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quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Pará é o estado mais populoso do Norte

O Pará é o estado mais populoso de toda a região Norte, com 8.272.724 habitantes, de acordo com a estimativa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e publicada nesta terça-feira (30), no "Diário Oficial da União".

O estado segue à frente do ranking populacional na região, seguido pelo Amazonas (4.001.667), Rondônia (1.787.279), Tocantins (1.532.902), Acre (816.687), Amapá (782.295) e Roraima, com 514.229 habitantes, possuindo a menor população do Brasil.

Em agosto de 2015, o mesmo levantamento apontou que o Pará contava com 8.175.113 habitantes.

Maju seria pivô da separação de Fátima e Bonner

São muitos os boatos sobre o motivo do fim do casamento de 26 anos de Wiiliam Bonner e Fátima Bernardes. Um, em especial, ganhou força ontem, 30. Maju (foto), colega de Bonner no Jornal Nacional, seria o pivô da separação dos jornalistas. O suposto affair entre o apresentador do JN e Maria Júlia Coutinho, tratada sempre com muita simpatia por ele, foi apontado por vários sites como o motivo da separação anunciada na segunda-feira, 29. A própria direção da Globo, irritada com as especulações, teria chamado a jornalista para conversar.

A estupidez de Lula

No site "O Antagonista"
Depois do impeachment, é necessário centrar fogo em Lula. O Estadão, em editorial, resumiu o assunto:
“A partir de agora, será preciso entender como foi possível que tantos tenham se deixado enganar por um político que jamais se preocupou senão consigo mesmo, com sua imagem e com seu projeto de poder; por um demagogo que explorou de forma inescrupulosa a imensa pobreza nacional para se colocar moralmente acima das instituições republicanas; por um líder cuja aversão à democracia implodiu seu próprio partido, transformando-o em sinônimo de corrupção e de inépcia. De alguém, enfim, cuja arrogância chegou a ponto de humilhar os brasileiros honestos, elegendo o que ele mesmo chamava de 'postes' – nulidades políticas e administrativas que ele alçava aos mais altos cargos eletivos apenas para demonstrar o tamanho, e a estupidez, de seu carisma”.

'Impeachment leva insegurança a prefeitos'

O secretário-executivo da Frente Nacional de Prefeitos, Gilberto Perre, afirma que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff gera insegurança jurídica em administradores municipais pelo Brasil que enfrentam dificuldades financeiras.

"O precedente do impeachment de um governante por não atendimento à lei fiscal, nos leva a considerar que os demais governantes, sejam prefeitos ou governadores, também estão com seus mandatos ameaçados", afirma.

De acordo com ele, os governantes continuarão "com esse grau de insegurança em relação à interpretação da lei" enquanto não houver a revisão do artigo 42, que impede o prefeito, em seu último ano de mandato, de "contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele".

"Imagina que o prefeito pode ser preso por não cumprir algo que não consegue entender o que é", declarou.

Mais aqui >'Impeachment leva insegurança a prefeitos'

'Impeachment leva insegurança a prefeitos'


O secretário-executivo da Frente Nacional de Prefeitos, Gilberto Perre, afirma que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff gera insegurança jurídica em administradores municipais pelo Brasil que enfrentam dificuldades financeiras.

"O precedente do impeachment de um governante por não atendimento à lei fiscal, nos leva a considerar que os demais governantes, sejam prefeitos ou governadores, também estão com seus mandatos ameaçados", afirma.

De acordo com ele, os governantes continuarão "com esse grau de insegurança em relação à interpretação da lei" enquanto não houver a revisão do artigo 42, que impede o prefeito, em seu último ano de mandato, de "contrair obrigação de despesa que não possa ser cumprida integralmente dentro dele".

"Imagina que o prefeito pode ser preso por não cumprir algo que não consegue entender o que é", declarou. 
Lei entrevista concedida por Gilberto, aqui > 

O fim do torpor


Editorial - Estadão
O impeachment da presidente Dilma Rousseff será visto como o ponto final de um período iniciado com a chegada ao poder de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, em que a consciência crítica da Nação ficou anestesiada. A partir de agora, será preciso entender como foi possível que tantos tenham se deixado enganar por um político que jamais se preocupou senão consigo mesmo, com sua imagem e com seu projeto de poder; por um demagogo que explorou de forma inescrupulosa a imensa pobreza nacional para se colocar moralmente acima das instituições republicanas; por um líder cuja aversão à democracia implodiu seu próprio partido, transformando-o em sinônimo de corrupção e de inépcia. De alguém, enfim, cuja arrogância chegou a ponto de humilhar os brasileiros honestos, elegendo o que ele mesmo chamava de “postes” – nulidades políticas e administrativas que ele alçava aos mais altos cargos eletivos apenas para demonstrar o tamanho, e a estupidez, de seu carisma.
Mais aqui >O fim do torpor

No "Diário do Poder" - Claudio Humberto

PT pede a Dilma para só sair do Alvorada à força
Após reunião em que concluíram ser irreversível o impeachment, aliados de Dilma Rousseff passaram a defender que ela somente saia do Palácio da Alvorada à força, transformando a residência oficial em “símbolo de resistência”. A ideia era que ela entregasse o palácio 30 dias após a destituição, como prevê a lei, mas aliados radicais acham que a “ocupação” chamará a atenção do mundo para o “golpe”.
Última hora
Como Dilma ainda resiste a essa presepada, aliados radicalizados pretendem que ela só deixe o Alvorada no fim do prazo de um mês.
Mundo da fantasia
Petistas acreditam na fantasia de que o Supremo Tribunal Federal seria instância de recurso do impeachment, e querem que fique no palácio.
A voz da musa
Kátia Abreu (PMDB-TO) cochichou com José Eduardo Cardozo, referindo-se à jurista Janaína Paschoal, musa do impeachment: “Não aguento mais a voz desta mulher”. A recíproca deve ser verdadeira.
Discutindo a relação?
A senadora indiciada Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse que a “ditadura da comunicação” seria culpada pelo impeachment. Paulo Bernardo, seu marido também indiciado, comandou as Comunicações até 2015.
Trabalhar, que é bom... Nas sessões de julgamento da presidente afastada, no Senado, o número de deputados federais era maior do que o de senadores. Todos queriam aparecer na foto e diante das câmeras de televisão.
Pensando bem...
...a Esplanada dos Ministérios vazia é prova de que sem mortadela, sem transporte e sem cachê para manifestantes, a rua fica rouca.

Porque participou de protesto, Ela Wiecko, vice de Rodrigo Janot, pede exoneração do cargo

:
A subprocuradora Ela Wiecko Volkmer de Castilho pediu, ontem (30/8), exoneração do cargo de vice-procuradora-geral da República. O pedido acontece no dia em que a imprensa divulgou imagens e vídeos dela participando de um ato contra o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, promovido em Portugal, no mês de junho. Nas imagens, Ela aparece segurando faixa com a frase "Contra o golpe".

A exoneração, assinada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve ser publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (31/8). Ela Wiecko vai continuar a atuar como subprocuradora porque o cargo é vitalício. De acordo com reportagem publicada pela revista Veja, Ela Wiecko disse que não via problemas em participar da manifestação. Falou ainda que estava de férias em Portugal, para onde tinha ido para fazer um curso como estudante.

Segundo nota à imprensa divulgada pela PGR, a ex-vice-procuradora-geral da República foi responsável por importantes projetos na área de direitos humanos, como a criação do Comitê Gestor de Gênero e Raça do Ministério Público Federal e a defesa da legalidade da lista suja do trabalho escravo. O órgão diz ainda que ela teve atuação de destaque no Conselho Superior do Ministério Público Federal e nos processos junto à Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça.

No início do mês, Manoel Lauro Volkmer de Castilho, marido de Ela Wiecko, pediu exoneração do gabinete do ministro Teori Zavaski, relator da "lava jato" no Supremo Tribunal Federal, depois de assinar um abaixo-assinado no qual juristas defendem o direito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recorrer ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) contra a atuação do juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da operação na primeira instância. Manoel atuava como assessor técnico no gabinete do ministro.

O que disseram os senadores, ontem

Ontem (30), ao todo, 63 senadores se inscreveram para fazer o discurso final sobre o julgamento de Dilma. Veja o que alguns deles disseram:
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) – a favor do impeachment
"A maior fraude da história do Brasil não ficará impune."

Álvaro Dias (PV-PR) – a favor do impeachment
“Esse é um governo fracassado e tem que ser substituído.”

Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) – a favor do impeachment
"Não resta dúvida de que Dilma violou a Lei Orçamentária."

Lúcia Vânia (PSB-GO) – a favor do impeachment
“Como não perceber que vivemos uma crise sem precedentes no Brasil?"

Humberto Costa (PT-PE) – contra o impeachment
“Estamos vivendo a maior das farsas da nossa história recente.”

Gleisi Hoffmann (PT-PR) – contra o impeachment
“Me aperta o coração o retrocesso que esse país terá.”

Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) – contra o impeachment
“Fiquei do lado da justiça, da verdade e da democracia.”

Roberto Requião (PMDB-PR) – contra o impeachment
“Que cada um esteja consciente do que há por vir.”

Senado decide hoje (31) se afasta Dilma definitivamente da Presidência

Após seis dias de julgamento, o Senado decide nesta quarta-feira (31) se a presidente afastada Dilma Rousseff cometeu crime de responsabilidade e deve ser afastada definitivamente do cargo.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, que também comanda o julgamento do impeachment, marcou para as 11h desta quarta a votação final do processo de impeachment da petista. O horário foi definido após acordo com senadores na sessão de ontem (30). Para o impedimento definitivo de Dilma, são necessários ao menos 54 votos entre os 81 senadores.

Antes da votação, outros 4 senadores poderão se manifestar, sendo 2 a favor do impeachment e 2 contra, por no máximo 5 minutos cada um. O tempo poderá ser dividido por mais senadores, se houver acordo entre eles.

Diferentemente de votações sobre propostas legislativas, os líderes partidários não poderão orientar os parlamentares como votar. "O voto de cada Senador deverá exprimir a respectiva convicção de foro íntimo", conforme diz o roteiro do julgamento.

O último ato antes da votação é a leitura, por Lewandowski, da seguinte pergunta: "Cometeu a acusada, a Senhora Presidente da República, Dilma Vana Rousseff, os crimes de responsabilidade correspondentes à tomada de empréstimos junto à instituição financeira controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso Nacional, que lhe são imputados e deve ser condenada à perda do seu cargo, ficando, em consequência, inabilitada para o exercício de qualquer função pública pelo prazo oito anos?"

Os senadores a favor do impeachment deverão votar "Sim" e os senadores contrários "Não". A votação será aberta e cada senador terá a opção registrada no painel eletrônico.

Após o fim da votação, Lewandowski escreve e lê a sentença e pedirá que todos os senadores a assinem. O documento será publicado na forma de uma resolução. A acusação e a defesa serão informadas oficialmente do resultado e o presidente interino Michel Temer comunicado.

Se Dilma for absolvida, ela será imediatamente reabilitada ao mandato, do qual está afastada desde maio. voltando ao exercício do cargo. Se for condenada, ficará inelegível por oito anos a partir de 2018, ano em que ela encerraria o segundo mandato.

Ministério Público do Pará abre inquérito para investigar pensões de ex-governadores

O Ministério Público do Pará abriu inquérito para investigar as pensões vitalícias de ex-governadores e das viúvas de ex-governadores do Estado.

O atual governador, Simão Jatene, recebe, por mês, RS 32 mil brutos por gestões passadas. Somado à aposentadoria como servidor, o rendimento chega a RS 67 mil mensais. O gasto total com as pensões a ex-governadores é de RS 4 milhões por ano.
Fonte: Coluna Radar On Line - VEJA

Depois da queda

Por Eliane Cantanhêde - Estadão
Da ainda presidente Dilma Rousseff diga-se tudo, menos que seja dissimulada. Conta uma mentira como ninguém, mas não tem duas caras. Antipática no cotidiano, assim se apresentou ao Senado na última oportunidade para defender o seu mandato. Sem maquiagem na personalidade, falou aos julgadores como quem não teme o resultado por saber de antemão o desfecho do julgamento.

Não estava ali para conquistar votos, estamos cansados de saber. A ideia era marcar posição e receber elogios pela “coragem”. Não foi ali munida da esperança de alterar um desfecho previamente anunciado. Desenlace antecipado por ela quando providenciou mudança de seus pertences para Porto Alegre e na segunda-feira confirmado pela ousadia de denunciar repetidas e inúmeras vezes a existência de um golpe de Estado na presença do presidente do Supremo Tribunal Federal, no ambiente do Parlamento, no exercício do direito de defesa e à vista de todos os que acompanharam pela televisão.

Houvesse alguma expectativa de mudar o curso dessa história, Dilma não teria chamado os julgadores de golpistas nem conferido a Ricardo Lewandowski o posto de comandante do golpe, muito menos falado no tom que foi se tornando cada vez mais arrogante à medida que a sessão avançava.

Em relação ao conteúdo da parte não escrita deu-se o desacerto de sempre entre palavras e ideias. Notadamente no trecho em que, questionada pelo senador Aloysio Nunes, Dilma anunciou que recorrerá ao Supremo caso seja condenada porque, segundo ela, só então estará consumado o golpe. Deu para entender? Então até agora não houve processo golpista algum. Bem como nunca existiram os vários recursos ao STF apresentados pela defesa quando o processo transcorria na Câmara, recusados na quase totalidade pelo tribunal, até mesmo um pedindo a suspensão da decisão dos deputados.

Ela só deu essa resposta sem nexo porque não tinha como explicar o que de fato perguntara o senador: se estamos sob o império da ilegalidade há meses, por que a autoridade máxima do País não tomou providências para restabelecer o Estado de Direito? A verdade é que não tomou porque o rito esteve o tempo todo dentro de absoluta legalidade. Conforme ela própria atestou ao aceitar a deferência dos senadores em ouvi-la, oportunidade negada a Fernando Collor em 1992.

Fez um apelo protocolar à OEA que, de acordo com o diretor da Human Rights Watch para as Américas, José Miguel Vivanco, não deve prosperar dada a inexistência de substância. Palavras dele na edição de ontem do Estado: “O Brasil enfrenta uma crise política muito profunda e lida com ela dentro do quadro institucional”. Razão pela qual o recurso ao Supremo servirá apenas para marcar posição.

Pelo seguinte: a Constituição diz em seus artigos 51 e 52 que compete privativamente à Câmara autorizar a instauração do processo e atribui competência privativa ao Senado para processar ou julgar presidente e vice-presidente nos crimes de responsabilidade. Haverá a alegação de que não houve tal crime, mas ninguém espera que a Corte brigue com os fatos.

Ginasianos(as) do Dom Amando e Santa Clara

Não sei a data, mas afirmo que nesta foto aparecem: Alfredo Paes Barreto, Teresinha Moraes (Gueiros), meu mano Eros Bemerguy e Maria de Lourdes Correa. Foi no dia em que receberam seus diplomas de conclusão do Curso Ginasial obtidos como estudantes do Ginásio Dom Amando e Colégio Santa Clara, de Santarém.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Desemprego no Brasil é o 7º maior do mundo

O desemprego ficou em 11,6% no trimestre encerrado em julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Considerando todos os trimestres, a taxa é a maior da série histórica, que teve início em 2012.

No trimestre encerrado no mesmo período de 2015, o índice havia atingido 8,6% e no trimestre anterior, de fevereiro a abril deste ano, a taxa ficou em 11,2%.

De maio a julho, a pesquisa estima que havia 11,8 milhões de pessoas desocupadas - o maior número desde o início da série. Na comparação com o mesmo trimestre de 2015, o aumento foi de 37,4%. Já em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2016, o contingente cresceu 3,8%.

Por outro lado, a população ocupada estimada ficou em 90,5 milhões. Diante do mesmo período de 2015, foi registrada uma queda 1,8% e frente aos três meses anteriores, houve estabilidade.

"A população ocupada voltou ao nível do primeiro trimestre de 2013...a mesma coisa aconteceu com o rendimento, que voltou ao patamar do primeiro trimestre de 2013", disse Cimar Azeredo, coordenador de trabalho e rendimento do IBGE.

Desses trabalhadores empregados, 34,3 milhões tinham carteira assinada. Na comparação anual, o recuo é de 3,9% e na trimestral, não houve variação significativa, segundo o IBGE.

Com o aumento do desemprego, caiu o rendimento médio dos trabalhadores, que ficou em R$ 1.985. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, a renda caiu 3% e sobre o período de fevereiro a abril, registrou estabilidade.
 
Pelo ranking, o desemprego no Brasil só perde para o registrado na África do Sul (26,6%), Espanha (19,9%), Montenegro (17,3%), Jordânia (14,7%), Croácia (13,3%) e Chipre (11,7%).

A taxa de desocupação brasileira supera a da zona do euro (10,1%) e também a de países como Ucrânia (10,3%), Colômbia (8,9%) Rússia (5,3%), China (4%) e México (4%).

Segundo o IBGE, a população desocupada no Brasil chegou a 11,8 milhões de pessoas em julho. No acumulado nos 7 primeiros meses de 2016, o país perdeu 623 mil empregos formais. Julho foi o 16º mês seguido de fechamento de vagas com carteira assinada.

