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terça-feira, 30 de outubro de 2018

Bolsonaro no Jornal Nacional, ontem


Constituição
William Bonner - Presidente, nesses poucos minutos, nós queremos aproveitar aqui a sua disposição para acalmar os ânimos que andaram tão acirrados ao longo dessa campanha. No primeiro dia depois do segundo turno, o senhor disse aqui, no Jornal Nacional, que será um escravo da Constituição de 1988. No último sábado, agora, na sua última aparição nas redes sociais antes da eleição, o senhor estava com um exemplar da Constituição nas mãos e reiterou que todas as suas ações seguirão os postulados da Constituição. No seu discurso da vitória de ontem, o senhor disse que vai defender as liberdades e vai defender a democracia. Diante disso tudo, o que é que o senhor diria àqueles que ainda insistem em dizer que a sua eleição é um risco para a democracia?

Jair Bolsonaro - Primeiro, dizer-lhes que as eleições acabaram. Chega de mentira. Chega de fake news. Realmente agora estamos em uma outra época. Eu quero governar para todos, como você bem disse, no Brasil. Não apenas para os que votaram em mim. Temos uma Constituição que tem que ser, realmente, a nossa bíblia aqui na terra. Respeitá-la, porque só dessa maneira podemos conviver em harmonia.

Bolsonaro no Jornal Nacional (2)

Preconceito e violência
Renata Vasconcellos - Durante a campanha, o senhor já teve a oportunidade de se desculpar por palavras mais fortes que usou em sua pregação sobre um projeto polêmico de educação sexual nas escolas. Chegou até a pedir desculpas aqui no JN por ter se excedido no calor das discussões. Em outra ocasião, disse enfaticamente não ter nada contra os gays. Depois, disse que vai lutar contra aqueles que querem dividir o Brasil entre homos e héteros, entre brancos e negros, entre sulistas e nordestinos. Há relatos concretos sobre pessoas que têm agredido gays – verbalmente e fisicamente. Na campanha, o senhor repudiou o voto dos que usam a violência. Como presidente eleito, o que o senhor diria para aqueles que ousem ser preconceituosos e agressivos contra outro ser humano apenas por serem gays?

Jair Bolsonaro - A agressão contra os semelhantes tem que ser punida na forma da lei e se for por um motivo como esse tem que ter pena agravada. Deixo bem claro: ganhei rótulo por muito tempo de homofóbico. Na verdade, fui contra a um kit feito pelo então ministro da Educação, Haddad, que de 2009 para 2010, onde chegaria nas escolas um conjunto de livros e cartazes e filmes onde passaram crianças se acariciando e meninos se beijando. Não poderia concordar com isso. A forma como ataquei essa questão é que foi um tanto quanto agressiva porque achava que o momento merecia isso. Tivemos em parte sucesso porque no ano seguinte a presidente Dilma, depois de ouvir as bancadas evangélica e católica, resolveu recolher o material. Mas o rótulo ficou em cima de mim. Isso tudo aconteceu por causa do 9º seminário LGBT infantil na Comissão de Direitos Humanos da Câmara onde presente estava o secretário de Alfabetização, André Lazaro. E os senhores podem pegar as imagens no YouTube onde ele dizia que passou discutindo até onde a língua da menina entraria na boca da outra. A essa agressão contra a família e contra a inocência das crianças em sala de aula resultou na minha forma um tanto quanto violenta, concordo, para tentar demover o ministério dessas cartilhas, filmes e cartazes.

Bolsonaro no Jornal Nacional (3)

Liberdade de imprensa
William Bonner - Presidente, o senhor sempre se declara, enfaticamente, aliás, um defensor da liberdade de imprensa. Mas, em alguns momentos da campanha, o senhor chegou a desejar que um jornal deixasse de existir. É indiscutível que a imprensa não é imune a erros e nem a críticas e isso vale para qualquer órgão da imprensa profissional. Mas também é fato que a imprensa livre é um pilar da democracia. Como presidente eleito, o senhor vai continuar defendendo a liberdade da imprensa e a liberdade do cidadão de escolher o que ele quiser ler, e o que ele quiser ver e ouvir?

Jair Bolsonaro - Totalmente favorável à liberdade de imprensa. Temos a questão da propaganda oficial do governo que é uma outra coisa. Mas aproveito o momento para que nós realmente venhamos fazer justiça aqui no Brasil. Tem uma senhora de nome Valderice, minha funcionária, que trabalhava na vila histórica de Mambucaba, e tinha uma lojinha de açaí. O jornal "Folha de S.Paulo" foi lá nesse dia 10 de janeiro e fez uma matéria e a rotulou de forma injusta como fantasma. É uma senhora, mulher, negra e pobre. Só que nesse dia 10 de janeiro, segundo boletim administrativo da Câmara de 19 de dezembro, ela estava de férias. Então, ações como essa, por parte de uma imprensa, que mesmo a gente mostrando a injustiça que cometeu com uma senhora, ao não voltar atrás, logicamente que eu não posso considerar essa imprensa digna. Não quero que ela acabe. Mas, no que depender de mim, da propaganda oficial do governo, imprensa que se comportar dessa maneira, mentindo descaradamente, não terá apoio do governo federal.

William Bonner - Então o senhor não quer que esse jornal acabe. O senhor está deixando isso claro agora.

Jair Bolsonaro - Por si só, esse jornal se acabou. Não tem prestígio mais nenhum. Quase todas as fake news que se voltaram contra mim partiram da "Folha de S.Paulo", inclusive a última matéria, onde eu teria contratado, né, empresas fora do Brasil, via empresários aqui para espalhar mentiras sobre o PT. Uma grande mentira, mais uma fake news do jornal "Folha de S.Paulo", lamentavelmente.

Bolsonaro no Jornal Nacional (4)


'Marginais vermelhos'
Renata Vasconcellos - No discurso em que o senhor fez esta mesma afirmação sobre a imprensa, o senhor disse que os “marginais vermelhos” serão “banidos da nossa pátria”. O que o senhor quis dizer com isso?

Jair Bolsonaro - Foi um discurso inflamado, com a Avenida Paulista cheia e logicamente estava me referindo à cúpula do PT e à cúpula do PSOL. O próprio Boulos havia dito que invadiria minha casa na Barra da Tijuca por não ser produtiva. Vimos o candidato do PT derrotado em vídeo dizendo que a crise no Brasil só acabaria quando Lula fosse eleito presidente. Então, foi um momento de desabafo e em um discurso acalorado, mas não ofendi a honra de ninguém. No Brasil de Jair Bolsonaro, quem desrespeitar a lei sentirá o peso da mesma contra sua pessoa”.

Bolsonaro no Jornal Nacional (5)

Conciliação
William Bonner - Presidente, essa campanha foi muito polarizada, todo mundo sabe, todo mundo notou, às vezes até dentro de famílias houve brigas. O senhor certamente tem conhecimento disso. Ontem, em seu discurso, o senhor, muito corretamente, disse que será o presidente de todos os brasileiros. Para conseguir seu objetivo de conciliação nacional, respeitadas as diferenças de ideias, o que o senhor poderia dizer agora, neste momento, aqui no JN, para os que não votaram no senhor?

Jair Bolsonaro - Quero dizer a todos vocês que não votaram em mim que nós estamos no mesmo barco. Se o Brasil não sair dessa crise ética, moral e econômica, todos nós sofreremos as consequências do que se aproxima no futuro. Nós queremos é juntos, juntos com vocês, afinal de contas, nós temos tudo, tudo para ser uma grande nação. O que está faltando é a união de todos, evitar as divisões. Essas divisões apareceram no governo anterior, nordestinos-sulistas, brancos e negros, ricos e pobres, homos e héteros, isso nós vamos evitar. Vamos tratar todos iguais. E eu apelo àqueles que não votaram em mim. Nos dê a oportunidade agora de mostrar que, realmente, nós podemos fazer uma política de modo de que a felicidade se faça presente em nosso meio no futuro.

