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terça-feira, 30 de junho de 2015

Lula cobra reação e 'volta por cima' do PT

Ricardo Stuckert/ Instituto Lula: <p>Brasília- DF- Brasil- 29/06/2015- O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se reúne, com as bancadas do PT no Senado e na Câmara. Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula</p> 
Para o ex-presidente, falta "rumo" aos petistas porque o governo não consegue sair da defensiva, após as denúncias que bateram à porta do Palácio do Planalto com a Operação Lava Jato, da Polícia Federal. "O PT tem tudo para ressurgir com força, desde que saiba se articular com os movimentos sociais", afirmou Lula, de acordo com relato do senador Paulo Paim (PT-RS). O petista gaúcho foi um dos três parlamentares que votaram contra as medidas do ajuste fiscal, no Senado. Para o ex-presidente, não existe saída individual para a crise. "É preciso virar a página. Vamos para o enfrentamento", disse Lula.

Para evitar vazamentos da reunião, como o ocorrido no encontro com os religiosos, em São Paulo, quando Lula afirmou que ele e Dilma estavam "no volume morto", o presidente do PT, Rui Falcão, pediu que todos deixassem os celulares fora da sala.

Enquanto Lula tentava descobrir uma solução para a crise política, que se agrava a cada dia, a presidente Dilma Rousseff se encontrava com o colega norte-americano Barack Obama, em Washington.

Mercadante
- À tarde, horas antes de se reunir com deputados e senadores do PT, na tentativa de dar voz de comando à bancada petista no Congresso, Lula telefonou para o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e não escondeu a preocupação com o governo. Mercadante teve o nome citado pelo empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC e delator do esquema de corrupção na Petrobrás.

Lula sempre defendeu a saída de Mercadante da articulação política do governo. O vice-presidente Michel Temer assumiu esse papel, mas Lula e Mercadante ainda se estranham. Agora, o ex-presidente avalia que, se houver mais desdobramentos da Lava Jato, será preciso fazer mudanças na equipe de Dilma.

Pessoa disse que Mercadante recebeu R$ 250 mil "por fora" na campanha ao governo de São Paulo, em 2010. O ministro negou com veemência a acusação e contou ter recebido R$ 500 mil, em duas contribuições "legais e registradas" de R$ 250 mil cada uma. O delator também citou o ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, em seu depoimento ao Ministério Público. Segundo Pessoa, a UTC repassou a Edinho - que era tesoureiro da campanha de Dilma, em 2010 - R$ 7,5 milhões, segundo a Revista Veja. Conforme revelou o estadão.com.br na sexta-feira, Pessoa diz ter repassado, via caixa 2, R$ 3,6 milhões aos ex-tesoureiros petistas José de Filippi, responsável pelas contas da campanha de Dilma em 2010, e João Vaccari Neto entre 2010 e 2014. A quantia foi doada, de acordo com Pessoa, porque Edinho teria feito uma ameaça. "O senhor quer continuar tendo contratos com a Petrobrás?", perguntou o então tesoureiro, segundo o empreiteiro. Edinho desmente.

Na tentativa de encontrar uma solução para o momento que chamou de "dramático", Lula também se reuniu ontem com o jornalista João Santana. Marqueteiro que ajudou a reeleger Dilma, Santana está atuando na campanha presidencial de José Manuel De La Sota, na Argentina, mas concordou em produzir o programa de TV do PT, que irá ao ar no dia 6 de agosto.

Na manhã de hoje, ele tem um café marcado com o presidente do Senado,Renan Calheiros (PMDB-AL). Apesar de aliado, Renan tem criado muitos problemas ao Planalto desde que o seu nome entrou na lista dos investigados na Lava Jato.  (Estadão)
Leia também >Lula pede PT mais unido em defesa do governo

Para Dom Orani, redução é contra os planos de Deus

Dom Orani: Deus não quer ninguém na cadeia, muito menos adolescentes. Foto: ArqRio
O Arcebispo do Rio, cardeal Dom Orani Tempesta, é totalmente contrário à redução da maioridade penal, posição que a Pastoral do Menor, órgão da Igreja, já manifestou desde o ano passado. “Para Deus existe somente um caminho: garantir a vida e vida em abundância a crianças e adolescentes por meio de políticas públicas universalizadas, que permitam que elas se desenvolvam num contexto de possibilidades e oportunidades”, diz.

Dom Orani é um dos debatedores do terceiro encontro da série “Mais convivência, menos violência”, que acontece hoje, a partir de 19h30, no Circo Crescer e Viver, na Cidade Nova. Para o religioso, se a prisão pura e simples resolvesse os problemas, nosso país seria “um oásis”, já que temos a terceira maior população carcerária do planeta. “A Pastoral do Menor tem plena certeza, quer seja do ponto de vista legal, humano e, sobretudo cristão, de que a redução da maioridade penal e qualquer outra proposta de redução dos direitos de crianças e adolescentes vai não somente contra o Estatuto da Criança e do Adolescente, mas também aos planos de Deus”, garante.

O religioso não tem dúvidas de que a redução da maioridade penal, ao contrário do que pregam os seus defensores, teria efeitos negativos sobre a segurança. “Nós sabemos o que acontece: a prisão não reeduca e, pensando apenas em punir, oferece a ocasião de um aprendizado maior do crime. Deus não quer ninguém na cadeia, sobretudo crianças e adolescentes!”.

Dom Orani – que sofreu um assalto no ano passado, no caminho de sua casa, no Sumaré, para o trabalho, na Glória – lamentou a forma como o debate sobre o combate á violência no país. “Muitos querem banalizar e esconder as reais causas. As políticas e ações de natureza social que desempenham um papel importante na redução das taxas de criminalidade são quase nulas ou inexistentes. As causas da violência e da desigualdade social não se resolverão com adoção de leis penais mais severas ou de redução da maioridade. Essa discussão no Congresso está sendo feita de afogadilho”. (O Dia)

Neymar passa a noite com filha de Renato Gaúcho

Na coluna de Leo Dias - Jornal O Dia
Neymar está entre nós. Em sua temporada no Rio, o atacante fez o que mais gosta além de jogar bola: circular com belas mulheres. No último domingo, ele chegou ao hotel Windsor acompanhado da bela modelo Carol Portaluppi, filha de Renato Gaúcho.
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Os dois entraram juntos por volta das 7h15 da manhã, no carro de Neymar, um KIA branco, placa AXX-XX04 (a coluna ocultou os primeiros números da placa por questões de segurança), de São José dos Pinhais. O carro entrou pelos fundos do hotel. Carol saiu do Windsor de táxi, sozinha, por volta das 14h.
Foto: Divulgação
Neymar saiu em seguida, em seu possante carrão, rumo à casa de Thiaguinho e Fernanda Souza, onde rolou uma festinha. Mais tarde, o jogador foi fotografado assistindo ao show da Anitta na boate 021 — sem a companhia da filha de Renato Gaúcho, diga-se de passagem. A coluna entrou em contato com Carol Portaluppi através do aplicativo WhatsApp, mas a modelo parou de responder quando explicamos o assunto…

Sob tutela de Manoel Ribeiro, Remo apresenta nova diretoria

O pedido de licença de Pedro Minowa diante da iminente Assembleia Geral, que pode determinar seu impeachment do cargo de presidente do Condir (Conselho Diretor) do Remo, fez com que o clube passasse a ser comandado integralmente pelo líder do Condel (Conselho Deliberativo), Manoel Ribeiro. Ontem (29), o novo - e temporário - mandatário azulino tomou sua primeira decisão e trocou os responsáveis por cinco departamentos do Leão.

O setor mais modificado foi justamente o de futebol. O diretor Cláudio Bernardo saiu para a entrada de uma comissão formada por Dirson Medeiros, Milton Campos e Sérgio Dias, que adiantou à reportagem do ORM News quais são os primeiros passos do grupo:

'Estamos correndo atrás de recursos para pagar os 50% do mês de abril. Depois disso, vamos definir a situação de Paragominas. Já estamos em conversas adiantadas com a prefeitura de lá para receber os três jogos de punição da Série D do campeonato brasileiro', disse.

Vale destacar que, além dos 50% de abril, a diretoria também deve a totalidade da folha salarial de maio (algo em torno de R$ 400 mil), tendo o mês de junho a vencer na próxima sexta-feira (10).

Os outros departamentos alterados foram o Financeiro, com a entrada de Aldemar Barra no lugar de João Mota, e a oficialização de Helder Cabral como diretor de estádio. Nas categorias de base, a liderança será compartilhada por Paulo Araújo e Fábio Cebolão.

Apesar de ter sido um dos investigados por cometer irregularidades na gestão, Fábio Bentes foi reconduzido ao cargo de diretor de marketing remista, vaga que estava desocupada desde o pedido de licença do então diretor, José Lucas Neto. (OrmNews)

Gente que brilha: CÉLIO SIMÕES DE SOUZA

Pelo TRT da 8.ª Região, o nome do advogado Célio Simões de Souza foi aprovado por unanimidade para receber a Comenda da Ordem do Mérito "Jus et Labor", destinada a agraciar pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que tenham prestado relevantes serviços ao País, à Justiça do Trabalho e à 8.ª Região em particular.