Alter do Chão volta a ser destaque no jornal inglês 'The Guardian'

No G1 Santarém
Após ter sido eleita como a praia mais bonita do Brasil em 2009, Alter do Chão, em Santarém, oeste do Pará, volta a ser notícia no jornal britânico “The Guardian”. Em matéria publicada no sábado (27), a Vila balneária foi descrita como “boemia e movimentada”. A publicação destacou as belas praias do rio Tapajós, e as descreveu como “tão selvagem e tão largo como o mar”. (Leia matéria aqui)

A matéria cita a noite movimentada da vila às margens do rio Tapajós com seus bares e carros sons, além do carimbó, ritmo popular local. Mas, o objetivo da viagem foi alcançado durante o dia, quando se pôde conhecer as belezas naturais e fazer os passeios voltados para o turismo sustentável. Destaque para a riqueza do rio Tapajós, importante afluente do rio Amazonas.

O texto ressalta a preocupação com a preservação ambiental do lugar e o relatório da Greenpeace que alerta para os riscos casos as hidrelétricas ao longo do rio sejam construídas. Ela cita também os protestos de moradores e grupos indígenas que resultou em uma vitória: o cancelamento da licença para a barragem em São Luiz do Tapajós, mas que a batalha pela preservação continua.

Outro lugar visitado foi a comunidade de Atodi, onde atua o Projeto Saúde e Alegria. Há 30 anos, a organização desenvolve trabalhos de assistência médica e educação em saúde favorecendo o saneamento e a impulsão da economia rural com a promoção do turismo e artesanato. Após conhecer a comunidade de Anã, o fim da aventura se deu na Floresta Nacional do Tapajós, onde foram destacadas as árvores de Sumaúma, uma das maiores da região.
 Ilha do Amor em Alter do Chão vista de cima (Foto: Ádrio Denner/ AD Produções )

Gene Wilder, o eterno Willy Wonka, morre aos 83

Gene Wilder
Gene Wilder, o eterno Willy Wonka de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, morreu ontem (29) em sua casa em Stamford, Connecticut, aos 83 anos. Segundo seu sobrinho, Jordan Walker-Pearlman, a causa da morte foram complicações decorrentes do Mal de Alzheimer. Gene, cujo nome verdadeiro era Jerome Silberman, era um grande comediante. Além do icônico papel na primeira versão de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, também participou de filmes como “Primavera Para Hitler” (1967) e “O Jovem Frankenstein” (1974), que lhe renderam duas indicações ao Oscar.

As manchetes sobre o julgamento de Dilma Rousseff pelo mundo

Pouco mais de uma semana após a cerimônia de encerramento das Olimpíadas do Rio, o Brasil volta ao noticiário internacional por um motivo menos pomposo: o julgamento pelo Senado Federal da presidente Dilma Rousseff e o discurso de defesa dela, nesta segunda-feira, apenas 24 anos após o afastamento definitivo de Fernando Collor. Uma das diferenças entre o impeachment do senador alagoano e o de Dilma sob o ponto de vista da mídia, no entanto, é que hoje o mundo presta consideravelmente mais atenção no Brasil, algo que muitos aliados da petista inclusive consideram bastante positivo.

Dos Estados Unidos à Europa, grandes órgãos da imprensa internacional, como os jornais americanos “The New York Times” e “The Washington Post”, além das redes de televisão CNN, dos Estados Unidos, BBC, do Reino Unido, LCI, da França, e Al Jazeera, do Oriente Médio, mantém correspondentes fixos no Brasil desde o boom econômico do país no início da década. Até agora, no entanto, a postura da maioria desses órgãos tem sido a de contribuição para o debate político, ouvindo opiniões de todos os lados e mantendo o foco na informação, salvo raras exceções. No caso do Times, o correspondente Simon Romero publicou hoje um artigo no qual cita no título uma das falas de Dilma na manhã desta segunda-feira, durante o depoimento dela aos senadores no qual ela afirmou que o julgamento de seu impeachment não irá silenciá-la.

A CNN também deu amplo espaço em seus noticiários ao discurso de Dilma, mas apostou principalmente nos bastidores “do dia D em Brasília”, com equipes de televisão disputando espaço nos corredores do Senado. Chefe do escritório brasileiro do canal de notícias, a repórter Shasta Darlington, que mora em São Paulo, está na capital federal acompanhando o processo. As redes britânicas BBC e Sky News também destacam o desenrolar do impeachment em seus principais noticiários, com flashes ao longo da programação.

Na França, o jornal “Le Monde” publicou no último sábado um longo editorial no qual classifica o julgamento de Dilma como “uma triste ironia” e afirma que as maiores vítimas nesse caso são os brasileiros, enquanto o “Le Figaro” deu destaque à chegada de Dilma ao Senado e chegou a exibir em seu site um vídeo no qual a presidente afastada recebe flores de simpatizantes à causa dela. Na Alemanha, as edições online das revistas “Focus” e “Der Spiegel” são as que mais dão destaque ao impeachment no país, enquanto na Espanha o jornal “El País” dá ampla cobertura ao caso.

No "Diário do Poder" - Claudio Humberto

Discurso agressivo ajudou opositores de Dilma
Após o agressivo discurso em que reiterou a lorota de “golpe”, o Palácio do Planalto consultou senadores supostamente indecisos e ficou ainda mais otimista pela confirmação do impeachment de Dilma Rousseff, na votação desta terça (30). Os dilmistas continua céticos. A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) prevê 62 ou 63 votos contra Dilma: “O depoimento muda o cenário, mas para ampliar o placar”.
Cansativa
Para o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Dilma foi repetitiva, técnica e sem conteúdo político. “Objetividade faria bem”, destaca.
Fui!
Nem mesmo Lula e Chico Buarque aguentaram ouvir Dilma durante muito tempo. Logo no primeiro intervalo, o cantor militante “vazou”.
Ela não sabe o que diz
No Senado, ontem, Dilma atribuiu a Michel Temer a medida que proibia manifestações políticas na Olimpíada. Ou ela mentiu deliberadamente ou, pior, não sabe que a lei foi por ela proposta e sancionada. Até porque era um dos compromissos do Brasil com o comitê olímpico.
Faltou agradecer
Dilma atribui a Eduardo Cunha a paternidade do impeachment. Mal-agradecida, ela nem agradeceu ao fato de o ex-presidente da Câmara haver rejeitado 47 pedidos, antes de acatar este que chega à fase final.
O crime mais rentável
Indagado por Roberto Cabrini, do SBT, qual o crime que rende mais, o megatraficante Fernandinho Beira-Mar respondeu sem pestanejar: “a política”. Preso, ele escreve um livro no qual promete contar tudo.
Silêncio dos inocentes?
“Quando a questionei se o presidente do STF era parte do ‘golpe’, ela preferiu o silêncio”, destaca senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). Dilma também não respondeu se foi golpe o impeachment do ex-presidente Fernando Collor, como ela eleito pelo voto popular.
Pergunta no Senado
Nos anos de roubalheira nos governos do PT, enquanto dormia a pátria distraída, por onde andava Chico Buarque?

Ex-Rainha das Rainhas do Carnaval será sepultada hoje em Belém

A ex-Rainha das Rainhas do Carnaval Patrícia Rizzi, 35 anos, que faleceu no início do mês em New York (EUA), onde há muito era radicada com o marido, será sepultada às 10h de hoje em um cemitério de Belém. Seu corpo chegou à noite de ontem e o velório se realiza em uma das capelas do Max Domini.
Veja aqui > Rainha das Rainhas do Carnaval 1992

Walmart começa a vender carne bovina produzida na Amazônia

Começa na quinta-feira (1º/09), a venda de carne bovina sustentável certificada produzida na Amazônia brasileira nas lojas do Walmart. A proteína comercializada faz parte de um projeto realizado em São Félix do Xingu (PA), liderado pela The Nature Conservancy (TNC), com a participação do frigorífico Marfrig. O projeto propõe o aumento da produtividade e o maior aproveitamento de pastagens degradadas sem a necessidade de desmatamento. Outros parâmetros são também a busca por um processo que seja ambiental, social e economicamente viável.

Segundo a rede varejista, o produto estará disponível nas lojas do Centro-Oeste do País e no Estado de São Paulo e deve gradativamente chegar a outras regiões. A carne comercializada será identificada por um rótulo próprio, com o nome Rebanho Xingu. 

O Sistema de Monitoramento e Gestão de Risco da Carne Bovina do Walmart é fruto de cinco anos de trabalho e de um investimento superior a R$ 1 milhão. Tem como diferencial integrar em um mesmo sistema dados de satélite que mapeiam desmatamento, terras indígenas e unidades de conservação, além das informações de listas públicas de áreas embargadas e trabalho escravo. A ferramenta é proprietária, desenvolvida pela AgroTools.

O sistema de monitoramento analisa os fornecedores indiretos do Walmart, ou seja, as fazendas que fornecem aos frigoríficos parceiros da varejista. Desde o fim de 2015, todos os dados de fornecedores de carne bovina com plantas frigoríficas no bioma Amazônia estão inseridos na ferramenta. Isso representa mais de 75 mil fazendas que fornecem gado para cerca de 30 plantas frigoríficas pertencentes às empresas JBS, Marfrig, Boiforte e Masterboi.