Bolsonaro no Jornal Nacional (6)


Sérgio Moro
Renata Vasconcellos - Uma última pergunta. O senhor disse há pouco à Record e ao SBT que pensa em convidar o juiz Sérgio Moro ou para o Ministério da Justiça ou para o Supremo Tribunal Federal. Qual dessas duas funções o senhor prefere para ele?

Jair Bolsonaro - O juiz Sérgio Moro é um símbolo aqui no Brasil. Eu costumo dizer que é um homem que perdeu sua liberdade no combate à corrupção. Ele não pode mais ir à padaria sozinho ou ir passear com a família no shopping sem ter aparato de segurança ao lado. É um homem que tem que ter o trabalho reconhecido. Pretendo conversar com ele brevemente, e já foi feita a sinalização positiva. Pretendo convidá-lo para o Ministério da Justiça ou – seria no futuro – abrindo uma vaga no Supremo Tribunal Federal, na qual melhor ele achasse que poderia trabalhar para o Brasil. Um homem com passado exemplar no combate à corrupção e em qualquer uma das duas casas ele levaria avante sua proposta. A corrupção tem que ser banida do Brasil, ninguém suporta mais conviver com essa prática tão nefasta.
Uma sugestão aos nossos futuros governantes Bolsonaro e Hélder Barbalho: tratem dos nossos direitos básicos, saúde, segurança e educação, por exemplo, e deixem de lado o faraonismo das obras públicas, na forma de construções suntuosas, muitas desnecessárias.

É preciso saber perder


Nos embates eleitorais, os ódios como os afetos, aumentam ou diminuem quando as urnas são abertas, os votos são apurados e são proclamados os vencedores. Poucos são os que entendem que as derrotas fazem parte do jogo e da vida e devemos aceitá-las normalmente.
Orgulho-me de ter podido, até agora, neste blog e na minha página no Facebook, exercer com total liberdade, uma ética comprometida com a verdade. Nada de face news.
Tá feia a coisa. O salário mínimo é como menstruação: vem todos os meses e acaba em quatro dias.

Pequenez na derrota

Editorial - Folha de SP
Treze anos no poder não fizeram do PT uma oposição mais madura. Desde a deposição de Dilma Rousseff, em 2016, o partido retrocedeu ao esquerdismo panfletário, acrescido de fantasias persecutórias, em busca de preservar seus nichos mais fiéis —e à custa de intensificar sua rejeição no restante majoritário do eleitorado nacional.

Derrotado na disputa presidencial deste domingo (28), Fernando Haddad esteve longe de mostrar a capacidade de liderar uma oxigenação do discurso e das práticas da sigla. Dificilmente poderia ser promissor, nesse contexto, o pronunciamento que fez quando já se conhecia o veredito das urnas.

Voltaram, previsivelmente, os queixumes contra o impeachment de Dilma e a “prisão injusta” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A “tarefa enorme” que disse ver pela frente seria “defender o pensamento e as liberdades desses 45 milhões de brasileiros [foram 47 milhões ao final da apuração]” que nele votaram. A despeito do adjetivo empregado, a missão não abarca a maioria que fez outra escolha.

Haddad também não seguiu o rito democrático de cumprimentar de pronto o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), pela vitória. Só veio a fazê-lo nesta segunda-feira (29), por meio de uma rede social. Menos mal, mas ainda assim sintomático da propensão petista a negar legitimidade aos adversários.

O PT recebeu um respeitável mandato oposicionista no pleito, no qual elegeu 56 deputados federais e quatro governadores. Ainda mais eloquente, entretanto, foi a ampla e aguda rejeição ao partido —maior entre os votantes mais ricos e escolarizados dos grandes centros urbanos, mas elevada em quase todos os estratos e regiões.

Mais que tolice, soa a ofensa a insistência em atribuir tal sentimento a elitismos ou preconceitos. O autoengano servido à militância contribui para envenenar o ambiente político, enquanto a sigla mantém o culto a líderes flagrados em desmandos e se esquiva de reconhecer seus erros econômicos.

Talvez aposte que, fazendo oposição agressiva, intransigente e dogmática, venha a colher os dividendos de um desgaste futuro, nada implausível, do governo Bolsonaro.

Bastaria, assim, oferecer ao público a tradicional receita de soluções fáceis, que desconhecem as limitações orçamentárias, e a mitologia dos anos de bonança sob Lula.

A ser esse o caso, cumpre recordar que nem a impopularidade devastadora de Michel Temer (MDB) —para nem mencionar os temores despertados pela candidatura do capitão reformado— bastou para reconduzir os petistas ao Planalto.

Bolsonaro diz que posse de armas será uma das primeiras medidas de seu governo


Na primeira entrevista após ser eleito presidente do Brasil, Jair Bolsonaro disse que a posse de armas será uma das primeiras medidas de seu governo. O ex-capitão também defendeu a PEC do Teto de Gastos, que congela os investimentos públicos em saúde e educação por 20 anos, sugeriu que a Reforma da Previdência seja votada ainda no governo Temer e disse que pretende convidar Sérgio Moro para o Ministério da Justiça.

Indagado se vai governar para minorias, rebateu: "O que é minoria? Nós somos iguais". "Não podemos pegar certas minorias e achar que elas têm superpoderes", concluiu.

Bolsonaro usou o combate ao politicamente correto como argumento para defender o porte de armas: "Nós precisamos abandonar o politicamente correto e achar que com todo mundo desarmado, o Brasil vai ser melhor. Não vai ser melhor." Em seguida, confirmou que pretende, "com a bancada da segurança bastante empenhada, mudar o estatuto no corrente ano". O porte de armas estaria dentro de um "pacotão de medidas", que visa defender o agronegócio, as forças armadas, os policiais e toda a sociedade brasileira.

Ele disse ainda que "qualquer invasão, quer seja feita pelo MST ou o MTST, será tipificada como terrorismo". "A propriedade privada é sagrada". Em seguida, negou o diálogo com movimentos sociais.

Jatene cumprimenta Hélder Barbalho


Ontem (29), o governador Simão Jatene postou no Facebook e Instagram mensagem sobre o resultado da eleição, desejando sucesso ao novo governo. Ei-la:

"A história segue seu curso... Eleição se ganha e se perde. Faz parte da democracia. Só não podemos perder o respeito às pessoas. E a dignidade; princípios éticos e morais tão caros à vida em sociedade. Desejo sucesso ao futuro governo. E que consiga realizar o que prometeu. O que for bom para o Pará e para nossa gente, terá, sempre, o meu apoio e reconhecimento. A todos os paraenses, minha eterna gratidão. E que Deus nos ilumine".

Equipes de transição do governo Jatene para Hélder


O governador Simão Jatene designou o procurador geral do Estado, Ophir Cavalcante Júnior, e o auditor geral do Estado, Roberto Amoras, para coordenarem a equipe de transição do atual para o futuro governo estadual. Em seguida, Jatene telefonou a Hélder Barbalho, informando as providências. Por sua vez, Hélder indicou o advogado Parsifal Pontes, atual presidente da Cia. Docas do Pará (licenciado) e coordenador de sua campanha, como responsável pelo diálogo com o governo durante a transição.

Bolsonaro define que não escolherá políticos para compor o seu ministério

O deputado Onyx Lorenzoni (foto) tem uma tarefa difícil pela frente, na articulação do governo Jair Bolsonaro: atrair apoio no Congresso, mas sem assumir compromissos para indicação política de ministros. A única exceção admitida por Bolsonaro de político à frente de ministério, em princípio, é o próprio Lorenzoni. A decisão é observar com rigor a regra de só nomear ministros tecnicamente qualificados. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Como na gestão militar, Bolsonaro deve entregar os ministérios aos titulares de “porteira fechada”, fixando metas e cobrando resultados.

TV Brasil será extinta


Jair Bolsonaro disse em entrevista à Record que vai privatizar ou extinguir a TV Brasil, que tem traço de audiência e custa 1 bilhão de reais por ano ao governo.