A atuação de Célio, no Judiciário Trabalhista, vem desde 1975, completado neste ano de 2015 40 ANOS DE ATIVIDADE PROFISSIONAL, tendo chegado nesse interregno a ser patrono de mais de 10 (dez) sindicatos e associações de trabalhadores, afora a assistência jurídica "pro bono" que prestou às famílias carentes dos bairros periféricos da nossa Capital, como membro da extinta União dos Juristas Católicos de Belém (patronada pelo estimado Dom Vicente Zico), que lhe valeu uma especial benção apostólica enviada do Vaticano pelo saudoso Papa João Paulo II.

A entrega da insígnia deve ocorrer no próximo mês de setembro, em dia e local a ser fixado pelo TRT/8, para o comparecimento de familiares e amigos dos agraciados.

Dilma é alvo de protestos durante visita aos EUA

Antes de participarem do jantar na Casa Branca oferecido pelo presidente Barak Obama, a presidente Dilma Rousseff e sua comitiva passaram ao largo de quatro brasileiros que hostilizavam as autoridades aos gritos de “Fora Dilma”, “Fora Lula” e “Fora PT”. Os manifestantes estavam a cerca de 100 metros atrás de grades que isolaram o entorno da residência de hóspedes oficiais do governo norte-americano, a Blair House. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, viu a cena.

O jantar na Casa Branca foi o segundo compromisso de Dilma, em Washington, onde a presidente brasileira faz uma visita a convite de Obama. A visita oficial era para ter ocorrido em outubro de 2013, mas foi cancelada por Dilma após episódio de espionagem envolvendo a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos.

Em um compromisso que não constou da agenda oficial dos dois presidentes, Dilma foi recebida por Obama, na Casa Branca, e, em seguida, os dois seguiram no mesmo carro para uma rápida visita ao memorial de Martin Luther King, que durou menos de dez minutos. Apesar de a visita ter ocorrido por volta das 16h30, o memorial teria sido escolhido para abrir a visita oficial porque Luther King lutou por igualdade, justiça, contra o racismo e a intolerância, valores compartilhados pelos dois países.

Cardápio - Dilma saiu cerca de dez minutos atrasada para o jantar, que foi servido no salão Azul da Casa Branca. No cardápio, entrada de tomates, mozarela e óleo de manjericão e brusqueta de berinjela. Foi servido ainda salada de espinafre, carneiro grelhado com cuscus de couve-flor grelhada e, de sobremesa, bolo de banana com coco com sorvete de café, regado a vinhos tinto e branco. Pelo menos, oito ministros acompanharam Dilma no jantar: Mauro Vieira (Relações Exteriores), Jaques Wagner (Defesa) Joaquim Levy (Fazenda), Izabella Teixeira (Meio Ambiente) Kátia Abreu (Agricultura), Armando Monteiro (Desenvolvimento, Industria e Comércio), Nelson Barbosa (Planejamento) e Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia).

Nesta terça, o primeiro compromisso de Dilma será às 10 horas, quando se reúne com Obama, no salão Oval, para sessão de trabalho.

A previsão é de que 15 acordos de cooperação sejam assinados em áreas como previdência, meio ambiente, educação, agricultura e defesa. Ontem, o governo norte-americano anunciou a liberação da importação de carne in natura do Brasil. A resolução, que entrará em vigor dentro de 60 dias, diz que a carne brasileira pode ser importada de maneira “segura”.

Com a visita, o setor privado, por sua vez, espera que o Planalto e a Casa Branca deem largada às discussões de um acordo de livre comércio e iniciem negociações para acabar com a dupla tributação.  (Estadão)

O papa e a Amazônia

A encíclica Laudato Si’, do papa Francisco, dedicada a questões ambientais, também denominada Sobre o Cuidado da Casa Comum, entendida esta como Criação, suscitou enorme reação, sobretudo favorável. Poucas foram as vozes críticas. Isso se deve, principalmente, ao fato de o ambientalismo ser hoje uma nova forma de ideologia, fortemente compartilhada pela opinião pública, em especial nos centros urbanos.

Trata-se de documento muito bem escrito, em torno de 80 páginas, que se dedica ao que chama de “ecologia integral”, unindo questões propriamente ambientais com questões morais, sociais, religiosas e econômicas. Significa que, sob esse nome, o papa tem a pretensão de oferecer toda uma nova concepção de mundo, que, no seu entender, deveria passar a orientar a vida das pessoas em geral, independentemente de credos religiosos.

Sua encíclica, então, não está voltada exclusivamente para os católicos, mas para toda a humanidade, todos os habitantes da Terra. Mais ainda, visa a que se estabeleçam formas internacionais de controle de grandes empresas e países, a partir do fortalecimento de organismos internacionais e de atuação de ONGs ambientalistas e indigenistas.

O papa critica fortemente as grandes empresas internacionais que estariam preocupadas só em saquear os recursos naturais de regiões de grande biodiversidade como a Amazônia, a bacia do Congo e os grandes lençóis freáticos e glaciares. Aliás, são as três únicas regiões do mundo referidas no documento. Nesse sentido, ele seria contra a “internacionalização” política dessas áreas do planeta.
Leia mais > O papa e a Amazônia

Vale a pena ler: O PT e suas falácias

Editorial do jornal O Estado de São Paulo
Após a homologação pelo STF da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono das construtoras UTC e Constran e apontado como articulador do cartel de empreiteiras acusado de atuar no escândalo da Petrobrás, o PT tenta se defender com todos os recursos disponíveis das suspeitas que recaem mais pesadamente do que nunca sobre a rapaziada. Mobiliza uma ampla rede de militantes na internet, desmente tudo com hipócrita indignação e, no último fim de semana, escalou para falar ministros acusados de se beneficiarem da roubalheira. O repertório petista, quase sempre baseado no princípio de que a melhor defesa é o ataque, torna-se mais falacioso à medida que a pressão sobre o partido aumenta.

Um recurso recorrente da contraofensiva petista é a tentativa de desqualificar o instituto da delação premiada, colocando os denunciados na posição de vítimas de malvados fora da lei que pretendem apenas aliviar a própria culpa. Quem concorda em fazer um acordo de delação tem a intenção de, em troca, ver reduzida a pena a que vier a ser condenado. É o caso do próprio Ricardo Pessoa, que já se beneficia da prisão preventiva domiciliar monitorada por tornozeleira eletrônica. O que os petistas não contam é que uma delação premiada só é homologada pela Justiça – como o fez o ministro Teori Zavascki com o depoimento de Pessoa – após a comprovação de uma base factual que dê credibilidade às denúncias. Se o juiz entender que as denúncias são improcedentes, o acordo é anulado. Quer dizer: delator mentiroso não ganha nada com isso.

Outra esperteza petista, incorporada a seu discurso desde que o PT chegou ao poder e passou de estilingue a vidraça, é tentar se eximir de culpas com o argumento descarado de que seus adversários cometem exatamente os mesmos malfeitos que lhe estão sendo atribuídos. É a isonomia às avessas, segundo a qual todos são iguais não perante a lei, mas perante o crime: se meu adversário pode roubar, eu também posso.

Foi partindo exatamente desse raciocínio – de que roubar não faz mal porque todo mundo rouba – que o presidente Lula impôs, em nome da governabilidade, o peculiar “presidencialismo de coalização”, que justificou o PT ter renegado toda sua pregação histórica pela probidade na vida pública para se aliar aos mais notórios corruptos da política brasileira. De outra maneira, argumentam até os petistas bem-intencionados, “é impossível governar”. Deu no que está aí.

Outro truque a que os petistas – como, de resto, os políticos em geral – recorrem na maior caradura é garantir, invariavelmente, que todo o dinheiro recebido de empresas privadas constitui “doação legal” e “devidamente registrada” na Justiça eleitoral. Ora, o fato de uma doação estar registrada na contabilidade oficial do partido nada prova em relação a sua origem. É sabido, por óbvio, que nas relações com o poder público os empresários não fazem doação, mas um investimento que esperam recuperar com boa margem de lucro. E esse investimento pode ser o produto de chantagem ou das “regras do jogo”, como alegam os cínicos. Investigações como as que estão sendo realizadas com rigor e empenho pela Operação Lava Jato estão servindo para esclarecer de onde vieram as “doações legais” que alimentam os cofres partidários.

É óbvio também, quando se trata de receber “doações”, que quem está no governo leva enorme vantagem sobre quem não está e, portanto, pouco ou nada tem a oferecer em troca. Não é por outra razão que, na mamata da Petrobrás, o propinoduto estava montado para jorrar “doações” e “recursos não contabilizados” – para usar a expressão consagrada pelo primeiro tesoureiro petista a ir para a cadeia – nos cofres do PT e de seus dois principais aliados no governo, o PMDB e o PP.