Brasil tem mais de 206 milhões de habitantes, diz IBGE

O Diário Oficial da União (DOU) traz nesta terça-feira, 30, as mais novas estimativas sobre a população brasileira feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pelos novos números, o País já conta com mais de 206 milhões de habitantes, número superior aos 204 milhões registrados no ano passado.

Entre outros objetivos, as estimativas são usadas para o cálculo das cotas do Fundo de Participação de Estados e municípios. Os dados têm data de referência em 1º de julho e estão organizados por Estados, Distrito Federal e municípios.

O Dia "D" de Dilma

Por Arnaldo Jabor - Estadão
(...) Eu sabia de tudo, eu sabia que a compra da refinaria de Pasadena ia ser um rombo pavoroso, confesso, mas como conseguir dinheiro para minha reeleição sem propinas? Propinas de esquerda, é claro. Por isso, fiz vista grossa, sim, quando aquele Cerveró me entregou uma página solta, com uma piscadinha do olhinho vesgo. 
 
Tenho orgulho de tudo que fiz. Menti na campanha, dizendo que não ia ter comida no prato do povo, menti nos bilhões que arranquei dos bancos para esconder o déficit público. Mas foram mentiras que chamo de ‘corrupção revolucionária’. Ahh, esse meu povo, tão ignorante, desvalido. A miséria me fazia feliz. Explico: denunciar a miséria era um alívio para minha consciência.
Mais aqui >O dia "D" de Dilma

Bela advogada é braço direito de Lewandowski no julgamento de Dilma

Fabiane Duarte, assistente do ministro Ricardo Lewandowski, participa de sessão no Senado  
 Lewandowski e Fabiana no Senado
O protagonismo do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, no julgamento do impeachment acabou lançando luz sobre uma de suas mais antigas e discretas assessoras, a secretária-geral da Corte, Fabiane Duarte, 36.

Servidora de carreira do Supremo, Fabiane trabalha há mais de dez anos com o ministro e, com a Corte sob seu comando, ocupa hoje o cargo mais alto na hierarquia da carreira técnica do órgão.

É ela quem sempre aparece durante a sessão de julgamento do impeachment ao lado de Lewandowski.

Descrita pelos colegas como uma mulher extremamente reservada e bem-humorada, Fabiane passou a receber uma série de elogios nas redes sociais –e no plenário do Senado– ao atuar como principal assessora do ministro do STF.

Foi ela, por exemplo, quem atuou com o presidente do STF na interpretação de que Dilma virou ré no processo somente após a votação da chamada "pronúncia", na madrugada de 10 de agosto. Especialistas e a advogada de acusação, Janaína Paschoal, discordaram, sob alegação de que a petista é ré desde a abertura do processo no Senado, em maio.

A assessoria se senta ao lado do magistrado na presidência do plenário do Senado, o que a torna figura frequente nas transmissões das sessões pela TV. Cabe a ela toda assessoria técnica necessária para Lewandowski conduzir o julgamento.

É casada e mãe de dois filhos. Pessoas próximas a Fabiane dizem que ela "está ciente" do alvoroço que vem causando nos bastidores. A quem pergunta, ela diz não se importar em ser chamada por alguns de "musa" e afirma estar "focada" no assessoramento do ministro na condução do impeachment, tarefa para a qual se prepara desde abril, quando passou a integrar um grupo de estudos montado no gabinete de Lewandowski sobre o tema. Atualmente, faz mestrado na USP na área de direitos humanos.

Impeachment: Ato final

Por Eliane Cantanhêde - Estadão
Se houve uma surpresa ontem no Senado, foi justamente a falta de surpresas. Dilma Rousseff repetiu tudo que vem dizendo nesses nove meses, sobretudo na “mensagem aos Senado e ao povo brasileiro”. E os senadores, a favor ou contra o impeachment, também ficaram no mais do mesmo. Logo, sem nenhuma novidade, tudo fica onde estava.

O único fato realmente surpreendente desde as 9h da manhã foi que Dilma não partiu para o confronto e os senhores senadores e senhoras senadoras foram duros, mas elegantes, pelo menos até o fechamento desta edição. Ou seja, a sessão histórica foi marcada por um legítimo embate político, mas com civilidade.

O dia amanheceu com mais uma pancada no ex-presidente Lula, responsável por Dilma dar um passo maior do que a perna e virar presidente da República. Indiciado pela Polícia Federal na sexta-feira pelo triplex dos outros, Lula ontem viu a Receita Federal aplicar pesadas multas e cortar subsídios do instituto que leva o seu nome, sob acusação de que o dinheiro das empreiteiras da Lava Jato entrava por uma porta e saía por outra, por exemplo, para empresa de um de seus filhos.

Apesar do constrangimento, lá estava Lula nas galerias do Senado para prestigiar Dilma, e carregando um adereço espetacular: Chico Buarque, ídolo de gerações. Chico perde muito com essa exposição, mas Dilma, Lula e o PT lucram muito. Virtualmente derrotados no Senado, eles jogam para a opinião pública e constroem uma narrativa para a história.

Mais uma vez, o grande ausente foi “o povo”, ou seja, os movimentos pró e contra Dilma e sua excelência, o eleitor. A cerca de um quilômetro instalada nos gramados de Oscar Niemeyer, para isolar as duas grandes torcidas, revelou-se um cuidado desnecessário.

Ao discursar, com claque no plenário, Dilma repetiu tudo o que sempre diz e acaba de escrever na “mensagem”: a tortura, o câncer, é honesta e vítima de uma injustiça. Logo, alvo de um golpe contra a democracia, de uma ruptura constitucional, mas resiste, como sempre resistiu. “Entre meus defeitos não estão a deslealdade e a covardia.”

Citando Getúlio, Jango e JK, mas esquecendo seu privilegiado interlocutor Fernando Collor, ela disse que, como eles, é alvo de uma elite que teve seus interesses contrariados. Os crimes de responsabilidade, disse, são “meros pretextos”. O resto é golpe, golpe, golpe.

Seu alvo frontal foi Eduardo Cunha, o ex-presidente da Câmara, inimigo número um da opinião pública. Mas é claro que sobrou para Michel Temer e seu “governo usurpador”. Ficou faltando alguma coisa? Sim, faltaram duas coisas bastante importantes.

Uma delas foi a tese de convocação de um plebiscito para antecipar as eleições de 2018, abatida já na decolagem pelo próprio PT. A outra foi qualquer traço de autocrítica, afora o fato de ter repetido, literalmente, o que já tinha escrito na “mensagem”: que teve muito contato com “o povo” nesses meses, foi recebida com reconhecimento e carinho e ouviu “algumas críticas” pelos seus erros. Convenhamos, é pouco.

Dilma Rousseff foi a primeira mulher eleita presidente, chegou a bater recordes de popularidade e foi reeleita com 54 milhões de votos, como não cansa de repetir. Logo, precisou errar muito, mas muito mesmo, para estar à beira de um impeachment constitucional defendido pela maioria da sociedade, votado na Câmara e Senado e referendado pelo Supremo. Mas Dilma teve praticamente dois anos desde a reeleição para admitir um, unzinho erro que fosse, e não foi capaz.

Diante das perguntas dos senadores, ela traçou um perfil assustador do governo Temer. Em nota, ele rebateu as “inverdades” atribuídas “de forma irresponsável e leviana”: não vai estipular de 70 a 75 anos para a idade mínima de aposentadoria, a extinção do auxílio-doença, a regulamentação do trabalho escravo, a privatização do pré-sal, a revogação da CLT. Anotem aí, porque em algumas horas Dilma vai sair de cena e o foco estará em Temer.

Cunha critica discurso de Dilma e diz que a petista mente

Citado diversas vezes por Dilma Rousseff ao longo de seu depoimento nesta segunda-feira (29) no Senado, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que deu o ponta pé inicial ao processo de impeachment da petista, criticou a fala da adversária e afirmou que ela "mente".

"A presidente afastada segue mentindo contumazmente, visando a dar seguimento ao papel de personagens de documentário que resolveu exercer, após a certeza do seu impedimento, em curso pelo julgamento em andamento", afirmou no texto. Para o peemedebista, Dilma usa a estratégia de repetir uma mentira até que ela se torne verdade.

Cunha menciona que o argumento da presidente afastada de que foi vítima de "abuso de poder" por parte dele já foi analisado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e "não teve sucesso", o que "reafirma a lisura" do ato.

O deputado afastado avalizou o processo de impeachment em dezembro e, desde então, tem sido acusado de dar seguimento ao caso em retaliação ao PT, que se negou a votar a favor de Cunha no processo de cassação do qual o deputado é alvo.

"As tentativas de barganhas para que eu não abrisse o processo de impeachment partiram do governo dela e por mim não foram aceitas, como já declarei em diversas oportunidades, denunciando com nomes e detalhes essas tentativas. Isso sim foi chantagem".

Cunha destaca ainda o fato de o processo contra Dilma, que chega a sua etapa final, ter sido avalizado pela Câmara, com votos favoráveis de 367 deputados, e ter seguido seu curso no Senado.