Sem pacto, por favor

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, fez um pronunciamento dois dias antes do segundo turno da eleição para presidente conclamando os três Poderes da República a firmarem um pacto para reconciliação dos vencidos e derrotados, pelo bem e pela união do Brasil. Segundo ele, acelebração de um pacto nacional é não só necessária, mas premente. Com o devido diálogo, realizaremos as almejadas reformas dentro de um quadro de segurança jurídica. O Supremo Tribunal Federal exercerá o importante papel de árbitro dos eventuais conflitos, garantindo a solidez, a segurança jurídica e a paz social, função última da Justiça”. Cá pra nós, que textinho ruim, hein?
À primeira vista, a proposta, na aparência, parece resultar de um espírito cívico muito nobre, mas ela padece de um mínimo de legitimidade. A cidadania brasileira acaba de tomar, em eleições históricas, pacíficas e limpas, uma decisão da maior importância e ela precisa ser recebida e acatada por todas as instituições que compõem o organismo do Estado de Direito no Brasil, sem que haja necessidade de concessões e boa vontade de parte nenhuma. O capitão reformado e deputado federal Jair Bolsonaro ganhou a disputa eleitoral em dois turnos enfrentando muitos percalços e cumprindo um programa que vem sendo empreendido há, pelo menos, dois anos: levar ao poder da República a indignação amplamente majoritária da sociedade brasileira, da qual faz parte negar alianças, pactos e compromissos que tentam driblar ou até contrariar a vontade política e majoritária do povo.
A eleição, realizada sem contratempos de monta, em 7 e 28 de outubro, é o ápice de manifestações populares nas ruas realizadas há cinco anos e às quais o “Brasil oficial” da célebre crônica crítica de Machado de Assis respondeu com desprezo e mofa. Para começo de conversa, a presidente em 2013, Dilma Rousseff, propôs não um, como o fez agora seu ex-subordinado no PT, mas cinco pactos. Apenas lorota, conversa pra boi dormir. Tudo ficou como dantes no cartel de Abrantes, assim com cmesmo, pois falamos de cartéis, e não de casernas. A proponente disputou eleição no ano seguinte e nela praticou a mais infame fraude eleitoral da História: uma campanha abjeta de sórdido marketing eleitoral contra outra mulher esquerdista, Marina Silva, da Rede, que lhe atrapalhava a caminhada para repetir o seu primeiro desgoverno federal, que conquistara como poste sem luz de Lula. Logo depois afundaria no maior lamaçal ético de todos os tempos, acabando em impeachment e não deixando saudade nem em quem a inventou.
Durante a breve gestão de seu sucessor, Michel Temer, dono do então PMDB, hoje MDB, que era seu vice, escolhido, é claro, pelo morubixaba de Garanhuns, foi celebrado um acordão – sem acento agudo no o – para garantir reeleição e foro privilegiado apolíticos desonestos denunciados pela Operação Lava Jato, de 2014. Os sócios sigilosos desse pacto de impunidade dos chefões das associações criminosas, ditas organizações partidárias, se reuniram num bando chamado Centrão com o objetivo de assegurar o poder a vários incriminados, incluído o presidente provisório, e oferecer aos associados desse clube do “mamãe, eu quero” a garantia da mamadeira à mão. Sob os auspícios de Darcísio Perondi, Carlos Marun, Eliseu Resende e Moreira Franco, esse grupo levou o ex-governador tucano paulista Geraldo Alckmin ao cadafalso, com anêmicos 4,75% dos votos. A extensão dos delatados alcançou todo o espectro partidário, a tal ponto que, única exceção, o capitão do baixíssimo clero Jair Bolsonaro, do PSL, ficou com a glória, a vitória e o campeonato. Quer saber por quê? Porque o populacho sabe que esses tais pactos são fórmulas de transferir o suado dinheiro do trabalhador para as contas bancárias da patota.
Bolsonaro conseguiu quase 60 milhões de votos no segundo turno de gente que tem nojo desses pactos e nada espera de nobre ou cívico dos 11 membros da cúpula do Poder Judiciário. Dias Toffoli foi citado na delação de Léo Pinheiro, de OAS, mas ela foi guardada no freezer que congela a vodkinha de cada dia do dotô. E em cumplicidade dTrio Ternura Bandida da ex-Segunda Turma do STF, junto com Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, o ex-advogado da cúpula dirigente do PT exerceu o tal do poder monocrático para soltar criminosos de colarinho-branco, que o povão quer ver presos. Entre eles figura seu ex-chefe José Dirceu de Oliveira e Silva, criminoso reincidente do mensalão e do petrolão, condenado a 30 anos e meio de cana.
Agora mesmo cai o queixo da massa de milhões de cidadãos que mandaram para casa um punhado de chefões políticos delatados nas operações da Polícia, do Ministério Público e da Justiça Federais, com o time completo da “Suprema Corte” se intrometendo em decisões da Justiça Eleitoral em 17 universidades públicas em sete Estados da Federação. Esta havia mandado recolher material de propaganda eleitoral com circulação proibida em repartições públicas pela legislação eleitoral. Cármen Lúcia saiu à frente de todos para garantir a autonomia que a academia tem para mentir à juventude. Na certa, ela faltou às aulas de História sobre as ditaduras do Eixo sob os auspícios do fascismo de Mussolini e do nazismo de Hitler. Onde essa senhora viu no Brasil tropas de assalto armadas, perseguição e morte de 6 milhões de judeus, noite dos cristais com vidraças de lojas quebradas, experiências científicas com prisioneiros políticos servindo de cobaias, típicas deles?
O ministro Luís Roberto Barroso, fã de frase de efeito, tenha ela conexão ou não com a verdade factual, elaborou uma máxima filosófica de fazer corar o filósofo Zeca Boca de Bacia, de saudosa memória nos bares de Campina Grande nos tempos de minha adolescência. Para ele, a polícia só deve entrar em universidades se for para estudar. Cá pra nós, a frase é uma paródia imperfeita de outra, da lavra do engenheiro Leonel Brizola, que para liberar os territórios controlados pelos traficantes à época de seu governo no Estado do Rio declarou que sua (?!) polícia não subiria morro para prender e bater no povo. Não são mesmo fofos?
Pois é. Então, vamos resumir a questão propondo a seguinte resposta ao pacto proposto por Toffoli, aquele que chegou à presidência da Suprema Tolerância Federal sem nunca ter sido aprovado num concurso de juiz: faça sua parte e deixe Bolsonaro governar em paz o povo que o escolheu. Só para lembrar: quem o nomeou para o cargo vitalício e remunerado com o máximo de vencimento possível no funcionalismo federal, Lula, foi condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro a 12 anos e 1 mês de prisão e está cumprindo a pena na sala de  “estadomaior” da Polícia Federal em Curitiba. Esclarecido que “Lula está preso, babaca” (apud Cid Gomes), aos Poderes Legislativo e Executivo, cujos membros são eleitos pelo povo, cabe fazer as leis e executá-las, respectivamente. Os 11 membros da soit-disant “colenda Corte” devem assegurar o cumprimento da Constituição. Se eles não dispuserem de exemplares do texto, poderão tomar emprestado do presidente eleito, que exibiu um na sua mesa quando fez o primeiro pronunciamento após o triunfo, num live para redes sociais. Em vez de se meterem à toa onde não são chamados, como é o caso do ensino mentiroso da História do século 20 nos câmpus contaminados pelo vício do fracasso do socialismo e pela putrefação da política partidária, devem apenas se ater à letra fria da lei, se possível com um bom dicionário ao lado. Isso evitaria, por exemplo, a leitura errada do artigo 52 da referida Constituição, em que o decano Celso de Mello, o trêfego Marco Aurélio Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e o citado Toffoli confundem “considerado culpado” com “preso”. Nada que duas ou três aulas da velha e boa gramática não resolvam.
Deve ficar assim: no Brasil, que não está dividido, mas já escolheu a rota a seguir, o Congresso faz as leis, a União toma as providências com base nelas e para os “supremos da Corte real” fica o mister de, da forma menos indiscreta que for possível, decidir se as normas legais e sua execução estão nos conformes da chamada Carta Magna. Ou seja, todo servidor público deve cumprir o que é seu dever de ofício. E o resto, como diria a única governadora eleita no Brasil no mesmo pleito que consagrou o capitão contra o ladrão, Fátima Bezerra, é “gópi”.
(Artigo escrito pelo jornalista José Nêumanne, no Estadão)