Acusado por Ricardo Pessoa, o ministro Edinho Silva, chefe da Comunicação Social da Presidência, fez um bom resumo de todos os argumentos falaciosos do PT, ao protestar contra as “mentiras divulgadas pela imprensa”: “Causa-me indignação a tese de criminalização seletiva das doações da nossa campanha (de Dilma, em 2014). E acho estranho suspeitas colocadas apenas sobre as doações legais da campanha da presidente Dilma, enquanto outros partidos também receberam”. Se a defesa da elite do PT ficar nisso, as cadeias vão lotar.

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Processo é extinto e donos de bar são liberados da cadeia

Karllana e João. Reprodução Facebook
A justiça do Pará autorizou, no inicio da tarde desta segunda-feira (29), a liberação do casal Karllana Cordovil e João Paupério (foto acima), donos de um bar no bairro do Reduto em Belém, após três dias de prisão. Os dois foram inocentados, o inquérito policial foi fechado e o processo contra o casal foi extinto.

O juiz Flávio Sanches Leão, da Vara de Inquéritos e Medidas Cautelares, acatou as alegações da defesa do casal e determinou a expedição do alvará de soltura, afirmando que a prisão e operação policial foram ilegais. A decisão também pede a devolução do dinheiro apreendido no estabelecimento, pouco mais de R$ 1 mil, aos proprietários.

A Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) informou que o casal deve ser liberado ainda hoje.

Karlana e João, que é de nacionalidade portuguesa, foram presos sob acusação de tráfico de drogas na quinta-feira (25). No estabelecimento, conhecido como ‘8 Bar Bistrô’, a polícia encontrou 44 petecas de pasta base de cocaína.

Logo após a prisão, algumas pessoas próximas ao casal se manifestaram nas redes sociais, contrariando a ação da polícia e afirmando que a droga teria sido ‘plantada’ no local. Uma página no Facebook intitulada ‘Libertem Karlana e João’ foi criada e ganhou mais de quatro mil curtidas.

Manifestação - Na manhã desta segunda-feira (29), algumas pessoas se reuniram em frente ao Fórum Criminal da Capital com cartazes, pedindo a liberação de Karlana e João.

Defesa - Segundo decisão do juiz Flávio Sanches, a defesa provou que o casal denunciou tentativas de extorsão por parte dos policiais às corregedorias das polícias civil e militar.

'Não é comum que um traficante de droga se exponha voluntariamente diante da polícia. Portanto essa circunstancia torna incoerente a versão de que o estabelecimento comercial fosse um ponto de trafico de drogas', escreveu o juiz em sua decisão.

'Devem ser levados em conta, também, os documentos juntados pela Defesa, publicados pelo casal de presos no facebook, que já demonstra a preocupação antiga dos proprietários do estabelecimento em que a polícia pudesse imputar ao local a pecha de ponto de venda de drogas. Ou seja, mais uma atitude transparente que não condiz com a postura que um traficante de drogas tomasse, pois estes zelam pela segurança e relativa discrição de suas atividades', finalizou.

Outro lado - Procurada pelo ORM News, a Polícia Civil informou por meio de sua assessoria de comunicação que não é de sua responsabilidade se posicionar sobre uma decisão judicial.
A Polícia Militar se comprometeu a enviar nota oficial sobre o caso. (OrmNews)

PMDB queria dar posto vitalício para ex-presidentes

Durante as discussões da reforma política por pouco não foi aprovada a tese de os ex-presidentes da República se tornarem senadores vitalícios. A bancada do PMDB na Câmara dos Deputados apoiou em peso a ideia. Segundo as más línguas, na hora dos deputados baterem o martelo, porém, alguém lembrou que a presidente Dilma Rousseff também teria direito a se tornar senadora vitalícia. A proposta acabou não seguindo adiante. Não apenas o fato de Dilma ser senadora deve ter desencorajado a turma mas também a perspectiva da reforma política ser ainda mais criticada do que já foi… (Glamurama)

'Não respeito delator', afirma Dilma

A presidente Dilma Rousseff 
A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira, 29, que a contribuição de R$ 7,5 milhões da empreiteira UTC para sua campanha foi registrada e realizada de maneira legal. "Eu não respeito delator. Até porque eu estive presa na ditadura e sei o que é que é. Tentaram me transformar em uma delatora", afirmou a presidente em Nova York, em suas primeiras declarações públicas desde a divulgação da delação premiada do dono da empresa, Ricardo Pessoa.

Dilma ressaltou que a empresa também fez doações a seu adversário no segundo turno da eleição presidencial, Aécio Neves, em valores semelhantes aos recebidos por sua campanha. "Eu não aceito e jamais aceitarei que insinuem sobre mim ou a minha campanha qualquer irregularidade. Primeiro porque não houve. Segundo, se insinuam, alguns têm interesses políticos."

O terceiro motivo apresentado pela presidente para refutar as acusações foi o fato de ser mineira e ter crescido com lições sobre a Inconfidência Mineira. "E há um personagem que a gente não gosta, porque as professoras nos ensinam a não gostar dele. E ele se chama Joaquim Silvério dos Reis, o delator. Eu não respeito delator", observou, mencionando o homem que traiu os inconfidentes.
 
Apesar de criticar delatores, a presidente afirmou que a Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal devem investigar as acusações. "Tudo, sem exceção", ressaltou.

A presidente disse que tomará medidas contra Pessoa caso ele faça acusações contra ela. Quanto aos ministros mencionados na delação, Dilma afirmou que cabe a eles decidir o que fazer. Pessoa fez referência ao chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e ao secretário de Comunicação Social, Edinho Silva, que foi Tesoureiro da campanha de Dilma à reeleição.

Eleita no sábado, Miss Mundo Brasil perde coroa por não ser solteira

 Ana Luísa Castro, de 23 anos, foi eleita Miss Mundo Brasil 2015 representando Sergipe (Foto: Divulgação)
Pouco mais de 24 horas depois de receber a coroa de Miss Mundo Brasil, a candidata de Sergipe, Ana Luísa Castro, renunciou ao título conquistado no último sábado (27), em Florianópolis. De acordo com a organização, o "estado civil" de Ana Luísa fere o regulamento interno do concurso - só podem participar mulheres solteiras. Com a decisão, o posto será assumido pela segunda colocada, Catharina Choi Nunes, de 25 anos, representante de Ilhabela (SP).

Em nota, a organização do concurso informou que "o estado civil da miss não atende às exigências prescritas no regulamento, e ela optou por abrir mão do título". A organização do Miss Mundo Brasil afirmou que "não estava ciente do estado civil da candidata, que tem uma união homologada em outro país e decidiu por manter o processo de homologação para reconhecimento no Brasil".

Em nota enviada à organização, Ana Luísa Castro afirmou que tem uma "união" com um belga. Segundo ela, a "homologação" da união "pode se dar em um futuro próximo, o que poderia causar problemas para mim e para o concurso nacional". "Entrego a coroa e o título à vice Miss Mundo Brasil, com grande tristeza no coração", afirmou a miss, em nota.

Ana Luísa afirmou que a coordenação estadual do concurso estava ciente de seu estado civil, e que por isso seguiu com a candidatura. A organização nacional do concurso informou que está analisando o que ocorreu na esfera local para decidir que medidas tomará.

Em nota divulgada em sua página em uma rede social, o coordenador estadual de Sergipe do Miss Mundo Brasil, Fabiano Araújo confirmou que Ana Luísa havia informado sobre sua união, que estava em processo de homologação no Brasil.

"Mas tive consultorias de que ela poderia cancelar, se vencesse". Ele afirmou ainda que sempre agiu com "lisura" e que isenta a organização nacional do concurso "dessa situação". "Existiu um erro que deveria ter sido corrigido logo, mas não aconteceu", afirmou o coordenador local.

"Só após a coroação isso [impossibilidade de ser miss] me foi revelado. Asseguro que em nenhum momento agi de má fé", acrescentou a jovem.

"Espero manter o contato e amizade com a organização do Miss Mundo Brasil e que a segunda colocada possa assumir e honrar este título com a mesma intensidade que o fiz nesse curto período de tempo", disse a agora ex-Miss Mundo Brasil.

Nova miss
  Miss Ilhabela Catharina Choi Nunes, que ficou em 2º lugar, vai assumir o título no lugar da Miss Sergipe (Foto: Leonardo Rodrigues/MMB)
A nova miss tem ascendência coreana e é a primeira oriental a conquistar o título no Brasil, segundo a organização nacional do Miss Mundo Brasil. Catharina Choi tem 1,77 m de altura e é estudante de Comunicação Social. Ela já foi apresentadora de TV na Coreia do Sul. A nova miss vai representar o Brasil no concurso Miss Mundo, que acontece em dezembro, na China.

Caprichoso supera temporal e vence o 50º Festival de Parintins

Superação - A palavra marca o 21º título do Caprichoso, grande campeão do 50º Festival Folclórico de Parintins. Com 12,5 pontos de diferença, o bumbá azul e branco superou o rival Garantido mesmo após ter enfrentado um temporal na primeira noite de apresentações, dia 26. A chuva que varreu Parintins levou o Caprichoso a cancelar o ritual indígena da primeira noite e adotar uma série de adaptações nas noites seguintes.