O peemedebista reclamou ainda das afirmações da presidente sobre as chamadas "pautas bomba", negando que tenha dado seguimento a propostas prejudiciais ao governo. Também afirmou que ela mentiu mais uma vez ao dizer que a Câmara esteve paralisada no início de 2016.

"O Senado Federal, em um julgamento com amplo direito de defesa, vem confirmando que a presidente afastada cometeu crime de responsabilidade. Todos os atos por mim praticados estão sendo confirmados até o momento e, ao que parece, está sendo confirmado que decretos da presidente afastada foram editados sem autorização legislativa, o que configura o crime de responsabilidade". O ex-presidente da Câmara, que renunciou ao mandato em 7 de julho, encerrou atacando ainda o que chamou de "figurino do golpe". Em sua fala, Dilma disse por diversas vezes não ter cometido crime de responsabilidade e ser vítima de um "golpe parlamentar". Para Cunha, esse termo "parece caber mais na história da eleição dela do que na história do impeachment".

Jader Barbalho: fala de Dilma pode mudar votos

Apesar de o Palácio do Planalto já contabilizar o voto de Jader como favorável ao impeachment, o peemedebista afirmou ao jornal O Globo que as colocações de Dilma ontem (29) no Senado podem mudar não somente o seu voto, mas influenciar todo o Senado.

"A fala dela pode mudar não só o meu voto, pode influenciar todo o Senado. Só tenho cumprimentos a ela pela coragem política de vir ao Senado fazer essa exposição", disse Jader.

Auxiliares do governo interino do vice-presidente em exercício Michel Temer (PMDB) afirmam que muitos dos senadores que ainda não declararam voto publicamente já sinalizaram, contudo, que serão favoráveis ao impeachment. Alguns parlamentares da base aliada dizem que esses supostos indecisos estão 'vendendo dificuldades' nesta reta final do processo para conseguirem negociar mais espaço no governo.
Fonte: Brasil 247

Direito de defesa de Dilma está sendo respeitado, diz Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ontem (29) que a presença da presidente Dilma Rousseff hoje no Senado é a comprovação da "liceidade do processo".

"A presença dela [no Senado] reforça a percepção de que o direito de defesa está sendo respeitado", disse o ministro.

Mendes está em São Paulo para ministrar aula no Instituto de Direito Público (IDP), onde é sócio e coordenador científico.

Mendes rejeitou a proposta da presidente Dilma, que hoje no Senado voltou a dizer que, caso seja absolvida no processo de impeachment irá convocar novas eleições.

"É um gesto político. É uma proposta para manter uma aliança com atuais apoiadores", disse. Mendes, que é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que uma proposta de novas eleições necessitaria da aprovação de 3/5 dos parlamentares e duvidou que a presidente venha a ter força política para tanto. "Além do que essa proposta prevê o encurtamento do mandato o que me parece inconstitucional", disse.

Sobre o julgamento das contas de campanha da chapa Dilma/Temer, o ministro disse que não há prazo para a votação.

"Ainda não sabemos (quando será votado). Agora temos a troca de relator, na terça-feira (30) acontece isso. O ministro Herman Benjamim assume o lugar da ministra Maria Thereza de Assis Moura (que terminou seu mandato no TSE), então ele vai assumir essa relatoria. O processo está avançando, praticamente concluímos essa parte de produção de provas, perícias e vamos entrar na parte de ouvir as testemunhas. Já foram marcadas datas para os depoimentos. Pode ser que tenham que chegar a 2017", disse. "Vamos aguardar um pouco o andamento. Evidente que estamos vivendo essa singularidade de troca de relator, mas se trata de um juiz ágil. Pode ser que ele queira iniciar o julgamento ainda neste ano."

Fátima Bernardes e William Bonner anunciam que estão se separando

Chegou ao fim um dos casamentos mais sólidos da TV brasileira. Juntos há 26 anos, Fátima Bernardes, 53, e William Bonner, 52, anunciaram em suas contas do Twitter que estão se separando.

"Em respeito aos amigos e fãs que conquistamos nos últimos 26 anos, decidimos comunicar que estamos nos separando. Continuamos amigos, admiradores do trabalho um do outro e pais orgulhosos de três jovens incríveis. É tudo o que temos a declarar sobre o assunto. Agradecemos a compreensão, o carinho e o respeito de sempre", escreveu a apresentadora. O âncora e editor do "Jornal Nacional" publicou exatamente a mesma mensagem em sua rede social.

Companheiros de bancada durante 13 anos no principal telejornal do país, os dois são pais dos trigêmeos Vinícius, Laura e Beatriz, 18.

Nascida no Rio de Janeiro, Fátima entrou na emissora em 1987. Dois anos depois, passou a dividir bancada com Bonner no "Jornal da Globo". Após passagens pelo "Fantástico", "RJTV" e "Jornal Hoje", virou âncora do "Jornal Nacional" em 1998. Ela ficou até 2011 no jornalístico, ao lado do marido. Em 2012, passou a apresentar o "Encontro".

Bonner nasceu em Ribeirão Preto, no interior paulista, e começou a carreira na Bandeirantes. Em 1986 entrou para a Globo como editor e apresentador do "SPTV". Passou pelo "Jornal Hoje", "Fantástico" e "Jornal da Globo" e assumiu a bancada do "Jornal Nacional" em 1996, onde continua até hoje. A partir de 1999, passou a acumular também a função de editor-chefe.

Os dois se casaram em 1990 e enfrentaram uma batalha para conseguir ter filhos. Com dificuldades para engravidar, a jornalista recorreu a uma inseminação artificial e conseguiu engravidar aos 33 anos. Os trigêmeos passaram os primeiros 25 dias de vida na UTI neonatal.

Em 2014, ela falou sobre a gravidez. "Você enfrenta um procedimento sabendo que pode ter filhos múltiplos e o que significa isso de gasto e desgaste emocional. Acho que as pessoas não estão todas preparadas para ter três filhos de uma vez. O natural é que seja um de cada vez".

Pivô da separação - O anúncio da separação de Fátima Bernardes e William Bonner caiu como uma bomba para o público, mas nos bastidores já se sabia que isso era só uma questão de tempo.

Muita gente na Globo sabia que a situação do (ex) casal estava insustentável. Em 2012, já havia sinais de desgaste, mas isso era assunto proibido na Globo e sempre negado pelo (ex) casal. Pouco antes de deixar o Jornal Nacional, Fátima foi à sala de um dos diretores para dizer que não aguentava mais fazer o telejornal ao lado de seu tenso marido...

Desde que começaram os rumores da crise, têm surgido comentários de que o pivô de tudo seria uma colega que trabalha na mesma emissora dos dois. A proximidade de Bonner com essa mulher, que nem fica perto dele fisicamente (na hora do trabalho), serviu para acirrar mais ainda a desconfiança de Fátima. Não é de hoje que comentam isso nos corredores da Globo.

Outro motivo das brigas constantes do casal foi o alto faturamento de Fátima Bernardes, que passou a ganhar bem mais que Bonner (mais que o triplo) depois que saiu do jornalismo e foi para o comando do programa "Encontro". Além do salário ser maior, ela ganha também com publicidade. Isso deixou o Tio Sukita bastante incomodado.

A defesa de Dilma

Editorial - Folha de SP
A presidente afastada Dilma Rousseff (PT), ao comparecer perante o Senado Federal convertido em júri do processo de impeachment, ofereceu ao país, de própria voz, a defesa mais minuciosa e firme de sua conduta na Presidência.

O centro de gravidade da participação esteve no discurso de abertura, pois as respostas dadas às questões dos senadores servem mais para reiterar as conhecidas limitações em matéria de eloquência. Já na leitura da peça inicial, defendeu-se com brilho oratório inusual e passagens de genuína emoção.

Não que tenha surpreendido na forma e no conteúdo dos argumentos jurídicos e políticos. Após quase nove meses de processo e pleno exercício do direito de defesa, não havia ângulos novos a iluminar nem revelações capazes de alterar o desfecho do julgamento.

Ainda assim, Dilma Rousseff teve momentos notáveis em seu pronunciamento final, "para a história". Os pontos altos vieram quando equiparou o impeachment a uma pena de morte política e afirmou que o julgamento por seu "conjunto da obra" só poderia ser feito pela população, em eleições.

São formulações em tudo adequadas à gravidade que esta Folha sempre atribuiu à deposição constitucional de um presidente da República, evento que nada tem nem pode ter de trivial. Revogar o mandato presidencial conferido pelo desejo manifesto dos eleitores exige fatos e evidências excepcionais sobre o envolvimento direto do chefe do Executivo em irregularidade inequivocamente tipificada como crime de responsabilidade.

Ainda que haja farta base factual nas tais pedaladas fiscais, esteio principal da acusação, muitos dos que não estão familiarizados com as tecnicalidades enxergarão aí a "frágil retórica jurídica" para cassar-lhe o mandato denunciada pela presidente afastada.