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Desculpem
Infelizmente, desde cedo está sendo difícil acessar a internet, a lentidão aborrece. Tão logo retorne a normalidade, novas postagens serão feitas nesta página e no meu blog.

domingo, 28 de outubro de 2018

Sem terceiro turno

Editorial do Estadão
Depois de uma campanha eleitoral especialmente truculenta, em que a baixaria atingiu níveis inéditos e houve até atentado a faca contra um dos candidatos, os eleitores irão hoje às urnas praticamente sem saber o que de fato os dois postulantes à Presidência da República pretendem fazer para resolver os gravíssimos problemas nacionais.

A pobreza das propostas foi escamoteada pela troca de insultos e pela histeria, num clima de briga de torcidas que contaminou até mesmo as relações familiares e de amizade - não foram poucos os brasileiros que romperam contato com parentes e conhecidos em razão de suas opções políticas.

Ou seja, a campanha eleitoral que hoje termina foi muito além do tradicional e algumas vezes agressivo embate de programas para o País, quase sempre superado assim que as urnas fecham; o que se viu, por todos os lados, foi a completa recusa de ouvir a opinião alheia, de reconhecer a legitimidade de quem pensa de modo diferente e de usar a razão em vez da emoção. Provavelmente o desfecho da eleição não desanuviará de imediato tal clima de hostilidade.

Pode avizinhar-se, portanto, um terceiro turno, pois o resultado da eleição talvez não seja suficiente para aplacar os ânimos. Mas é preciso esquecer os discursos inflamados em que um lado falava em “metralhar” os simpatizantes do rival e o outro tratava o adversário como um ditador em potencial. Espera-se que a proclamação do vencedor seja capaz de encerrar a contenda eleitoral, a despeito da virulência da campanha. Afinal, o País necessita urgentemente de estabilidade e de medidas concretas para superar seus profundos desequilíbrios fiscais e estruturais, algo que só será possível por meio de um amplo acordo político.

Não se chega ao estado de espírito que presidiu a campanha por acaso. Foram anos de corrupção, desmandos e desfaçatez por parte do grupo político que, capitaneado pelo hoje presidiário Lula da Silva, chegou ao poder disposto a dali nunca mais sair - e do qual o candidato Haddad é herdeiro consagrado. A reação a essa ofensiva antidemocrática - materializada na Operação Lava Jato -, se deve ser louvada por ter exposto o assalto que estava sendo cometido aos cofres públicos, por outro lado demonstrou lamentável inclinação para a ribalta e o messianismo. Todos os políticos passaram a ser considerados igualmente corruptos até prova em contrário, instaurando-se um clima de caça às bruxas que só poderia resultar na emergência de políticos oportunistas que se apresentaram como “antissistema” - caso do candidato Bolsonaro. Pouco importavam suas propostas para o País - que, aliás, ninguém sabe quais são, pois elas não foram explicitadas, limitando-se a bravatas e slogans.

O outro lado tampouco ajudou. Ao contrário: Lula abastardou a campanha eleitoral ao usá-la escandalosamente em sua estratégia para tentar sair da cadeia, lançando como candidato um mero preposto, Fernando Haddad, e induzindo seus fanáticos seguidores a conflagrar ainda mais a Nação.

Quem realmente se importa com o País deve aceitar o dia de hoje, quando se encerra a eleição, como o ponto final desse enredo de horror. Urge que a classe política, a começar pelos partidos que disputam o segundo turno, deixe de lado a irresponsabilidade e se esforce para colocar o interesse público em primeiro lugar. Não é hora senão da reconciliação, e o exemplo deve partir dos líderes políticos. Uma vez encerrada a votação e conhecido o vencedor, o próximo presidente e aqueles que estarão na oposição devem ter a grandeza de compreender que o País não pode ficar em campanha eleitoral permanente.

Há muito trabalho a ser feito, e uma parte significativa desse trabalho - como as reformas constitucionais - só poderá ser realizada se houver amplo consenso. Para isso, o compromisso com a democracia, proclamado durante a campanha pelos dois candidatos, não pode ser da boca para fora. Tanto quem ganhar como quem perder deve ser capaz de conviver com seu adversário, reconhecendo-lhe a legitimidade. Mais de uma década sob governos de um partido que dividiu o País em “nós” e “eles” e cujos líderes nunca desceram do palanque foi o bastante para sabermos o mal que isso faz.
Pesquisa Ibope para os governos estaduais

Os brasileiros escolhem neste domingo, 28, governadores de 14 unidades da Federação. As eleições 2018 foram para o segundo turno em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Amapá, Rondônia, Rio Grande do Norte, Amazonas, Pará, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe, Roraima e também no Distrito Federal.

O Ibope divulgou na sexta e ontem (27) sábado as pesquisas de intenção de voto desses Estados. O nível de confiança de todos os levantamentos é de 95%. Confira a lista abaixo.

Amapá
No Estado, João Capiberibe (PSB) apareceu com 53% votos válidos, enquanto Waldez Góes (PDT) registrou 47% dos votos válidos. Os dois estão empatados tecnicamente. Nos votos totais, Capiberibe tem 48% e Waldez, 42%. Os votos brancos e nulos seguem em 8%. Os que não sabem ou não responderam continuam com 2%.

A pesquisa, encomendada pela Rede Amazônica, entrevistou 812 pessoas entre 24, 25 e 26 de outubro. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR-00570/2018.

Amazonas
No Amazonas, Wilson Lima (PSC) lidera com 64% dos votos válidos, enquanto Amazonino Mendes (PDT), que é o atual governador, tem 36%. Nos votos totais, o candidato do PSC foi de 63% para 60%. O pedetista se mantém com 34%. Os votos brancos e nulos saíram representam 4%. Os que não sabem ou não responderam são 2%.

A pesquisa foi encomendada pela Rede Amazônica e ouviu 812 pessoas entre 24, 25 e 26 de outubro. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o código BR-08888/2018.

Rondônia
Em Rondônia, Coronel Marcos Rocha (PSL) teve 63% das intenções de votos válidos, contra 37% de Expedito Junior (PSDB). Nos votos totais, o militar tem 56% e seu adversário, 33%. Os eleitores que optam por votos brancos e nulos somaram 6% e os indecisos, 4%.

A pesquisa foi encomendada pela Rede Amazônica, foi feita entre 24, 25 e 26 de outubro e ouviu 812 eleitores. O registro no TSE é o BR-06885/2018 e no TRE é o RO-07727/2018.

Mato Grosso do Sul
A pesquisa para a disputa do segundo turno para o governo de Mato Grosso do Sul mostra que Reinaldo Azambuja (PSDB) lidera com 51% dos votos válidos. Juiz Odilon (PDT) aparece com 49%. Os números configuram empate técnico, já que a margem de erro é de três pontos porcentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa foi encomendada pela TV Morena e entrevistou 812 pessoas entre 25 e 26 de outubro. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-07190/2018.

Distrito Federal
A intenção de voto no candidato do MDB ao governo do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi de 70% dos votos válidos, enquanto Rodrigo Rollemberg (PSB) chegou a 30%. Com base nos votos totais, Ibaneis caiu de 64% para 62%, enquanto Rollemberg subiu de 23% para 26%. Brancos e nulos totalizaram 7%, e os indecisos, 5%.

O levantamento foi encomendado pela TV Globo e pela Folha de S.Paulo. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%.