Mas valeu a pena. E o boi venceu o rival inclusive na noite da chuva. O tema deste ano, “Amazônia”, encantou jurados e os torcedores. O Caprichoso levou para a arena do bumbódromo o amor pela floresta em três capítulos: “Amazônia, o Encontro dos Povos”, “A Arte da Criação” e “Amazônia nas Cores do Brasil”.

O presidente da agremiação, Joilto Azedo, comemorou o título, primeiro de sua gestão. “A chuva que enfrentamos na primeira noite impulsionou nossos artistas e nossa torcida. Isso é incontestável. Mas é importante destacar que o Caprichoso se preparou para ser campeão", disse ele, ressaltando os meses de trabalho – iniciados em setembro de 2014 – e os reforços que fez no Conselho de Arte do boi, chamado por ele de "espinha dorsal do boi". 

 
Protesto - Ao final da apuração, o presidente do Garantido, Adelson Albuquerque, protestou contra o resultado, que ele chamou de vergonhoso. "Peço desculpas aos patrocinadores e ao torcedor que veio a Parintins. O que aconteceu aqui é lamentável". Mais cedo, o Garantido entrou com pedido para anular a apuração. O documento, com referências à denúncia de manipulação de jurados, foi desconsiderado pela Comissão Julgadora, que impugnou o pedido. O boi vermelho, que tem 30 títulos, venceu as duas últimas edições do festival. Confira mapa da apuração.

Vale a pena ler: O papa e a Amazônia

Por Denis Lerrer Rosenfield, professor de filosofia - O Estado de S. Paulo
A encíclica Laudato Si’, do papa Francisco, dedicada a questões ambientais, também denominada Sobre o Cuidado da Casa Comum, entendida esta como Criação, suscitou enorme reação, sobretudo favorável. Poucas foram as vozes críticas. Isso se deve, principalmente, ao fato de o ambientalismo ser hoje uma nova forma de ideologia, fortemente compartilhada pela opinião pública, em especial nos centros urbanos.

Trata-se de documento muito bem escrito, em torno de 80 páginas, que se dedica ao que chama de “ecologia integral”, unindo questões propriamente ambientais com questões morais, sociais, religiosas e econômicas. Significa que, sob esse nome, o papa tem a pretensão de oferecer toda uma nova concepção de mundo, que, no seu entender, deveria passar a orientar a vida das pessoas em geral, independentemente de credos religiosos.

Sua encíclica, então, não está voltada exclusivamente para os católicos, mas para toda a humanidade, todos os habitantes da Terra. Mais ainda, visa a que se estabeleçam formas internacionais de controle de grandes empresas e países, a partir do fortalecimento de organismos internacionais e de atuação de ONGs ambientalistas e indigenistas.

O papa critica fortemente as grandes empresas internacionais que estariam preocupadas só em saquear os recursos naturais de regiões de grande biodiversidade como a Amazônia, a bacia do Congo e os grandes lençóis freáticos e glaciares. Aliás, são as três únicas regiões do mundo referidas no documento. Nesse sentido, ele seria contra a “internacionalização” política dessas áreas do planeta.

Aparentemente, ele seria contra a internacionalização da Amazônia, entendida como uma forma de dominação de grandes empresas e dos países mais desenvolvidos. A imprensa nacional tomou essa formulação pelo valor de face, ressaltando o fato de o Santo Padre defender a soberania nacional, no caso brasileiro, da Amazônia. Logo, o Brasil não teria com o que se preocupar. Uma leitura atenta do documento, contudo, permite desvelar outra concepção.

A Amazônia, mais especificamente, é considerada um dos grandes pulmões do planeta. É vital para o conjunto da Terra, enquanto Criação divina, e para o futuro da humanidade. Ou seja, ela não pode ficar à mercê dos grandes “interesses econômicos internacionais” – nem, poderíamos acrescentar, da soberania do Brasil, pois ela é, na verdade, um patrimônio internacional, da humanidade, uma obra-mestra da Criação, foi Deus o seu artífice.

Atentar contra a Amazônia significaria atentar contra um pulmão do mundo, talvez o mais importante, e, teologicamente, contra a Criação. Isto é, moral e religiosamente o Brasil se veria destituído de soberania sobre essa porção de seu território.

Em linguagem papal, “torna-se indispensável criar um sistema normativo que inclua limites invioláveis e assegure a protecção dos ecossistemas, antes que as novas formas de poder derivadas do paradigma tecno-económico acabem por arrasá-los não só com a política, mas também com a liberdade e a justiça” (a ortografia é de português de Portugal).

O novo sistema normativo, moralmente fundado, passaria a ser exercido por organismos internacionais e ONGs nacionais e internacionais, ambientalistas e indigenistas, que passariam a ditar o que pode ou não ser feito neste enorme território nacional. A decisão última seria transferida do Estado nacional para elas, contando, internamente, com a participação ativa – e decisiva – da CNBB e de seus órgãos, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e a Comissão Missionária Indigenista (Cimi). Ou seja, um país como o Brasil poderia perder “religiosamente”, “moralmente”, “ecologicamente” e “socialmente” a Amazônia, que passaria a ser controlada por essa nova espécie de poder.

A construção da Usina de Belo Monte e outras na Amazônia se tornariam inviáveis. Na perspectiva papal, os interlocutores privilegiados seriam os indígenas e, principalmente, seus porta-vozes de ONGs e movimentos sociais, pois deveria caber essencialmente às “populações aborígines” o cuidado da “Casa Comum”. Não poderia um país decidir o que fazer com o pulmão do mundo, que seria, moralmente e religiosamente, propriedade de todos os membros do planeta, da Obra divina. O Brasil deveria, realmente, abdicar de sua soberania.

Seguindo a linha dos movimentos sociais, centra sua crítica no agronegócio em geral, principalmente na monocultura e nas empresas proprietárias de grandes extensões de terra. Seu elogio reside no acolhimento da agricultura familiar, da pequena propriedade e das populações aborígines. O “clamor da natureza” se identificaria com o “clamor dos pobres”. Salientem-se igualmente suas constantes investidas contra o “lucro” e o “egoísmo”. Sua concepção está baseada numa relativização da propriedade privada.

Há, portanto, nesse documento uma confluência de questões ambientais, religiosas, morais e sociais, fazendo dos porta-vozes dos pobres e de questões ambientais os verdadeiros representantes de uma nova humanidade a ser construída. As ONGs ambientalistas e indigenistas são, então, erigidas em novo poder mundial – entendido como se fosse uma espécie de poder moral. Elas se estariam tornando uma espécie de novo Evangelho, como se suas concepções pudessem ser, de certa maneira, identificadas como uma nova forma de religiosidade universal. Isso é, elas passariam a ser um tipo de poder supranacional que contaria com o beneplácito da Igreja, que as sustentaria nas críticas que recebem dos países onde operam.

Os movimentos sociais de esquerda e as ONGs ambientalistas e indigenistas nacionais e internacionais seriam, nessa perspectiva, não apenas os representantes dessa nova humanidade, mas os interlocutores privilegiados do mundo político em escala planetária. Teríamos, aqui, uma nova forma de poder político, tido por moral em sua essência, que não poderia ser limitado por nenhuma forma de poder nacional.
Leia também> A encíclica do Papa Francisco repercutirá no direito ambiental

Dirigente da CBF diz que Dunga está prestigiado na Seleção

 
A dor de cabeça provocada pela pífia atuação contra o Paraguai e a eliminação na Copa América, nos pênaltis, não será curada com um simples analgésico. O remédio para pôr fim ao mal que tomou conta do Brasil após a overdose de fracassos iniciada nos 7 a 1 para a Alemanha, no Mundial, exigirá tratamento de choque — dentro e fora de campo. Não se sabe, porém, se Dunga será o especialista encarregado de ressuscitar a tradição da Amarelinha já nas Eliminatórias para a Copa de 2018.

A cúpula da CBF vai se reunir na segunda-feira para decidir o futuro do treinador. Embora o secretário-geral da entidade, Walter Feldman, garanta que ele está seguro, não se descarta uma mudança no comando da equipe — a decisão final está nas mãos do presidente Marco Polo del Nero.

“Planejamos um período da Seleção para a retomada de suas características. Não tem isso de perder vai cair. O Dunga está seguro, prestigiado”, disse Feldman, acrescentando que o planejamento da CBF para a Seleção é a longo prazo.

Fato é que o comandante terá de ser cirúrgico para encontrar a receita ideal e livrar a Seleção do vírus da ‘Neymardependência’, da falta de craques, de garra e de ousadia. Com o futebol pentacampeão mundial no CTI, é preciso se chegar a um diagnóstico.

O dado por Dunga — dores nas costas, ânsia de vômito e o mal-estar no corpo de vários jogadores antes do jogo com os paraguaios — não altera o (febril) quadro vigente. Como de médico e louco, diz o provérbio, todos temos um pouco, o treinador, tal qual um doutor, garante ter a cura.