No entanto, mesmo sendo questionáveis as alegações, não há como negar que os senadores estão plena e constitucionalmente investidos da autoridade para decidir se elas recaem sob a figura do crime de responsabilidade. Por isso se diz que o processo é a um só tempo jurídico e político.

No plano da política, aliás, ao deixar a defesa para ir ao ataque, o discurso da presidente afastada reincidiu nos vícios antigos. Insistiu num paralelo entre seu impedimento e golpes de Estado tão insustentável quanto sua aspiração a perfilar-se como um Getúlio Vargas ou um Juscelino Kubitschek.

Após lançar a economia do país numa de suas piores recessões, façanha pela qual nunca se penitenciou, resta a Dilma Rousseff apenas almejar que a história do Brasil a reconheça como vítima —jamais como a estadista que nunca foi.
Leia a íntegra do discurso, aqui > Dilma Rousseff ao comparecer perante o Senado Federal

Defesa de Dilma teve embates com adversários e afagos de aliados

Brazil's suspended President Dilma Rousseff attends the final session of debate and voting on her impeachment trial in Brasilia, Brazil, August 29, 2016. REUTERS/Ueslei Marcelino TPX IMAGES OF THE DAY ORG XMIT: BRA131 
A presidente afastada Dilma Rousseff fez ontem (29), no Senado, sua defesa no processo de impeachment. Depois de seu discurso inicial, a petista passou a responder a perguntas feitas pelos senadores, favoráveis e contrários ao impeachment. Diferente do que analistas esperavam, não houve confusões e, no geral, o tom foi de cordialidade.

Os senadores que defendem a saída de Dilma reforçaram as acusações do processo de impeachment: de que a presidente afastada cometeu crime de responsabilidade ao desrespeitar a meta fiscal abrindo crédito sem autorização do Congresso e ao atrasar pagamentos do governo para bancos públicos nas chamadas "pedaladas fiscais".

Alguns ainda a acusaram de cometer "estelionato eleitoral" em 2014 e rejeitaram o rótulo de 'golpe' para o impeachment.

Já Dilma e seus aliados voltaram a negar que ela tenha cometido crimes e defenderam a legalidade de seus atos como presidente. 

Ficção e pieguice

Editorial - Estadão
Num discurso de 50 minutos feito ontem perante o Senado Federal, com o qual pretendeu se defender das acusações pelas quais será julgada nas próximas horas pelos senadores, a presidente afastada Dilma Rousseff produziu uma peça de ficção entremeada por lances de pieguice explícita. Foi um fecho melancólico do itinerário político de uma chefe de governo que, simplesmente, fez tudo errado e levou o País para o buraco. Tudo consequência do autoritarismo e da soberba de um projeto de poder irresponsavelmente populista, agravado pela incompetência gerencial e pela inapetência para o jogo político reveladas pela criatura imposta por Lula para revezar com ele a cadeira presidencial.

O argumento central da defesa de Dilma, repetido à saciedade ao longo de todo o processo do impeachment que chega agora a seu desfecho, é que, alimentados pelo ódio e pela intolerância, seus adversários, ao verem “contrariados e feridos nas urnas os interesses da elite econômica e política”, assacam contra ela acusações infundadas. E protestou: “As provas produzidas deixam claro e inconteste que as acusações contra mim dirigidas são meros pretextos, embasados por uma frágil retórica jurídica”. Dilma tem todo o direito de pensar o que quiser sobre o julgamento no qual é ré, mas não é a ela, e sim aos juízes, constitucionalmente investidos de autoridade jurídica e política para tanto, que caberá decidir se ela é ou não culpada. Essa é uma responsabilidade atribuída ao Congresso Nacional. E até agora, seja no âmbito da competência dos deputados, seja na dos senadores, Dilma perdeu sempre.

A presidente afastada sabe que perderá até o amargo fim e, portanto, nada mais lhe resta senão apelar para o ilusionismo retórico e as lágrimas de crocodilo em desesperada tentativa de reverter os votos de senadores que imagina que ainda possam ser persuadidos a absolvê-la e de convencer a opinião pública de que merece um lugar de destaque e honra na história que se escreverá. Foi certamente com essa intenção que Dilma reiterou com insistência, ao longo de sua fala, dois pontos: as “marcas da tortura” de que foi vítima quando pegou em armas para combater a ditadura militar e o fato de que “não há crime” nos crimes que lhe são imputados pela acusação.

Dilma classificou sua reeleição como “rude golpe a setores da elite conservadora brasileira”. Na verdade, foi um tremendo golpe para todos os brasileiros. É que, durante a campanha presidencial, ela fez tudo para dissimular a grave situação das contas públicas e a forte retração da atividade econômica, atribuindo aos adversários a intenção de praticar todas as “maldades” que ela própria, tão logo reeleita, tentou em vão implantar para aliviar a crise.

Dos argumentos de que a presidente afastada lançou mão em sua arenga, o mais ridículo é o de que, primeiro “é uma desproporção” mover um processo de impeachment por crimes como os que constam da acusação – ou seja, de pequena monta. Dilma protestou contra a tentativa de “criminalizar” o Plano Safra, quando em momento algum a acusação emitiu juízo de valor sobre aquele plano de subsídio à agricultura, limitando-se a denunciar que a forma de efetivação do financiamento violou a lei, pois o governo – controlador de bancos públicos – fez operações de crédito com essas instituições, numa prática vedada pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Dilma ainda teve de fazer malabarismos para não entrar em choque com o PT, que acaba de rejeitar sua ideia de, caso seja reconduzida à Presidência, convocar um plebiscito para decidir sobre a antecipação das eleições presidenciais: “Chego à última etapa desse processo comprometida com a realização de uma demanda da maioria dos brasileiros: convocá-los a decidir, nas urnas, sobre o futuro de nosso país. Diálogo, participação e voto direto e livre são as melhores armas que temos para a preservação da democracia”.

Como era inevitável, Dilma protestou também contra o fato de estar sendo julgada pelo “conjunto da obra”. De fato, a profunda crise em que ela afundou o País agrava sua situação. Mas o julgamento em curso é, por definição, também político. E dessa perspectiva é impossível ignorar o “conjunto da obra”.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

É bom saber

Concursos
Pelo menos 120 concursos públicos no país estão com inscrições abertas hoje e reúnem 14.501 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 22.654,95 no Corpo de Bombeiros do Distrito Federal. Confira aqui a lista completa de concursos e oportunidades

Brasileirão
O Atlético-PR recebe hoje (29) o Botafogo na Arena da Baixada, em jogo que completa a 22ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. Confira aqui o resultado dos jogos do final de semana e a classificação.

Jady revela romance com ídolo do Flamengo. 'Jogador mais famoso que o Bolt'

Carioca que subiu ao pódio com o astro jamaicano diz que o ouro vai para um ex-atacante do Flamengo, que é seu time do coração.
 
Usain Bolt deixou o Rio com três medalhas de ouro e uma de prata. Um dos principais nomes da Rio 2016, o jamaicano não teve adversários nas pistas, onde ganhou tudo, como nos dois últimos Jogos. Mas na prova de Atletismo Sexual a performance de Bolt foi apenas medalha de prata, segundo Jady Duarte, a estudante de 20 anos que ficou famosa por ir para a cama com ele. 

Segundo a moça, um jogador (ou ex) de futebol muito famoso imperou na prova de seu melhor amante: "Já peguei um cara famosíssimo. É um jogador (...) Aqui no Rio ele é mais famoso do que o Bolt (...) Só posso falar que ele adora andar em comunidade. É atacante e é lindo" se rende a jovem, que comparou: “Ele é o primeiro e o Bolt vem depois".
 
'Foram duas medalhas. Ele fez duas vezes. E foi bom, sim. Se fosse ruim eu falava’, disse Jady, sobre desempenho de Bolt
Leia aqui >O que disse Jady

‘Chamar impeachment de golpe é desserviço’, diz presidente da OAB

O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, que representa quase mil advogados, classifica de “desserviço” a tese de Dilma Rousseff e aliados de que o impeachment é um golpe. “O STF regrou o processo. É absolutamente democrático”. Ele revela que, para a Ordem, tomar a iniciativa de pedir a cassação da petista foi mais difícil do que na época do Collor, quando havia consenso. Porém, definida a posição, “em nenhum momento se pensou em retroceder.” Desta vez, o protagonismo foi menor, diz, porque se optou por não entrar no debate ideológico.

A moda pode pegar

Por Carlos Chagas, jornalista
Foi um triste espetáculo, a transformação do Senado num hospício. Melhor, porém, que tenha sido na segunda sessão do capítulo final da batalha do impeachment, não no final. Mesmo assim, não há certeza. Pelo menos, quando Dilma Rousseff for depor, hoje (29), o grupo das galinhas cacarejantes e do galinho maluco não encontrará pretexto para tumultuar os trabalhos. Para Gleise, Vanusa, Fátima e Lindberg, entre outros, o objetivo será transformar Madame em vítima, ainda que Caiado, Renan, Magno e seus pimpolhos estejam preparados para inverter a equação.