Minas Gerais
A intenção de voto no candidato do Novo ao governo de Minas Gerais, Romeu Zema, é de 68%, enquanto Antonio Anastasia (PSDB) registrou 32%. Com base nos votos totais, Zema oscilou de 57% para 58% e Paes, de 28% para 27%. O porcentual de brancos e nulos permaneceu em 10% e o de indecisos, em 5%.

O levantamento foi encomendado pela TV Globo. A margem de erro é de dois pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%. Foram entrevistados 2.002 eleitores em 113 municípios entre 25 e 27 de outubro.

Roraima
Em Roraima, Antonio Denarium (PSL) lidera com 54% dos votos válidos, seguido por José de Anchieta (PSDB), com 46%. Nos votos totais, o candidato do PSL caiu de 58% para 50%. Em relação ao último levantamento, o tucano subiu de 36% para 43%. Os votos brancos e nulos saíram de 2% para 4%. Os que não sabem ou não responderam continuam em 3%. A pesquisa, encomendada pela Rede Amazônica, entrevistou 812 pessoas entre 24 e 26 de outubro. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o código BR-04787/2018.

Rio Grande do Norte
Fátima Bezerra (PT) tem 55% dos votos válidos contra 45% de Carlos Eduardo (PDT) na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte. A petista está em movimento de ascensão nas pesquisas. O Ibope ouviu 812 pessoas em 38 cidades do Estado. Considerando-se os votos totais, a petista chega a 52%, contra 42% do adversário. Brancos e nulos somam 4% e indecisos, 3%.

A pesquisa foi encomendada pela Inter TV Costa Branca e está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-05542/2018.

Pará
O candidato do MDB ao governo do Pará, Helder Barbalho, tem 57% da intenção dos votos válidos. Já Márcio Miranda, do DEM, tem 43% da intenção dos votos. Se considerados os votos totais, Barbalho oscilou de 53% para 51% das intenções de voto, e Miranda permaneceu com 39%. O porcentual de brancos e nulos é de 7% e o de indecisos, 2%.

A pesquisa Ibope foi contratada pela TV Liberal e ouviu 812 votantes entre os dias 26 e 27 de outubro. Os dados foram registrados no Tribunal Regional Eleitoral do PA sob número PA-08333/2018 e no Tribunal Superior Eleitoral sob número BR-07030/2018.

Rio de Janeiro
No Rio, o candidato Wilson Witzel (PSC) tem 54% das intenções de voto ante 46% de seu adversário Eduardo Paes (DEM). No primeiro levantamento do segundo turno, Witzel aparecia com 60%, enquanto Paes tinha 40%. Depois, passou a ter 56%, contra 44% de Paes. O montante de brancos e nulos totalizou 9% e o de indecisos, 7%. A rejeição de Paes é de 52%, enquanto a de Witzel é de 39%.

O levantamento ouviu 2.002 eleitores e foi realizado em 25, 26 e 27 de outubro. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos e o nível de confiabilidade é de 95%. O registro no TSE é BR-09507/2018.

Santa Catarina
Em Santa Catarina, Comandante Moisés (PSL) aparece na liderança, com 59%. Gelson Merísio (PSD) tem 41%. Nos votos totais, o candidato do PSL foi de 51% para 52%, enquanto o candidato do PSD saiu de 35% para 36%. Os votos brancos e nulos continuam com 9%. Os que não sabem ou não responderam oscilaram de 6% para 3%.

A pesquisa foi encomendada pela NC Comunicações e entrevistou 1.008 pessoas. As entrevistas foram feitas entre 24, 25 e 26 de outubro. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o código BR-05948/2018.

São Paulo
Os candidatos ao governo de São Paulo Márcio França (PSB) e João Doria (PSDB) aparecem empatados numericamente pela primeira vez desde o início do segundo turno. Cada um está com 50% dos votos válidos - em relação ao levantamento anterior, do dia 23 de outubro, França subiu três pontos, enquanto Doria caiu três.

Nos votos totais, quando os votos em branco e nulos são considerados, França pontua 43%, contra 42% do tucano. Votos em branco e nulos somam 10%; os que não sabem ou não quiseram responder, 5%. O Ibope entrevistou 2002 pessoas nos dias 26 e 27 de outubro.

Rio Grande do Sul
A intenção de voto no candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo PSDB, Eduardo Leite, caiu três pontos em relação ao levantamento anterior, do último dia 23, de 60% para 57% dos votos válidos. Seu adversário, José Ivo Sartori (MDB), subiu de 40% para 43% no mesmo período.

O porcentual de brancos e nulos oscilou de 8% para 6% e o de indecisos, de 3% para 4%. A rejeição a Leite é de 15% e a Sartori, de 36%. O levantamento foi encomendado pela RBS Participações. Foram entrevistados 1.806 eleitores entre 25, 26 e 27 de outubro.

Sergipe
A intenção de voto no candidato do PSD ao governo de Sergipe, Belivaldo Chagas, é de 61% contra os 39% de Valadares Filho (PSB). Com base nos votos totais, Chagas alcançou 54%, enquanto Valadares Filho tem 35%. O porcentual de brancos e nulos teve 8% e o de indecisos, 3%.

O levantamento foi encomendado pela TV Sergipe. A margem de erro é de três pontos porcentuais e o índice de confiança é de 95%. Foram entrevistados 812 eleitores entre 26 e 27 de outubro.
Últimas pesquisas para presidente da República divulgadas ontem

IBOPE
Bolsonaro 54%
Haddad 46%

DATA FOLHA
Bolsonaro 55%
Haddad 45%

sábado, 27 de outubro de 2018

Obrigado, amigos(as)!
Hoje, encerro aqui e na minha página no Facebook, as postagens sobre as campanhas eleitorais do primeiro e segundo turnos. Durante um bom tempo, expusemos os nossos pensamentos, respeitamos as opiniões contrárias, enfim, combatemos o bom combate. Em nenhum momento, ocorreram ofensas pessoais entre os comentaristas que tiveram plena liberdade para externar suas preferências por candidatos e/ou partidos e, ao serem criticados, souberam encarar tudo com espírito democrático, demonstrando que é possível discutir sem ódio, discordar respeitosamente e que pode-se até mesmo brigar com amizade. Creiam que é muito gratificante pra mim, tê-los(as) como amigos(as) e leitores(as). Durmam bem e, amanhã, exerçam com responsabilidade o seu direito de escolher os futuros presidente da República e o governador do nosso Pará.
Supermercados abrem amanhã (28) e fecham na segunda (29)

Os supermercados da Região Metropolitana de Belém irão funcionar normalmente neste domingo, 28, é o que diz a Associação Paraense de Supermercados. Já na segunda-feira, 29, devido o Dia do Comércio e o Recírio, todos os supermercados de Belém estarão fechados.