“Tirei muitas lições na Copa América. Agora é hora de arregaçar as mangas”, disse ontem no desembarque em São Paulo, onde ouviu gritos de “Fora, Dunga!” — Firmino foi chamado de mercenário.

Fundo Partidário: Grande negócio

Os dez partidos mais beneficiados pelo Fundo Partidário em 2015, um ano não eleitoral, já receberam mais de R$ 71 milhões até maio. O “pote” de dinheiro público do Fundo totaliza R$ 300 milhões este ano. 
O PT foi o que mais embolsou dinheiro do Fundo Partidário, este ano: R$ 13,2 milhões. O PSDB é segundo (R$ 10,8 milhões), seguido por PMDB (R$ 10,6 milhões), PP (R$ 6,3 milhões) e PSB (R$ 6,2 milhões).

Miss Mundo Brasil e Mister Brasil são eleitos em Florianópolis

Representante de Sergipe, Ana Luísa Castro, de 23 anos, foi eleita na noite de sábado (27) a nova Miss Mundo Brasil. A jovem, natural de Vitória, é a segunda negra a vencer em mais de 50 anos de concurso, segundo a organização. A primeira foi Joyce Aguiar, de São Paulo, há 14 anos.

A final aconteceu em Florianópolis, pelo segundo ano consecutivo. Ana Luísa, que é modelo e tem 1,77 m de altura, venceu outras 36 candidatas e vai representar o Brasil no concurso Miss Mundo, que acontece em dezembro, na China.

A representante de Ilhabela, Catharina Choi Nunes, ficou em segundo lugar, e a de Mato Grosso do Sul, Paula Gomes, em terceiro.
Ana Luísa Castro, de 23 anos, foi eleita Miss Mundo Brasil 2015 representando Sergipe (Foto: Divulgação)
Também foi eleito o novo Mister Brasil. Anderson Tomazini, de 26 anos, natural de Brasília, venceu o concurso representando Ilhabela, SP.

Anderson, de 1,85 m, é administrador e modelo. O jovem deve representar o país no concurso Mister International, já que o vencedor de 2014 irá para o Mister Mundo. As duas competições ainda não têm data definida.

Em segundo lugar ficou o representante da capital paulista, Giba Pignatti, e em terceiro, o candidato da Ilha de São Francisco do Sul, Eduardo Mocelim.
 Rrepresentante de Ilhabela, SP, Anderson Tomazini venceu o Mister Brasil 2015 (Foto: Divulgação)

Mais de 120 concursos abertos somam 23,4 mil vagas em todo o país

Pelo menos 124 concursos públicos no país estão com inscrições abertas nesta segunda-feira (29) e reúnem 23.419 vagas em cargos de todos os níveis de escolaridade. Os salários chegam a R$ 28.947,54 no Tribunal de Contas do Amazonas.

Além das vagas abertas, há concursos para formação de cadastro de reserva – ou seja, os candidatos aprovados são chamados conforme a abertura de vagas durante a validade do concurso.

Veja como fazer inscrições, aqui > s Concursos têm salários de até R$ 28,9 mil

Garantido exalta renascimento, força e vida em sua última noite no Festival

O renascimento do boi Garantido, da força e da vida foram o combustível da terceira apresentação do bumbá vermelho no 50º Festival Folclórico de Parintins. O tema da noite, “Vida e Renascimento”, deu asas à renovação. “Parintins não é um lugar perdido, tem seu renascimento na arte e no povo amazonense”, destacou o apresentador Israel Paulain, pouco antes de iniciar do boi encarnado desfilar na arena.

Uma das primeiras alegorias da noite trouxeram uma versão imensa do pai Francisco com Lindolfo Monteverde, em um cavalo de pano. Em seguida, coração gigante com uma coroa pousada no topo trouxe para a arena a Sinhazinha da Fazenda, Ana Luisa Faria, que anunciou estar em seu último festival. A sinhá veio acompanhada do seu pai na história, o amo-do-boi, interpretado por Tony Medeiros, e pela Mãe Catirina e Pai Francisco.

A alegoria trazia a verdadeira história do auto do boi vermelho. No enredo, Chico havia matado o boi favorito do amo. De tanta tristeza, ele recorre ao pajé curandeiro, vivido por André Nascimento, para ressuscitar o bumbá. Após a ressurreição do boi, ele começa a brincar e é hasteado por uma garça pela arena do Bumbódromo. Quem o acompanha em solo é a vaqueirada do Garantido. Em seguida, a porta-estandarte Daniela Tapajós sai do coração gigante coma coroa no topo e evolui na arena.

Apresentado como “criador e criatura”, o tripa do boi Denildo Piçanã tirou a fantasia em meio à arena por alguns minutos e foi ovacionado pela galera vermelha e branca. Um dos momentos de nostalgia pura foi protagonizado pelo levantador de toadas Sebastião Júnior, que cantou a tradicional “Lamento de Raça”, composta pelo lendário Emerson Maia. Antes de cantar, o cantor seguiu com uma comovente introdução em uma flauta, mostrando seus dotes como músico.

O pajé André Nascimento evoluiu na arena em meio às tribos indígenas de uma forma emocionante: enquanto a tribo fazia coreografias circulares em torno dele, o conselheiro espiritual e místico dançava no meio do círculo, que tinha uma iluminação dourada. Os movimentos do pajé faziam com que a luz se propagasse e ficasse similar ao sol. Em seguida, uma alegoria do Lindolfo Monteverde vestido de pescador trazia a Rainha do Folclore, Isabelle Nogueira.

A própria Rainha do Folclore fez uma participação especial no momento mais emocionante da noite: a representação da vida por meio da maternidade. Conduzida em meio às mães guerreiras da tribo que estavam gestantes, ela evoluiu e, em uma bela interpretação cênica, fez um parto no meio da arena. A cunhã-poranga Verena Ferreira surgiu na alegoria da lenda Ukarãmã, presa aos pés de uma arara vermelha gigante, que conforme subia e seguia para frente a movimentava pela arena. Para encerrar a noite, o boi Garantido gigante foi hasteado nos altos da arena e trouxe um letreiro luminoso com os dizeres “50 anos de festival – Vida”.

Caprichoso apresenta o espetáculo ‘Nas Cores do Brasil’ em sua última noite de Festival

O Boi Bumbá Caprichoso apresentou em sua última noite do 50º Festival Folclórico de Parintins  o espetáculo “Nas Cores do Brasil”, com as diversas expressões de alegria, através da exaltação Folclórica, com todos os ritmos e estórias mostrando a diversidade do País.

Com muitos cânticos, danças e pajelanças do Pajé Ashaninka, o ritual Kamarampi, alegoria do artista Jucelino Ribeiro e equipe, surgiu na arena do Bumbódromo, com os índios do rio Amônia, que acreditam que quando a lua canibal devora o sol no eclipse solar, os portais de Sarinkavéni, o inferno Ashaninka, também conhecido como “a gigante gaiola das feras sobrenaturais”, se abrem dando passagem ao caos e a destruição do cosmos Ashaninika.

O artista Juarez Lima foi o responsável pela execução da Lenda Amazônica, “Serpentárias”, que contará a estória de Honorato e sua irmã Maria Caninana, que nasceram no Paraná do Cachoeirí, entre o Rio Amazonas e o Rio Trombetas. A mãe sentiu-se grávida quando se banhava no rio claro.
Os filhos eram gêmeos e vieram ao mundo na forma de duas serpentes escuras. Após batizá-los, a tapuia, os jogou nas águas do Paraná, porque não podiam viver em terra.

A ideia do boi azulado foi mostrar, através dessa alegoria, as aventuras dos irmãos que dissertam sobre o bem e o mal que carregam os mitos e as lendas da Amazônia. Traduzindo em poesia, a crendice amazônica, recorrendo a utopias, mistérios e temores.

domingo, 28 de junho de 2015

Obra do lago de Belo Monte espalha caos

“Corre, João Vitor!”, grita Maria das Graças para o filho. Sem tempo para mais nada, pega o garoto pelo braço, abre o portão e sai. O trator avança nas paredes da casa vizinha. São menos de dois minutos até tudo ir abaixo. Em três dias, será a vez de a casa de Maria das Graças cair. Ela assiste de longe, sem largar as mãos do garoto. Duas semanas atrás, um caminhão carregado de entulho derrubou o poste de sua casa e lançou a viga de madeira sobre ela, abrindo um rasgo em sua cabeça. A mulher desmaiou e foi socorrida pelo filho. Levou nove pontos. Desde então, não consegue mais dormir direito.

Em cada esquina de Altamira, histórias como a de Maria das Graças proliferam entre as pilhas de entulho e a derrubada constante de casas e barracos, que já somam 4 mil demolições. Muitas vão cair. Cerca de 1.100 casas. Há pressa. É hora de abrir espaço para encher o lago da hidrelétrica de Belo Monte. É hora de barrar o Rio Xingu.