O desempenho dos senadores na manhã de ontem, porém, foi uma fraude. Demonstrou que se algum deus da baderna viesse a suprimir o Congresso de nossas instituições, o país inteiro aplaudiria. Com as exceções de sempre, o Senado suplantou a Câmara na encenação de uma das maiores pantomimas já verificada entre nós.

Será cobrada dos que maiores vexames ofereceram no funcionamento do Legislativo a punição da perda do mandato por qualquer Conselho de Ética. Não merecem representar o eleitorado e a federação.

Salvo inusitados, a tragédia aproxima-se do final. Dilma deve ser punida por permitir a ação da quadrilha que evoluiu a favor e contra ela.

Há quem imagine a possibilidade de Michel Temer não conseguir cumprir o anseio nacional de recuperação econômica, política e social. Tem gente preparada para apresentar em poucos dias seu pedido de afastamento. A moda pode pegar.

O ministro Ricardo Lewandowski obrigou-se a usar o Poder de Polícia na direção dos trabalhos, mas ficou na promessa. Bem que poderia ter determinado à Polícia Legislativa que conduzisse uns tantos senadores às celas certamente encontradas nos porões do palácio transformado em estabelecimento imoral.

Em provocação a Dilma, Caiado canta "Apesar de você", de Chico Buarque

De camiseta polo manga curta verde bandeira e mocassim Prada, Caiado disse que um dos traumas de sua vida é não saber cantar. No ensaio da primeira comunhão, uma freira teria dito ao senador goiano que ele deveria apenas mexer a boca em vez de cantar. "Mas hoje vou passar o dia treinando 'Apesar de você, amanhã há de ser um novo dia...'", provocou.

"Apesar de você" é uma das principais músicas de protesto composta por Chico Buarque nos anos 1970. O cantor voltou a entoar o hino neste mês, contra Temer, depois de ficar mais de 40 anos sem cantar letras muito associadas à luta contra o regime militar. Chico Buarque é um dos convidados de Dilma para a sessão desta segunda, junto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"De um lado a elite política, que participou de todos os benefícios desses 13 anos em que a sociedade foi duramente penalizada. Do outro lado, a voz dos 200 milhões de brasileiros que foram para as ruas", afirmou Caiado, completando que a lista de convidados da base aliada é de "pessoas comuns".

O tom descontraído marcou a reunião dos líderes governistas na manhã deste domingo. Acostumados a irem ao Senado de terno e gravata, todos dispensaram a formalidade e foram de trajes esportivos, como calça jeans e camisas.

Perguntas a Dilma - Os senadores aproveitaram o encontro para discutir como vão abordar a presidente Dilma e a ordem de quem vai fazer as perguntas. Eles escalaram nomes de mais representatividade para serem os primeiros.

O relator do processo de impeachment no Senado, Antônio Anastasia (PSDB-MG), vai ser o quinto. O líder do governo na Casa, Aloysio Nunes (PSDB-SP), o sétimo. O presidente do PSDB nacional, Aécio Neves, será o 11º.

Até agora, 47 dos 81 senadores estão inscritos para fazer perguntas durante o depoimento da petista. A primeira será feita pela senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), uma das mais ferrenhas defensoras de Dilma. Do lado favorável ao impeachment, falará primeiro a senadora Ana Amélia (PP-RS).

Segundo Aécio Neves, as perguntas se delimitarão aos assuntos técnicos dos motivos do impeachment, como a edição de decretos suplementares e as chamadas pedalada fiscais, que são atrasos no repasse a bancos públicos. Ele disse que quem dará o tom será a presidente.

"Vamos tratar a presidente afastada com todo respeito que ela merece como pessoa e como presidente, mas não vamos aceitar provocações. Se existirem, serão respondidas à altura", disse o senador José Agripino (DEM-RN).

Protagonista dos principais estranhamentos nos primeiros dias do julgamento, Caiado foi questionado sobre como será sua reação caso os petistas o provoquem. Respondeu que "para cada ação, tem uma reação". "O risco que corre o pau, corre no machado", disse o senador, citando um ditado, segundo ele, goiano.

O depoimento da presidente afastada está marcado para começar às 9 horas. Ela terá 30 minutos para fazer uma exposição inicial, tempo que pode ser prorrogado. Em seguida, os senadores terão cinco minutos para fazer suas perguntas. A presidente não tem um tempo delimitado para as respostas.

Segundo os senadores, eles usarão o tempo não só para questioná-la sobre os pontos do processo, mas também para fazer análises sobre a atual conjuntura, uma consequência, de acordo com eles, da administração petista.

Os apoiadores do impeachment esperam que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, estabeleça limites para a fala de Dilma. No entanto, o magistrado não deve interromper a presidente afastada, uma vez que isso pode ser considerado, juridicamente, cerceamento de liberdade da defesa da ré. (AE)

Mais trapalhadas de Lula

"Eu não fiz nada disso, eu não sei de nada..."
A Receita Federal decidiu suspender a isenção tributária do Instituto Lula do período de 2011 a 2014 por "desvios de finalidade" e cobrar imposto de renda e contribuições sociais, além de multa milionária.

O fisco encerrou a investigação aberta em dezembro do ano passado sobre a entidade, fundada em 2011 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um comunicado será enviado ao instituto nesta semana informando das cobranças. A conta final está sendo fechada, mas deve ficar entre R$ 8 milhões e R$ 12 milhões. A investigação sigilosa considerou as declarações entregues pelo instituto à Receita Federal.

A principal irregularidade identificada foi o repasse de R$ 1,3 milhão para a empresa G4 Entretenimento, que pertence ao filho do ex-presidente Fábio Luís e a Fernando Bittar, dono do sítio de Atibaia investigado por ter sido frequentado por Lula.

Para os técnicos, houve simulação de prestação de serviço pela G4, como forma de mascarar a transferência de recursos da entidade para o ex-presidente ou parentes, configurando o desvio de funcionalidade.

Os auditores apontam também pagamentos sem destinatários e o aluguel de um imóvel apontado como sede, mas que era diferente do endereço do instituto, criado em 2011 em substituição ao antigo Instituto da Cidadania, também ligado ao petista.

No mesmo período auditado, a entidade recebeu quase R$ 35 milhões em doações, a maior parte de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato, como Odebrecht e Camargo Corrêa.

O fisco questionou a origem desses recursos, como o dinheiro foi gasto e se as contribuições foram declaradas. A suspeita era a de que o instituto tenha sido usado para lavar dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras. Essa investigação está sendo conduzida pela Polícia Federal.

A Receita se limitou aos aspectos contábeis das irregularidades. Os auditores pediram, por exemplo, explicações ao presidente do instituto, Paulo Okamotto, do motivo que teria levado grandes construtoras a doarem ao menos R$ 18 milhões.

Além disso, contestaram doações de duas entidades sem fins lucrativos que, juntas, destinaram R$ 1,5 milhão ao instituto entre 2013 e 2014. Diante desses elementos, a Receita concluiu que houve desvio de finalidade.

Inicialmente, chegou a avaliar uma cobrança de até R$ 22 milhões em cima de um critério extremo que configuraria má-fé por parte da entidade. Esse valor seria calculado sobre todos os recursos recebidos, ignorando as despesas declaradas à Receita. No entanto, decidiu-se que a conta a ser cobrada, entre R$ 8 milhões e R$ 12 milhões, vai considerar os balanços.

A decisão da Receita não cancela a isenção fiscal do instituto para depois de 2014, a não ser que novos indícios de irregularidades sejam identificados a partir do ano-base de 2015.

Palestras
- A investigação da Receita não contemplou a empresa de palestras do ex-presidente, a LILS Palestras e Eventos. Entre 2011 e 2015, o ex-presidente deu 70 palestras pagas por 41 empresas e instituições.

Segundo investigação da Operação Lava Jato, a LILS Palestras recebeu R$ 21 milhões no período, sendo R$ 9,9 milhões de empreiteiras investigadas.

O ex-presidente disse que era "remunerado de acordo com sua projeção internacional e recolhendo os devidos impostos".

Vale a pena ler: Dá para confiar nas pesquisas eleitorais?

Um sinal vermelho acendeu nos EUA. As pesquisas eleitorais estão cada vez mais imprecisas. A crise dos institutos tradicionais agrava-se há anos. Há mais de uma década a disparidade entre as previsões eleitorais e o resultado das eleições cresce.

São muitos os exemplos. Nas primárias da campanha presidencial, todos os grandes institutos de pesquisa apontavam Hillary Clinton liderando em Michigan por no mínimo cinco pontos. No entanto, foi Bernie Sanders quem levou a disputa, com quatro delegados a mais que Clinton. Um deslize bem acima da chamada "margem de erro".

