Por Jorge Oliveira - Diário do Poder
Não devemos culpar apenas o PT pelo descalabro na EBC – Empresa
Brasil de Comunicação – que administra a TV Brasil, traço de audiência.
Ali sempre foi um depósito de parasitas, apaniguados e refúgio para os
apadrinhados de políticos. Descobre-se agora que no governo da Dilma
centenas de funcionários fantasmas transformaram a empresa em um birô
panfletário. De lá de dentro, os adeptos do partido disparavam notícias
contra o impeachment e faziam apologia do PT, o partido que se
transformou numa organização criminosa, cujo capo, sabe-se agora, era o
ex-presidente Luís Inácio da Silva, segundo o Ministério Público.
Como empresa privada, a EBC já teria deixado de existir há muito
tempo. É deficitária, desorganizada e virou um depósito de funcionários
fantasmas. Sustenta-se até hoje porque o idiota do contribuinte paga os
salários dos 2600 empregados concursados e comissionados que vivem
devorando a folha salarial da empresa. Como informa Cláudio Humberto, no
Diário do Poder, a maioria dos parasitas consumiram do estado 272
milhões de reais apenas em 2015. Isso mesmo, é o que você leu: 272
milhões de reais em salários e benefícios. Um descalabro, um desrespeito
com o dinheiro do contribuinte que paga seus impostos para alimentar a
mamata daqueles que vivem pendurados no cabide de emprego.
O atual presidente da empresa, Laerte Rimolli, já demitiu 40 dos 300
funcionários fantasmas que encontrou dentro da EBC, a maioria militantes
do PT que transformaram a empresa numa célula de comunicação, com os
instrumentos do estado, para difamar e caluniar os críticos do partido a
um custo muito alto. Em apenas um mês, em 2015, os servidores da EBC
esfolaram o bolso do contribuinte com a retirada de R$ 24,8 milhões de
reais dos cofres da empresa.
A bandalheira dentro da EBC se agravou quando ela deixou de se chamar
Radiobrás para virar Empresa Brasil de Comunicação durante o governo de
Lula. Entre todos os contratos que fez para favorecer algumas
produtoras de militantes petistas aprovando projetos duvidosos e de má
qualidade, um deles, na área administrativa, salta aos olhos até hoje de
funcionários antigos. Trata-se do aluguel de um porão no edifício
Venâncio 2000, na época, no valor de 1 milhão de reais por mês.
O local insalubre é uma ameaça aos seus empregados. Não tem saída de
emergência, está localizado no subsolo de um dos prédios até então mais
deteriorado de Brasília e não se sabe até hoje como foi aprovado para
abrigar a empresa e centenas de pessoas que por lá transitam e trabalham
diariamente. Não se conhece também quem intermediou o aluguel, que,
seguramente, até hoje vive da corretagem.
Laerte Rimolli, um jornalista experiente, que já passou pelas grandes
redações do país, precisa escancarar mais ainda a caixa preta da EBC,
moralizar e valorizar os servidores que trabalham com honestidade e
dignidade enquanto a empresa se mantiver viva. E cobrar na justiça o
prejuízo que os comissionados fantasmas – muitos recebendo salários de
até 16 mil reais – deu aos cofres públicos se quiser realmente
implementar uma política de austeridade na principal empresa de
comunicação do governo.
Se a EBC não for moralizada nesta gestão, que reúne profissionais
qualificados na área administrativa e na comunicação, que se feche a
empresa. O bolso do contribuinte agradece.
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