A corrida frenética dos reassentamentos causada por Belo Monte envolve 7,8 mil famílias – ou cerca de 27 mil pessoas –, impactadas pela obra da quarta maior hidrelétrica do mundo, que neste mês, completa quatro anos de construção no coração do Pará.

A concessionária Norte Energia, dona da usina, devia ter ligado a primeira turbina em fevereiro. Atrasada, corre contra o relógio para retirar, nos próximos dois meses, milhares de imóveis que estão na orla de Altamira, liberando a área para subir o nível do rio e entregar energia a partir de novembro.

Altamira, município que vai trocar a paisagem de um rio pela de um reservatório, mais parece um cenário de guerra, com casas destruídas e escombros por todo lado. A derrubada e retirada de milhares de toneladas de material é uma exigência do licenciamento. Entre os milhares de moradores que ainda não trocaram de endereço, o clima é de apreensão, e por vezes, de revolta.


Caos - “A cidade é um caos hoje. Vai precisar de, no mínimo, três anos para voltar à normalidade”, admite o prefeito de Altamira, Domingos Juvenil (PMDB). À frente do município desde 2013, ele diz que boa parte da culpa pela convulsão que toma conta da cidade é da gestão pública. “A origem do caos é o impacto causado pela construção [DA USINA], mas muito disso se deve aos governos do Estado e do município, porque não houve ações antecipatórias que pudessem minimizar esse caos.”

Discutida há 40 anos, Belo Monte escreve linha a linha em Altamira o mesmo roteiro de outras cidades da Amazônia que já receberam grandes projetos hidrelétricos. O município, que em 2010 tinha cerca de 100 mil habitantes, viu sua população subir para mais de 150 mil pessoas. Neste período, já recebeu da concessionária Norte Energia R$ 3,092 bilhões para minimizar os impactos e melhorar as condições de vida.

O resultado mais aparente das mudanças está na retirada de milhares de famílias que viviam em palafitas precárias e insalubres nos igarapés à beira do Xingu. Quase todas as casas de madeira já foram destruídas e a população, levada para os bairros que a empresa ergueu fora da cidade. No mais, Altamira continua a ser a mesma cidade precária, incapaz de traduzir os benefícios de sediar um empreendimento hoje avaliado em R$ 32 bilhões e que terá capacidade de entregar energia para 18 milhões de famílias.

Violência - As ações compensatórias atreladas a Belo Monte acabam de ser medidas pelo Instituto Socioambiental (ISA), a partir de dados oficiais, entrevistas na região e artigos de 20 especialistas. O levantamento mostra que, entre 2011 e 2014, o número de assassinatos na cidade saltou de 48 para 86 casos por ano. Acidentes de trânsito, furtos e roubos mais que duplicaram nesse período. O principal hospital da cidade só ficou pronto em março deste ano e ainda tem pendências para operar, porque o município não tem orçamento suficiente para administrá-lo. Faltam itens como leitos para atendimento e internação.

No saneamento básico, a promessa era entregar para 100% da população uma rede de água e esgoto “igual à da Suíça”, mas o projeto ainda não saiu do papel. As estações de tratamento e as tubulações centrais estão prontas, mas as conexões com as casas foram alvo de um ano de discussões e intrigas entre a concessionária, o município e o Estado. Na última semana, resolveu-se finalmente que a prefeitura ficará responsável pelas ligações até as casas e que a Norte Energia pagará a conta.
O fim das obras dos 'barrageiros'
Os mais de 24 mil trabalhadores que hoje atuam diretamente nos canteiros de obra de Belo Monte estão em vias de fechar um ciclo. Muitos desse barrageiros – como são conhecidos os funcionários que atuam na construção de hidrelétricas – são da própria região de Altamira, mas uma grande parte desse contingente também saiu do Rio Madeira, em Porto Velho (RO), por conta das desmobilizações nas usinas de Jirau e Santo Antônio.

Ocorre que a próxima grande hidrelétrica que manteria o emprego desse exército de trabalhadores, a usina de São Luiz, prevista para ser erguida no Rio Tapajós, em Itaituba (PA), ainda está longe de se tornar realidade, dada a extrema complexidade ambiental que envolve o projeto. Sem licenciamento, rodeada por florestas protegidas e aldeias indígenas, a usina estimada em mais de R$ 30 bilhões ainda é uma incógnita.

Essa situação é agravada ainda mais por conta dos esquemas de corrupção em que se meteram as principais empreiteiras do País. Trata-se de um grupo de empresa que joga papel central na construção e na formação de sociedades para viabilizar esses empreendimentos.

A ameaça de demissões em massa é iminente. Entre funcionários diretos e indiretos, Belo Monte reúne cerca de 40 mil. Muitos deles começarão a perder emprego já no segundo semestre, quando começa a acabar o pico das obras. Em reunião em Altamira, o diretor socioambiental da Norte Energia, José Anchieta, disse aos convidados que a empresa já está contratando um programa de desmobilização de mão de obra. Sobre os funcionários da região, explicou que serão oferecidos “cursos de readequação e capacitação” para que voltem ao trabalho, seja ele qual for.

“Aqueles que vieram de fora, o CCBM (Consórcio Construtor de Belo Monte, que reúne as empreiteiras que executam as obras da hidrelétrica) tem a obrigação de, da mesma forma que os trouxe, devolvê-los ao seu lugar de origem. Eles receberão passagem de ida sem volta”, disse.

Apesar da atual realidade dos projetos, Anchieta disse que os barrageiros não terão dificuldades de se encaixar em outras obras, porque já aprenderam a construir usinas e há muitos projetos para serem executados. Ele citou como exemplo a Hidrelétrica de Marabá. Trata-se de mais uma que ainda não tem data para se viabilizar.  (Estadão)

Dilma chega a Nova York

A presidente Dilma Rousseff disse na noite de ontem, 27, que a expectativa é “muito boa” para o encontro que terá com o presidente Barack Obama na segunda e terça-feira em Washington. A presidente desembarcou em Nova York no início da noite para uma visita de quatro dias aos Estados Unidos, que também a levará a São Francisco.

Na comitiva da presidente estavam cinco ministros: Nelson Barbosa (Planejamento), Armando Monteiro (Desenvolvimento, Indústria e Comércio), Mauro Vieira (Relações com exteriores), Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia), Renato Janine Ribeiro (Educação). Dilma também estava acompanhada de sua filha Paula.

Aparentando bom humor, Dilma ignorou pergunta da imprensa sobre as denúncias sobre supostas doações ilegais para o financiamento de sua campanha pela empresa UTC, se limitando a fazer o comentário sobre a expectativa da visita. A acusação foi realizada em delação premiada do dono da empreiteira, Ricardo Pessoa. A crise gerada pelas denúncias levou o ministro chefe da Casa Civil, Aloízio Mercadante, a cancelar a viagem aos Estados Unidos.

Neste domingo, 28, a presidente se reúne com empresários brasileiros no hotel onde está hospedada. O encontro está previsto para às 12h (horário de Brasília). Depois disso não há agenda oficial. É possível que a presidente faça visita a um museu e veja um concerto à noite.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não viajou com a presidente. A expectativa é que ele chegue a Nova York no fim da manhã deste domingo, não participando assim da reunião com os empresários. Levy foi internado na sexta-feira com quadro de embolia pulmonar leve. Contrariando recomendação médica, o ministro manteve os planos de acompanhar a visita da presidente aos EUA.

A viagem presidencial ocorre um ano e nove meses após o cancelamento de visita Estado aos Estados Unidos. O objetivo desta vez é retomar as relações diplomáticas, atrair investimentos para concessões na área de infraestrutura (aeroportos, portos, rodovias e ferrovias) e impulsionar a economia.

Esta é a primeira vez que a Dilma fará visita oficial ao país após as denúncias de que agências de inteligência norte-americanas teriam espionado líderes mundiais, incluindo a própria presidente, há quase dois anos – ela chegou a estar no país duas vezes, mas para participar da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Nos quatro dias em que permanecerá nos Estados Unidos, Dilma terá compromissos em Nova York, Washington e São Francisco. Nas três cidades, terá encontros com empresários dos setores financeiro, manufatureiro, de investimentos, tecnologia e inovação.

Félix Robatto apresenta sua guitarrada pop

A barba de Félix Robatto, de repente, não era mais a moldura bem-comportada que só conseguia envelhecê-lo uns dois anos. De repente, o guitarrista do Pará viu seus pelos se rebelarem em direção ao umbigo e saírem dos padrões, ganhando vida própria. Um dia, chamaram Robatto de ZZ Top pela rua sem que ele nem soubesse o que era ZZ Top. Foi pesquisar e gostou da banda de blues rock do Texas liderada por duas barbas e uma guitarra tão selvagens quanto a sua.

A Belém de Félix Robatto é, antes de tudo, uma festa regada a cerveja. Depois de dar algumas vitórias ao grupo La Pupuña, que criou em 2004 e com o qual tocou nos festivais South by Southwest, nos Estados Unidos, e Wasser Musik de Berlim, na Alemanha, e de produzir o primeiro disco de Gaby Amarantos, Treme, de 2011, ele faz sua estreia em um álbum com a própria foto na capa. Equatorial, Quente e Úmido é o registro de um dos nomes importantes da neoguitarrada, um estudioso que agora quebra algumas formas da linguagem defendida pelo La Pupuña para se movimentar mais em direção ao pop. Antes de tudo, seu disco é para se dançar.