Editorial do Estadão: A liberdade de expressão

Tem havido, nos últimos anos, um grande debate sobre os efeitos políticos e sociais da difusão, por meio das redes sociais, das fake news. A discussão ganhou intensidade com a eleição do presidente Donald Trump, em novembro de 2016. No caso, as atenções estiveram voltadas para o Facebook, o que depois levaria a empresa a alterar o modo como apresenta os diferentes conteúdos na timeline de cada usuário. 
No Brasil, as fake news não são propriamente uma novidade. Nas campanhas eleitorais, sempre houve a difusão de notícias falsas. Por exemplo, em várias eleições presidenciais, o PT afirmou que, caso o PSDB saísse vencedor das urnas, o candidato tucano iria acabar com o programa Bolsa Família. Nesta eleição, a questão das fake news voltou à tona, com discussões voltadas mais especificamente para o compartilhamento de notícias por meio do aplicativo WhatsApp. 
Antes do início da campanha eleitoral, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prometeu uma rigorosa ação contra as fake news, com a instalação de grupos de trabalho e comitês para o tema. Em junho, o então presidente do TSE, ministro Luiz Fux, tranquilizou a população dizendo que a Justiça eleitoral iria “remover imediatamente” notícias falsas que se espalhassem pelo País e fossem abusivas. Também foi anunciado que dez partidos políticos haviam se comprometido com a manutenção de um ambiente eleitoral “imune de disseminação de notícias falsas” e que Google e Facebook haviam se prontificado a tirar do ar conteúdos falsos a partir de notificação do TSE. Em agosto, o ministro Fux chegou a afirmar que, em razão da atuação do TSE, “falar que pode haver fake news já é uma fake news”. 
Mais recentemente, a atual presidente do TSE, ministra Rosa Weber, foi um pouco mais contida ao se referir ao combate contra as notícias falsas, reconhecendo que o problema ultrapassa as possibilidades da Justiça eleitoral. “Se tiverem a solução para que se evitem ou se coíbam fake news, nos apresentem. Nós ainda não descobrimos o milagre”, disse a ministra Rosa Weber. 
Tem toda razão a presidente do TSE. A rigor, o poder público não pode se arvorar o papel de árbitro das notícias. Esse é um aspecto da vida pública que, quanto menos regulado, melhor. Uma vez que não cabe ao Estado definir o que é verdadeiro e o que é falso em termos de informação, também não lhe cabe ser censor sobre o que deve e o que não deve circular, sobre o que pode e o que não pode ser compartilhado pelos cidadãos. Cada indivíduo, quando e se sentir-se ofendido, que procure a Justiça e faça uso das leis que protegem sua integridade. 
O respeito às liberdades fundamentais impõe sérias restrições à atuação de um Estado Democrático de Direito. Ele não é o gestor da informação, e muito menos gestor da “verdade”. Numa sociedade livre, a informação deve ser livre. Como disse a ministra Rosa Weber, “sem imprensa livre não há democracia”. 
Por óbvio, o exercício da liberdade de expressão e de comunicação não é uma autorização para caluniar, injuriar ou difamar. O Código Penal fixa penas para tais ações. Mas é precisamente esse o âmbito da atuação estatal na esfera da comunicação - punir os abusos, e não ser censor. 
Além de ilusória, a suposição de que a Justiça coíba todas as fake newsconfigura uma descabida pretensão, já que seria dar ao Estado um poder sobre os indivíduos e a população que ele não tem. O espaço da informação é necessariamente livre. Logicamente, isso traz riscos. É penoso, por exemplo, ver como pessoas instruídas compartilham supostas “notícias” sem o mínimo senso crítico, repassando para familiares e amigos informações distorcidas e manipuladas, quando não inteiramente falsas. 
A liberdade de informação e de expressão tem seus riscos e acarreta vulnerabilidades nos mais diversos âmbitos - não apenas no processo eleitoral. Mas o reconhecimento dessa realidade não é de forma alguma motivo para pedir que o Estado ultrapasse as suas competências e entre em seara própria das liberdades individuais e políticas. Os riscos da liberdade não devem conduzir à supressão da liberdade. O caminho é sempre apostar na liberdade, também como espaço de aprendizagem e de maturidade. O Estado é servidor do indivíduo, não seu tutor.

Taí, gostei! Uma propaganda eleitoral bem bolada.


É bom saber...


Em 19 municípios brasileiros, além de votar para escolher o novo Presidente da República, os eleitores terão de escolher novos prefeitos. As 19 cidades tiveram seus mandantes, eleitos em 2016, cassados pela Justiça eleitoral.

Cinco municípios de Goiás, quatro de São Paulo, três do Rio de Janeiro, dois do Amazonas, um do Rio Grande do Sul, um de Santa Catarina, um do Mato Grosso, um do Ceará e um do Maranhão votarão em novos prefeitos amanhã.

A maior inimiga da liberdade de expressão é a legislação eleitoral

Por Maurício Cardoso, no Conjur
Na campanha eleitoral brasileira tudo é proibido. Até candidato é algo limitado: quem quiser concorrer tem de ficar na moita e só pode vender o seu peixe e pedir voto no chamado período eleitoral, que não passa de uns quatro meses, a cada dois anos.

A sanha repressiva das eleições ganhou corpo em 2004, quando as primeiras denúncias do mensalão revelaram que havia algo de podre no reino dos partidos e campanhas eleitorais. O diagnóstico então foi de que as campanhas eram muito caras e que corria muito dinheiro sujo por debaixo dos palanques.

Diante da constatação que seria muito difícil controlar a entrada do dinheiro, e que boa parte dele se tratava de “recursos não contabilizados”, o famoso caixa 2 que se caracteriza por não passar recibo, os legisladores eleitorais resolveram então controlar as formas de gastar a grana. A saída encontrada foi proibir tudo que consumia dinheiro na busca de votos: proibiram-se os showmícios e nunca mais se teve comício nem militância nas ruas. Proibiu-se distribuição de camisetas, bonés e brindes pelos candidatos, aboliram-se os outdoors e os cartazes foram milimetricamente regulamentados.

O sistema eleitoral brasileiro tem uma jabuticaba, que é a “propaganda eleitoral gratuita”. A invenção é até bastante apreciada por especialistas estrangeiros que vêm nela uma providencial igualdade de oportunidades para que todos os candidatos mostrem a sua cara na TV. Mas além de não ser gratuita, já que o espaço ocupado nas emissoras de televisão é devidamente remunerado com dinheiro público, o horário eleitoral obrigatório acabou criando as condições para que outras formas de propaganda em rádio, televisão ou jornal fossem praticamente proibidas.

E o que é pior: criou-se uma tremenda confusão entre o que é propaganda e o que é informação jornalística. Sob essa ótica, qualquer entrevista com político na mídia escrita, falada ou televisada podia ser considerada propaganda eleitoral. Se for fora do tempinho de caça aos votos, então, o crime é dobrado. Realmente, não se pode entender a lógica de que o político não possa ser candidato fora do período eleitoral. O saudável exercício do mandato é a melhor campanha de um candidato, só que ele não pode dizer que está em campanha, porque a lei não permite.

Nada sofreu tanto com a repressão eleitoral quanto a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa. O objetivo é impedir que os meios de comunicação possam influenciar a livre escolha do eleitor. Mas sem informação, como é que o eleitor poderá fazer sua escolha?

Até se compreende que seja interditado o uso de espaços públicos para a realização de comícios, mas daí a proibir que estudantes discutam política na escola ou que padres e pastores falem dos rumos das eleições em suas igrejas denota apenas a prepotência de quem acha que as pessoas não têm maturidade para ouvir e decidir por si.

Lembro como se fosse hoje: em 1974, ditadura militar, houve eleições parlamentares. Como hoje, a escolha era difícil. De um lado havia os candidatos da Arena, o partido de sustentação dos generais; do outro, o MDB, a oposição consentida para manter a suposta boa aparência do regime. Para os jovens, como eu era então, a grande tentação foi pelo voto nulo. Livrei-me de minhas dúvidas na sala de aula. Rodolfo Konder, meu professor de jornalismo comparado, foi quem provocou a discussão, na qual chegamos à conclusão de que melhor era votar no menos pior – e o MDB teve uma vitória estrondosa que, vista assim de longe, pode ser comparada ao primeiro passo da marcha das Diretas Já, quatro anos depois.

Claro, o comício na sala de aula da escola de jornalismo da Faap em 1974 era absolutamente clandestino, pois aqueles eram os anos de chumbo do governo Geisel, o quarto general presidente da ditadura que ainda não havia iniciado a “abertura lenta, gradual e segura” do regime.

Mas não dá para acreditar que às vésperas do provável governo eleito de um capitão-presidente, a polícia, a mando da Justiça Eleitoral, esteja farejando fachadas de universidade em busca de faixas incriminadoras e auscultando conversas suspeitas em salas de aulas de faculdades para fazer cumprir a lei eleitoral vigente nestes tempos de democracia.

