos e terão que participar
do Programa de Proteção à Família, que oferece cursos e tratamento
psicológico ou psiquiátrico. A pessoa vítima do castigo vai receber
tratamento especializado.
Nas discussões da matéria na parte da manhã, críticos da proposta alertaram sobre a preservação de direitos individuais e a interferência da lei na educação dos filhos. Enquanto defensores criticaram o apelido dado à lei. "Chamar o projeto de Lei da Palmada é uma maldade. A gente está falando de crianças que são queimadas e espancadas”, disse o relator da matéria na CCJ, deputado Alessandro Molon (PT-RJ).
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Nas discussões da matéria na parte da manhã, críticos da proposta alertaram sobre a preservação de direitos individuais e a interferência da lei na educação dos filhos. Enquanto defensores criticaram o apelido dado à lei. "Chamar o projeto de Lei da Palmada é uma maldade. A gente está falando de crianças que são queimadas e espancadas”, disse o relator da matéria na CCJ, deputado Alessandro Molon (PT-RJ).
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