“ZZ Top da Amazônia” soa como uma referência bem-humorada mais ao visual, embora a pegada de Robatto, como guitarrista, cantor e compositor de nove das doze faixas do disco, coloque um peso e alguns riffs que, em geral, a guitarrada não traz. Sua música tem rudimentos dos mestres Vieira, Solano e Manoel Cordeiro e desmembrá-la é entrar no universo de uma escola que o Brasil ainda não catalogou.

Os mistérios da guitarrada começam com o fato de que ela, como ritmo, não existe. “Não há uma batida própria para ela, você não pede para um baterista ‘tocar uma guitarrada’. Eu digo que guitarrada não é um gênero, é um sotaque”, diz Félix Robatto. Ele pesquisou e cursou música na Universidade do Estado do Pará, mas evitou ‘cerebralizar’ seu trabalho. “Gosto de fazer música para ser cantada.”

'Amazônia Big Rave' e 'Eu Quero Cerveja', gravada em português e espanhol, indicam algumas apropriações pop de gêneros amazônicos. Nenhuma poesia em letras como “Não importa onde eu for / Aonde quer que eu esteja / Peço um favor, que não me falte cerveja”, o que o coloca em sintonia com uma cultura que antecede os próprios anos 1980: a de se cantar sem falsas riquezas de linguagem. Outra das faixas, o merengue 'Baiuca’s Bar', de uma das forças maiores da música paraense, Paulo André Barata (que tem como parceiro constante seu pai, Ruy Barata), narra o clima de um bordel que cheira a Royal Briar, o perfume popular impregnado nos lençóis de baixo meretrício. Fafá de Belém a gravou em 1978, no disco 'Banho de Cheiro', cheia de cordas. Agora, Félix Robatto divide vocais com os graves de Paulo André e a preenche com mais guitarras e teclados.

A guitarrada vem das mãos de Mestre Vieira, mais precisamente no disco 'Lambada das Quebradas', de 1978. Se a lambada como gênero de massa só iria aparecer em meados dos anos 1980, há alguma história aí que precisa ser contada. Vieira, uma referência de Robatto, teve regravada sua faixa Loirinha. Um tema que traz a surf music da guitarra com pedal de reverb (eco) e flashes de Dick Dale, o mestre do gênero. “Eu convidei o Dick para gravar no disco, mas ele não pôde por questões de saúde”, conta. O encontro seria história pura. Sabe-se lá por qual porta a surf music, direto do Sul da Califórnia, dos Beach Boys, entrou na caldeirada paraense.  (Estadão)

Parabéns, Socorro Lisboa.

Com missa na Igreja Matriz e, posteriormente, recepção no Centro Recreativo, foi comemorado ontem (27), em Santarém, o aniversário (70 anos) de SOCORRO LISBOA, ex-primeira dama da cidade e esposa do meu querido amigo Paulo Lisboa. É um casal muito benquisto na Pérola do Tapajós, o que justifica as inúmeras manifestações de carinho que a aniversariante recebeu ontem de seu vasto circulo de amizades. 

sábado, 27 de junho de 2015

Este cara é meu amigão

América e Edinaldo demonstraram alegria com a minha presença
Em minha recente e curta estada em Santarém, tive o prazer de reencontrar o meu amigo-irmão Edinaldo Mota, meu querido parceiro de programas que apresentamos juntos na Rádio Rural. Fui visitá-lo em seu apartamento localizado no bairro do Aeroporto Velho, onde vive em clima de total tranquilidade com a esposa América. Ambos estão gozando boa saúde, graças a Deus.

Mota está terminando de escrever os textos que irão compor um livro que brevemente será editado (está faltando patrocínio). Contará muita coisa sobre suas atividades como radialista consagrado e, também, sobre sua infância, adolescência e juventude em Belterra e Santarém.

No site "O Antagonista"


Impeachment de Dilma
O senador Ronaldo Caiado, líder do DEM no Senado, comentou as denúncias de Ricardo Pessoa:
"Esse é o comprovante definitivo de que a campanha da presidente Dilma foi 100% irrigada por caixa dois e pelo desfalque na Petrobras. Já é suficiente para promovermos a antecipação das eleições no Brasil e buscar o que a sociedade deseja: representantes que possam representar com credibilidade o Brasil. Vamos ter que convocar novas eleições no Brasil. É crime eleitoral, não tem condição nenhuma de (a presidente) continuar à frente. Na segunda-feira, temos que cobrar no Senado que seja levado para a Câmara a abertura do processo (de Impeachment). É simplesmente o cumprimento da lei. É crime eleitoral, a resposta é o afastamento". 

Opinião do deputado Roberto Freire, presidente do PPS, sobre  as denúncias de Ricardo Pessoa:
“A informação mais significativa é que Dilma recebeu em caixa dois. Essa denúncia é demolidora. O resto você pode discutir. É a presidente da República, não é possível. E não adianta dizer que não sabia, porque quem recebeu foram os dirigentes de sua campanha. Mesmo não sendo objeto de desejo de ninguém, o impeachment muitas vezes começa a ser uma necessidade e se impõe. O país caminha para a ingovernabilidade.
Vai voltar com força a tese do impeachment. Não vejo com fugir à discussão sobre isso”.

Ricardo Pessoa deu dinheiro sujo para Dilma e Lula
A Veja teve acesso à delação de Ricardo Pessoa. E contou:
"O conteúdo é demolidor. As confissões do empreiteiro deram origem a 40 anexos recheados de planilhas e documentos que registram o caminho do dinheiro sujo. Em cinco dias de depoimentos prestados em Brasília, Pessoa descreveu como financiou campanhas à margem da lei e distribuiu propinas. Ele disse que usou dinheiro do petrolão para bancar despesas de 18 figuras coroadas da República. Foi com a verba desviada da estatal que a UTC doou dinheiro para as campanhas de Lula em 2006 e de Dilma em 2014. Foi com ela também que garantiu o repasse de 3,2 milhões de reais a José Dirceu, uma ajudinha providencial para que o mensaleiro pagasse suas despesas pessoais. A UTC ascendeu ao panteão das grandes empreiteiras nacionais nos governos do PT. Ao Ministério Público, Pessoa fez questão de registrar que essa caminhada foi pavimentada com propinas. Altas somas".

Renúncia, JÁ!
Dilma Rousseff não tem a menor condição moral e política de permanecer na Presidência da República, depois das revelações de Ricardo Pessoa. A sua permanência no Palácio do Planalto é um acinte às instituições e uma bofetada nos cidadãos.

Não é possível que uma nação que se pretende civilizada tenha no comando uma criminosa, oriunda de uma organização mafiosa com registro partidário.

A democracia brasileira vive o mais baixo momento da sua história. É preciso dar um basta. Renuncie, Dilma Rousseff. Já.

Justiça livra a aposentadoria de professor do fator previdenciário

A Justiça Federal confirmou que professores do Ensino Fundamental não precisam se submeter às regras do fator previdenciário no cálculo da aposentadoria. A Turma Nacional de Uniformização (TNU) da Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais, no Espírito Santo, determinou que os docentes têm esse direito por lei que trata do benefício especial (25 anos de contribuição para mulheres e 30 para homens). Com o fator, que leva em conta a expectativa de vida dos trabalhadores, o benefício têm perda de até 40% na hora. 

Ao acolher pedido de revisão de uma professora, a TNU condenou o INSS a excluir o fator do cálculo do benefício. A docente também tem direito a receber os atrasados. De acordo com o relator do processo na TNU, juiz federal João Batista Lazzari, a Constituição garante aposentadoria ao professor com redução do tempo devido à especificidade da atividade profissional. O objetivo é protegê-los do desgaste físico e mental, livrando o pessoal de prejuízo à saúde. (O Dia)

Mãe de Dilma Rousseff celebra aniversário com chá da tarde

Dilma Rousseff e a sua mãe Dilma Jane || Créditos: Getty Images
Dilma Rousseff e a sua mãe Dilma Jane
A mãe de Dilma Rousseff acaba de completar 92 anos. E, para comemorar, Dilma Jane Rousseff recebeu amigas no Palácio da Alvorada para um chá da tarde de aniversário na última quarta-feira (24). A presidente – que tinha vetado visitas por conta da saúde delicada de sua mãe – liberou e incentivou o petit comité mas não compareceu porque estava trabalhando.  (Glamurama)

Garantido abre 1ª noite do Festival de Parintins

Diante de um Bumbódromo lotado, o Boi Bumbá Garantido  abriu a primeira noite do 50º Festival Folclórico de Parintins, com o sub-tema “Criação e celebração da vida” , na noite de ontem. De dentro de um coração gigante, que tomou conta da arena, saíram os batuqueiros simbolizando as artérias que fazem o coração pulsar.