O que estaria acontecendo então? Nos EUA a crise vem sendo explicada por um declínio imenso no índice de retorno das pesquisas. A principal metodologia para consultar eleitores lá é via telefone fixo. A regulamentação impede que sejam feitas ligações de pesquisas diretamente no celular dos eleitores. Com isso, a taxa de resposta a essas ligações, que era de 78% na década de 1980, é agora de apenas 0,9% em 2016.

No entanto, a questão não se esgota por aí. Outro fator crucial é que as pesquisas tradicionais não funcionam tão bem no mundo de hoje. Elas produzem um "instantâneo" da situação. Uma fotografia estática do momento eleitoral que não dá conta de sua dimensão dinâmica.
Mais aqui >Dá para confiar nas pesquisas eleitorais?

Dilma encara provável discurso final como presidente com 'alívio'

BRASILIA, DF, BRASIL - 24-08-2016 - A presidente Dilma Rousseff chega ao Auditorio dos Bancarios, onde e realizado o provavel ultimo ato publico de Rousseff antes do julgamento do seu Impeachment. (Foto: Alan Marques/Folhapress, PODER) 
Dilma no Auditório dos Bancários, na quarta (24), no provável último ato público antes do impeachment
Dilma Vana Rousseff, 68, começou a se preparar para aquele que deve ser seu último discurso como presidente da República há 13 dias.

Muitas vezes sozinha, dedicou-se exaustivamente à elaboração de sua defesa para encarar, nesta segunda-feira (29), no Senado, um de seus maiores fantasmas: a divergência.

Pediu a aliados sugestões por escrito, separou documentos —alguns jurídicos e outros, para inspiração, da Era Vargas— e reuniu números: um roteiro comum para quem já treinou 17 horas seguidas para um debate eleitoral na campanha de 2014.

No domingo (28), um pouco mais calma, recorreu a seu advogado, José Eduardo Cardozo, e a sua assessora Sandra Brandão, que conhece, com precisão decimal, os dados sobre seu governo, para discutir os últimos ajustes de sua fala, que define como o momento mais difícil desde seu afastamento do cargo.

Dilma não queria ir ao Senado. Resistiu até a semana passada, mas foi convencida por aliados de que era um bom momento para "fazer história".

Esperava encerrar logo o ciclo e, como disse aos mais próximos, ficará "aliviada" em acabar com a agonia pessoal que foi para ela o processo de impeachment.

A obsessão por afastar o contraditório teve reflexo direto na perda de condições para governar ao longo de seu segundo mandato, dizem auxiliares.

Dilma foi se desvinculando de quem discordava dela e passou a ouvir cada vez menos os divergentes, inclusive o ex-presidente Lula.

Cercou-se de pessoas que diziam "sim" para tudo o que ela ordenava, que tinham medo de seus famosos ataques de fúria quando confrontada e que não puderam evitar que esse comportamento fizesse ruir também seu relacionamento com o Congresso.

Nesta semana, enquanto revezava-se entre a elaboração de seu discurso e o mapeamento de votos que teria no Senado —para aprovar o impeachment são necessários 54 dos 81 votos—, a petista sentiu os reais reflexos de sua personalidade.

Um aliado escalado para convencer senadores indecisos a conversar pessoalmente com Dilma ouviu a constatação retórica de um deles: "Mas ela nunca me recebeu antes". Foi entusiasmado a "olhar o futuro", porém não se sabe se foi convencido.

A presidente afastada diz ter consciência de que as sessões do impeachment no Senado são "teatrais", que as decisões estão tomadas e que será muito difícil mudar algum voto com sua fala.

Preferiu não assistir aos senadores pela TV, mas pediu a assessores os discursos de aliados por escrito, para ter uma ideia do que se passava.

Ela quer fazer uma fala forte, pessoal e que sirva, em suas palavras, como um "registro histórico do golpe".

Nunca mais
- Caso seu afastamento definitivo seja confirmado nesta semana, Dilma quer deixar o Alvorada o mais rápido possível e voltar a Porto Alegre. Seu apartamento fica em um prédio antigo, daqueles com ambientes amplos, em um bairro de classe média alta da cidade. É ali que pretende descansar por um tempo.

Amigos apostam que Dilma deve participar de atos organizados por movimentos sociais, pode dar aula, mas não militará no PT, partido com o qual esteve às turras até a reta final do processo.

Ela também já esboçou vontade de escrever um livro e nele poderia lembrar de outro momento que, assim como no do julgamento do impeachment, foi tomada pela agonia que acabou em alívio.

Em 26 de outubro de 2014, segundo turno das eleições presidenciais, Dilma reuniu aliados na biblioteca do Alvorada.

Regados a uísque, água de coco e suco de caju, petistas assistiam apreensivos à apuração acirrada de votos pela TV.

Michel Temer, hoje presidente interino e ali candidato a vice na chapa da petista, estava sentado com a mulher, Marcela, no sofá preto, longe dos outros. Quando sua reeleição finalmente foi anunciada, Dilma abraçou Lula, seu antecessor e padrinho político, e soltou aquele que pareceu aos presentes o seu maior suspiro: "Eu nunca mais vou fazer isso".

Em 1992, expectativa era de Collor 'soltar os cachorros' em fala ao Senado

ORG XMIT: 120101_1.tif As fotos do século - Impeachment de Fernando Collor: o presidente Fernando Collor de Mello olha o relógio no momento de assinar o documento chamado "contra-fé", pelo qual reconhece que responderá, fora do exercício do cargo, por crime de responsabilidade, em 2 de outubro de 1992, em Brasília (DF). Collor recebeu um mandado de citação, assinado pelos presidentes do Senado, Mauro Benevides (PMDB-CE), e do Supremo Tribunal Federal, Sydney Sanches, comunicando a abertura do processo de impeachment e seu afastamento do cargo e um ofício assinado por Sanches colocando à sua disposição os 500 quilos de documentos em que a acusação se baseia. O texto de acusação da Câmara dos Deputados vem acompanhado de 927 páginas que compõem o processo. Brazilian President Fernando Collor de Mello looks at his watch at 10:18 a.m. on Oct. 2, 1992 in Brasilia, Brazil, just before signing a document to temporarily relieve him of his his presidency. Collor, whose term was marked by an economic crises and charges of corruption, was the first and only Brazilian President to be impeached. He resigned from office Dec. 29, 1992, they day before congress would have officially removed him. (AP Photo/Folhapress, Lula Marques) MANDATORY CREDIT  
 Collor prestes a assinar notificação de que responderia, fora do cargo, por crime de responsabilidade
O dia 29 de dezembro de 1992 começou com a expectativa do julgamento final do presidente Fernando Collor no Senado.

Ele até conseguira atrasar o início da etapa derradeira em uma semana —a tática era adiar a decisão até 1993, contando com erros do governo interino de Itamar Franco para voltar.

Mas o plano esbarrou em decisão do Supremo Tribunal Federal que definiu que Collor enfim começaria a ser julgado na última terça-feira do ano.

O país acordava também naquele dia querendo saber se o próprio Collor iria ao julgamento, que iria até a madrugada do dia 31, durando menos que o de Dilma Rousseff.

Até ali, dera inúmeros sinais de que se defenderia no Senado. Queria discursar por 30 minutos, sem ser apartado pelos senadores. Cogitou falar de improviso.

O aliado Ney Maranhão (PRN-PE) anunciou: "Ele vai vir em pessoa e soltar os cachorros".

Seus advogados defendiam a ida, mas havia também os que preferiam que ele faltasse, acusando cerceamento de defesa para justificar novo adiamento.

Na véspera, o porta-voz Etevaldo Dias dizia que Collor "tendia a comparecer" e repetia o que ele prometia há meses: "Jamais renunciará".

Em muitas ocasiões, nem deu abertura a aliados que defendiam a entrega do cargo exporem argumentos.

No dia D, minutos após o início da sessão, para a surpresa dos aliados, Collor deu sua última cartada para tentar se livrar ao menos da perda de direitos políticos.

Não foi ao Senado, descumpriu a promessa e renunciou à presidência da República.

Chico Buarque irá ao Senado para ver defesa de Dilma

CHICO DECLARA ABERTOS OS JOGOS FORA TEMERComo um furacão, o lendário compositor Chico Buarque de Hollanda deu literalmente o pontapé inicial nos jogos da re-existência olímpica e levou ao delírio todo Canecão num canto uníssono:APESAR DE VOCÊ AMANHÃ HÁ DE SER OUTRO DIA...  
Chico Buarque irá ao Senado para assistir à defesa da presidente afastada, Dilma Rousseff, na sessão do impeachment nesta segunda-feira (29). Ele foi um dos cerca de 20 convidados da presidente afastada. Dilma pediu para que o Senado autorizasse a entrada de algumas pessoas escolhidas por ela, entre elas o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A presença de Buarque foi confirmada na madrugada desta segunda.

Buarque participou de programas eleitorais de Dilma e, desde o início do processo de impeachment, militou (foto) contra o seu afastamento.