Pois aconteceu. No Rio de Janeiro, a juíza eleitoral Maria Aparecida da Costa Basto ordenou que fosse retirada uma faixa da facha da Universidade Federal Fluminense onde se podia ler: “UFF Direito antifascista”. Bom leitor das entrelinhas, o diretor da faculdade entendeu que “antifascista” era uma alusão ao candidato Jair Bolsonaro, o que explica a reação do presidente do TRE-RJ, Carlos Eduardo Eduardo da Fonseça Passos, para quem a faixa foi retirada por que “não é permitida a propaganda eleitoral ou partidária em bens de uso comum”.

Sobrou até para Roger Waters, compositor e fundador da banda Pink Floyd, também lá nos anos 1970. Está no Brasil em outubro para fazer shows de uma turnê comemorativa do disco The Wall, uma ópera-rock antifascista. Costuma fazer manifestação antifascistas e criticar governos autoritários em seus shows. No Brasil, tem criticado Jair Bolsonaro. No Paraná, o juiz Douglas Marcel Peres: "O livre e ilimitado exercício de manifestação encontra restrições" no período eleitoral.

Em Belo Horizonte, um juiz eleitoral ordenou que fosse tirado do site da Universidade Federal de São João del Rei um artigo que entre outras coisas dizia: “A poucos dias de uma das mais importantes eleições da curta experiência democrática brasileira, o momento é marcado, da parte de um dos candidatos à Presidência da República, por discursos de ódio e intolerância para com a diferença”.

No Rio Grande do Sul, o juiz auxiliar eleitoral Rômulo Pizzolatti proibiu a realização no recinto da Universidade Federal do Rio Grande do Sul de evento “Contra o Fascismo. Pela Democracia”. O evento foi realizado na rua, debaixo de um viaduto.

Também houve averiguações ou apreensão de materiais ou suspensão de aulas em minas Gerais, no Rio Grande do Norte, no Ceará e no Pará. A presidente do TSE , ministra Rosa Weber, prometeu que vai apurar “eventuais excessos” em operações nas universidades. Não precisava se preocupar tanto. Em tempos de Whatsapp e Facebook, em que tudo é permitido e nada é apurado, o que precisa ser investigado e revisado é a própria legislação eleitoral brasileira, que falhou em impedir o caixa 2, como se pretendia inicialmente, mas que obteve amplo sucesso em reprimir a livre manifestação de candidatos e eleitores.

Grata lembrança

Dos dirigentes do Centro Recreativo, clube social de Santarém, dirigido pelo meu dileto amigo Geraldo Sirotheau, recebi uma medalha que simboliza a minha gestão como seu presidente no período de 1979 a 1981. Reitero a minha gratidão por esta honrosa homenagem do referido clube, cuja sede, após sua completa revitalização, está belíssima, sendo o point preferido para os grandes acontecimentos sociais da Pérola do Tapajós.

Calma, garoto!

 
É preciso muita calma nessas horas, meu dileto amigo Sinval Ferreira. Vida de gente famosa e querida como você, é prato cheio para os paparazzos de plantão.

O silêncio de Ciro Gomes

Ciro Gomes está de volta ao Brasil. Esperança de Fernando Haddad para tentar reverter na urna a vantagem de Jair Bolsonaro nas pesquisas, o pedetista estava no exterior desde o último dia 11. Ontem, recepcionado (foto) por muitos apoiadores e simpatizantes no aeroporto de Fortaleza, Ciro chegou mudo e permaneceu calado: nem uma palavra de apoio ao petista.

K Ao som de tambores e gritos de guerra, o grupo de eleitores do cearense no primeiro turno da eleição presidencial pediu uma nova candidatura ao Palácio do Planalto do ex-ministro em 2022. "Brasil urgente, Ciro presidente", dizia em coro o grupo que só cresceu ao longo da espera da chegada de Ciro à Capital cearense.

Ao som de tambores e gritos de guerra, o grupo de eleitores do cearense no primeiro turno da eleição presidencial pediu uma nova candidatura ao Palácio do Planalto do ex-ministro em 2022. "Brasil urgente, Ciro presidente", dizia em coro o grupo que só cresceu ao longo da espera da chegada de Ciro à Capital cearense.

Ao som de tambores e gritos , um grupo de eleitores de Ciro que ele seja novamente ao Palácio do Planalto em 2022. "Brasil urgente, Ciro presidente", dizia em coro o grupo que só cresceu ao longo da espera da chegada de Ciro à Capital cearense.

60% para Bolsonaro e 40% para Haddad

O presidente do Paraná Pesquisa, Murilo Hidalgo, confia tanto na exatidão do levantamento que divulgou nesta sexta (26), apontando 60,6% para Jair Bolsonaro (PSL) e 39,4% para Fernando Haddad (T), que não se furtou de fazer uma declaração desafiadora sobre a eleição presidencial: “SPe eu tivesse de apostar, apostaria que Bolsonaro será eleito com 60% dos votos válidos, contra 40% do seu oponente”. A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Murilo Hidalgo faz coro com o presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro: “Bolsonaro só perde se houver um tsunami”.

Líder do único instituto que viu o risco de Eduardo Suplicy perder para o Senado, Hidalgo acha possível mudanças de última hora do eleitor.

O PACTO NACIONAL DO STF COM BOLSONARO

Ele não cita Jair Bolsonaro, mas é evidente que a proposta se dirige ao presidente eleito.

Ele diz em O Globo: “Amanhã, o cidadão brasileiro projetará nas urnas seus anseios políticos e participará, mais uma vez, do ritual de renovação da democracia para um novo ciclo. Tão logo eleitos o novo presidente da República e os governadores estaduais e distrital, o Brasil precisará encontrar um ponto de união em meio às diferenças. É necessário trilhar um caminho conjunto na busca por soluções para os problemas pungentes do Brasil contemporâneo.

Proponho a celebração de um grande pacto que envolva os três Poderes da República, com a participação da sociedade civil, adotando-se o diálogo e a ação coordenada como meios de pensar e agir a respeito do futuro da Nação naquilo que é essencial para seu equilíbrio. O Brasil tem de retomar o caminho do desenvolvimento, voltar a crescer, gerar empregos, recobrar a confiança dos investidores, retomar o equilíbrio fiscal e criar condições para atender às necessidades básicas da população.”

Dias Toffoli conclui: “A celebração de um pacto nacional é não só necessária, mas premente. Com o devido diálogo, realizaremos as almejadas reformas dentro de um quadro de segurança jurídica. O Supremo Tribunal Federal exercerá o importante papel de árbitro dos eventuais conflitos, garantindo a solidez, a segurança jurídica e a paz social, função última da Justiça.”

Pesquisas com resultados para todos os gostos foram divulgadas ontem.

Confiram:
Doxa: A virada de Márcio Miranda com 51% e Hélder com 48%

Real Time: Hélder Barbalho lidera com 59% e Márcio está com 41%

E, hoje à noite, o Ibope dirá quem está na frente na corrida eleitoral que terminará amanhã, com a apuração dos votos e, aí sim, a verdade será conhecida.

Atualização às 20h - Ibope/votos válidos: Hélder 57% e Márcio 43%

O bispo de Lula contra Bolsonaro

No site O Antagonista:
Não é de hoje que o PT conta com autoridades eclesiásticas para legitimar suas narrativas políticas.

Anos atrás, Lula foi filmado dizendo o seguinte: “Mas por que eu cheguei onde cheguei? Porque eu tenho por trás de mim um movimento. Eu tenho por detrás de mim uma grande parte dos estudantes, do PT, a CUT, a base da Igreja católica.”

Lula também se disse “fruto da teologia da libertação, dos sindicalistas”.

O bispo que, para alegria dos petistas, acusou Jair Bolsonaro de disseminar “violência, ódio, racismo, homofobia e preconceito contra mulheres e pobres” – Dom Reginaldo Andrietta, da diocese de Jales, no interior de São Paulo – é um dos preferidos da base lulista, porque, como qualquer teólogo da libertação, dá ao Evangelho um sentido político de “luta de classes”.

Ele já assinou manifesto e escreveu artigo, por exemplo, contra a Reforma da Previdência do governo de Michel Temer, lido e exaltado em novembro de 2017 na tribuna do Senado pelo petista Paulo Paim.

Para Andrietta, a reforma “reduz direitos constitucionais e ameaça a vida de milhões de brasileiros, especialmente os mais pobres”.

O verniz ideológico de seus artigos também fica claro com os ataques “ao rolo compressor de medidas econômicas neoliberais”. Exemplo: “Os seres humanos tendem a reproduzir modelos escravizantes de vida, tais como ocorreram no Brasil colonial e imperial, e continuam ocorrendo, hoje, sob a forma neoliberal, submetendo-nos ao poder do grande capital, especialmente financeiro.”

Usar posições políticas de teólogos da libertação (ou assemelhados) alinhados com o PT para desgastar um adversário como Bolsonaro com o eleitorado cristão é apenas uma amostra do cinismo petista. A “bíblia” dessas autoridades eclesiásticas é o marxismo que, bem ou mal, Bolsonaro combate

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Eleições 2018: veja o calendário da reta final do 2º turno

Sexta-feira (26)
Último dia para da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.
As propagandas pagas em imprensa escrita também ficam proibidas depois desta data. É também o último dia para que sejam realizados debates entre os candidatos, não podendo se estender até depois da meia-noite.

Sábado (27)
Último dia para propaganda eleitoral em carros de som e alto-falantes das 8h às 22h. Também é o último dia para a distribuição de material gráfico, realização de carreatas e caminhadas, que podem acontecer até as 22h.
A legislação sobre consumo de bebida alcoólica no período de votação, chamada de Lei Seca, não é determinada pelo TSE. Ela varia de acordo com o estado e fica a cargo dos Tribunais Regionais Eleitorais.

Domingo (28)
É o dia da votação do 2º turno.
A partir das 7h: serão instaladas as seções eleitorais.
8h às 17h: período em que os eleitores podem votar, de acordo com os horários locais.
A partir das 19h: começam a ser divulgados os resultados parciais para presidente. O TSE só divulga esses números após fechadas todas as seções eleitorais do país. Por causa do fuso horário do Acre, isso acontece às 19h do horário de Brasília.

Durante o dia e enquanto acontece a votação é PROIBIDO:
levar para a urna aparelho celular, máquina fotográfica, filmadora, equipamento de radiocomunicação ou qualquer outro dispositivo que possa comprometer o sigilo do voto. Os mesários podem reter os equipamentos enquanto o eleitor estiver votando;
qualquer tipo de manifestação coletiva, com roupas padronizadas, bandeiras, broches e adesivos, em apoio a um candidato ou partido político;
fazer publicação de novos conteúdos ou impulsionamento de propagandas digitais na internet, bem como o uso de alto-falantes, a realização de comícios e carreatas, a propaganda de boca de urna e a divulgação de material de campanha. Tudo isso caracteriza crime;
que servidores da Justiça Eleitoral, mesários e fiscais partidários usem roupas ou objetos com propaganda de partido político, coligação ou candidato.

Durante o dia e enquanto acontece a votação é PERMITIDO:
manifestações individuais e silenciosas de preferência eleitoral ou partidária;
o funcionamento do comércio, desde que os funcionários sejam liberados para votar;
a substituição de urnas eletrônicas que apresentarem problemas antes do início da votação;
a substituição do cartão de memória de votação ou realização de nova carga, com devida autorização do juiz eleitoral;
divulgação, a qualquer momento, das pesquisas realizadas em data anterior à da eleição, para todos os cargos ;
divulgação, a partir das 17h no horário local, de pesquisa para governador realizada no dia da votação;
divulgação, a partir do encerramento da votação em todo o país, de pesquisa para o cargo de presidente realizada no dia da eleição.

STJ confirma afastamento de conselheiro de Contas do Pará por propina de R$ 2,8 mi

Os ministros da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiçareferendaram a decisão de afastamento de Aloísio Augusto Lopes Chaves, o Lula Chaves, das funções de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios do Pará.
Lula Chaves – filho do ex-governador do Pará Aloysio Chaves – é alvo da Operação Nibelungo, deflagrada pela Polícia Federal na terça, 23, para desarticular grupo político que supostamente se beneficiava de fraudes na cobrança de royalties da exploração mineral pertencente a municípios.
O afastamento havia sido determinado monocraticamente pelo relator do inquérito, ministro Raul Araújo, que atendeu a um pedido do Ministério Público Federal e da PF. As informações foram divulgadas pela Secretaria de Comunicação Social da Procuradoria-Geral da República.
Investigado por suposto recebimento de propina, o conselheiro foi um dos alvos das medidas cautelares cumpridas na terça. Os agentes fizeram buscas na residência e no gabinete de Lula Chaves.
Segundo as investigações preliminares, ‘há indícios de que o conselheiro solicitou e recebeu vantagens indevidas em decorrência de atuação funcional’.
Ele foi relator de um processo em que se discutia a legalidade da contratação de um escritório de advocacia pelo município de Parauapebas (PA).
A suspeita era que o escritório contratado integrava o núcleo operacional do esquema investigado na Operação Timóteo, precursora da Nibelungo – desvio de recursos que deveriam ser destinados a municípios como Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM).
Pela atuação no processo, os investigadores estimam que o conselheiro tenha recebido R$ 2,8 milhões, entre 2013 e 2015.
Os pagamentos foram realizados por meio de depósitos em contas bancárias de parentes de Lula Chaves, alguns dos quais também foram alvos de medidas cautelares cumpridas na segunda fase da operação.
Além do afastamento do conselheiro, o STJ autorizou buscas e apreensões e bloqueio de bens.
O objetivo é coletar provas da prática do suposto crime e garantir a recuperação dos valores recebidos ilicitamente pelo conselheiro.
COM A PALAVRA, A DEFESA DE LULA CHAVES, CONSELHEIRO AFASTADO DO TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO PARÁ
Na terça, 23, quando a Polícia Federal fez buscas na residência e no gabinete do conselheiro Lula Chaves, seus advogados, Pedro Ivo Velloso e Ticiano Figueiredo, reagiram enfaticamente à operação.
“Aloísio Chaves foi surpreendido com uma desnecessária busca e apreensão em sua residência e em seu gabinete, além de seu desnecessário afastamento do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios do Estado do Pará. Há dois anos, Aloísio já havia se colocado integralmente à disposição das autoridades, mas jamais foi convidado a prestar qualquer esclarecimento. Sem que tenha havido quaisquer fatos novos, as medidas foram deflagradas de forma desproporcional. A defesa tem absoluta convicção de que, ao final da investigação, os fatos restarão perfeitamente elucidados.”
Pedro Ivo Velloso e Ticiano Figueiredo
Figueiredo & Velloso Advogados
COM A PALAVRA, O TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO PARÁ
“O Tribunal de Contas dos Municípios do Pará, em respeito à opinião pública, esclarece que, acerca das ações executadas, na data de hoje (23), por determinação do E. STJ, vinculados às Operações Timóteo e Nibelungo, que preservadas suas prerrogativas e jurisdição e consagrando a transparência pública, sempre colaborou com o Poder Judiciário e Ministério Público Federal, prestando informações e disponibilizando todos os documentos requeridos, para melhor esclarecimento dos fatos.
O Colegiado do TCM-PA espera ver elucidados todos os fatos sob investigação, ainda em fase de inquérito, tendo plena convicção da aplicação célere e escorreita da justiça pelo Superior Tribunal de Justiça, assegurado o contraditório e a ampla defesa do Membro desta Corte, quando o mesmo terá a oportunidade de apresentar esclarecimentos, no que confia na independência e fortalecimento das instituições e esferas de controle da administração pública brasileira.
Por fim, o TCM-PA informa que já acatou as determinações do STJ, adotando as providências administrativas sob sua responsabilidade.”