O apresentador, Israel Paulain,  o levantador Sebastião  Júnior,  e o Amo do Boi, Tony Medeiros, também surgiram do “meio da floresta” e foram ovacionados pela galera encarnada.

Entre os momentos que mais chamaram a atenção na apresentação do Bumbá foi a primeira aparição do Boi Garantido: do auto e com luzes de led, o Boi de Pano  evoluiu fazendo a galera vibrar na arquibancada.

Durante o ato da lenda amazônica “Yebá Burô”, outro momento marcante foi a evolução da Cunhã-Poranga, Verena Ferreira,  que saiu de dentro de uma  mulher com patas de insetos. Com uma performance impecável, a índia guerreira do Garantido também emocionou, assim como a Porta-Estandarte, Daniela Tapajós, e Rainha do Folclore,  Isabelle Nogueira.

Combustível  para  espetáculo, a Galera do Garantido se manteve firme e contribuiu para a apresentação do Bumbá. Sem saírem do lugar, a galera deu um show a parte, sendo atores da festa. Entre o público, além dos parintinenses, torcedores de vários municípios do Amazonas, como Tefé, levantavam letreiros com os nomes  da cidade.

Juiz não deve ignorar opinião pública, defende ministro do Supremo

 
A opinião pública não deve ser ignorada pelos juízes, defendeu o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, ontem (26/6), ao participar do I Encontro Nacional pela Paz no Futebol, promovido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

Segundo o ministro, os juízes não devem ignorar a opinião pública ao exercerem sua prerrogativa de serem contramajoritários em suas decisões. “Nenhum juiz tem o direito de bater no peito e dizer que não liga para a opinião pública, porque todo poder emana do povo e em seu nome é exercido”, afirmou.

Para o ministro, a liberdade de contrariar a opinião majoritária deve ser usada em favor da própria sociedade, para definir a constitucionalidade de leis votadas no congresso e para garantir a proteção de minorias.

“Não aceito colega que bate no peito e diz que julga independentemente do que a opinião pública pensa. Depende. Não é isso que é a posição contramajoritária dos tribunais. Somos contramajoritários quando o que vem da casa do povo, da Câmara, é uma manifestação normativa que se choca com a Constituição, e temos que declarar inconstitucional”, disse.

O ministro citou como exemplo o julgamento em que o STF permitiu a união civil de pessoas do mesmo sexo, em 2011. “Verificamos que a homoafetividade não era nem uma doença nem uma opção da pessoa. Autorizamos porque aquilo era um traço de personalidade. Estávamos assistindo diuturnamente na televisão cenas de homofobia”, destacou. (Com informações da Agência Brasil)

‘Vincular aposentadoria ao mínimo tem grau de populismo extremo’, diz ministro

O Ministro da Previdência, Carlos Gabas
O ministro da Previdência Social, Carlos Gabas (foto), afirmou que a indexação das aposentadorias à regra de valorização do salário mínimo "tem um grau de populismo extremo". "Eu vou lá, jogo para a torcida e digo que estou protegendo os aposentados. Se você analisar a medida racionalmente, você está indo contra os aposentados", disse Gabas, entrevista em ao Broadcast, serviço tempo real da Agência Estado.

Segundo o ministro, a discussão em torno da Previdência tem que ser feita com a máxima responsabilidade. "Se querem fazer disputa política, disputa eleitoral, qualquer disputa que seja no Congresso Nacional, façam com outro tema. Não façam com um tema que coloca em risco as aposentadorias e as pensões de milhões de pessoas", afirmou. "Previdência é uma questão de Estado, não uma questão de governo."

Na última terça-feira, durante a votação de uma Medida Provisória que estende até 2019 o cálculo de atualização do salário mínimo, a Câmara aprovou uma emenda que aplica a mesma fórmula - a variação da inflação e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes - para todos os benefícios do Regime Geral da Previdência.

Questionado sobre se a presidente Dilma Rousseff deve vetar a medida ou revogar toda a MP, como chegou a defender o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Gabas afirmou que ainda não participou de conversas no Executivo sobre qual o melhor encaminhamento. "O que a presidente Dilma determinou para nós (ministros) é entrar na discussão no Congresso Nacional, com as bancadas, em reunião de líderes e presidente dos partidos, explicando claramente o impacto das medidas", afirmou.

Para o ministro, a emenda incluída na MP, se for convertida em lei, pode ter duas consequências: "ou você inviabiliza a política do salário mínimo - ela tem que parar - ou você inviabiliza a Previdência Social."

Impacto - Gabas reconheceu que, em virtude do fraco desempenho do PIB, o impacto nos próximos anos deve ser pequeno. Mas alertou que muito mais perigoso é o efeito desse atrelamento ao longo do tempo. Como exemplo, ele citou que se a indexação da Previdência estivesse em vigor desde o início da política de valorização do salário mínimo, a conta acumulada, em valores de hoje, seria de R$ 150 bilhões. (Estadão)

Suprema Corte dos EUA aprova casamento gay em todo o país

Decisão foi muito festejada

 A Suprema Corte dos Estados Unidos legalizou nesta sexta-feira, 26, o casamento entre pessoas do mesmo sexo em todo o país, uma decisão histórica que anula o poder dos Estados de proibir as uniões entre homossexuais.

Desta maneira, o casamento gay é um direito constitucional nos EUA, o que obriga os 13 Estados do país que ainda o proibiam a permitir que pessoas do mesmo sexo se unam com o amparo da lei.

A decisão dos nove juízes que formam a Suprema Corte foi tomada após uma votação de cinco votos a favor da legalização e quatro contra.

A medida não entrará em vigor imediatamente porque a Suprema Corte concede ao litigante que perdeu o caso aproximadamente três semanas para solicitar uma reconsideração.

O caso analisado pela decisão de hoje se referia aos estados de Kentucky, Michigan, Ohio e Tennessee, onde o casamento é definido como a união entre um homem e uma mulher. Esses Estados não permitiram que os casais do mesmo sexo se casassem em seu território e também se negaram a reconhecer os casamentos válidos em outros Estados do país.

Há dois anos, a Suprema Corte anulou parte da lei federal contra o casamento gay, que negava uma série de benefícios governamentais para os casais do mesmo sexo que tinham se casado legalmente. Antes da decisão, o casamento gay era legal em 36 Estados e no distrito de Columbia. Em 2003, Massachusetts tornou-se o primeiro Estado americano a validar a união entre pessoas do mesmo sexo.

Centenas de pessoas se reuniram nos arredores da Suprema Corte, no centro de Washington, para comemorar a decisão dos juízes.

O governo do presidente Barack Obama já tinha manifestado abertamente sua postura a favor do casamento homossexual depois que, pela primeira vez, o próprio líder declarou apoio à causa em 2012.
Veja > FOTOS mostram comemoração pelos EUA

Delator diz ter dado R$ 3,6 milhões como ‘caixa 2’ a tesoureiros petistas

O dono da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa (foto), citou em depoimento de delação premiada suposto repasse ilegal de R$ 3,6 milhões para o tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010, José de Filippi, e para o ex-tesoureiro nacional do PT João Vaccari Neto. Ele entregou aos investigadores uma planilha intitulada “pagamentos ao PT por caixa dois” que relaciona os dois petistas aos valores milionários que teriam sido repassados ilegalmente entre 2010 e 2014.

Nas oitivas, o empreiteiro também mencionou o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha de Dilma em 2014. Pessoa teria detalhado repasses de R$ 7,5 milhões para ajudar a reeleger Dilma.

Na quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal homologou a delação de Ricardo Pessoa, o que significa que as informações prestadas por ele em depoimento à Procuradoria-Geral da República poderão ser utilizadas como indícios para ajudar as investigações. Os depoimentos ocorreram em Brasília de 25 a 29 de maio e teriam gerado mais de 80 páginas, conforme investigadores que acompanharam a delação.

Após a revelação dos pagamentos pelo portal Estadão.com.br nesta tarde, a presidente Dilma Rousseff se reuniu com ministros e conselheiros no Palácio do Planalto . Atual secretário municipal do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), Filippi é próximo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem foi tesoureiro na campanha à reeleição em 2006. Foi Lula quem indicou Filippi para a campanha de Dilma em 2010.

Conforme divulgou ontem, 26, o site da revista Veja, Pessoa também citou outros beneficiários do esquema, entre eles os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Fernando Collor (PTB-AL), o deputado Julio Delgado (PSB-MG) e o prefeito Haddad (leia texto na página ao lado).

Os supostos pagamentos a José de Filippi relacionados pelo ex-presidente da UTC em delação premiada somam R$ 750 mil e foram feitos nos anos eleitorais de 2010, 2012 e 2014. Há apenas um pagamento fora do calendário eleitoral brasileiro, no ano de 2011, de R$ 100 mil, conforme documento obtido pelo Estado.

Nos meses de abril, maio, junho e novembro do ano eleitoral de 2010, conforme a planilha, Filippi teria recebido de “caixa dois” R$ 250 mil.

No Tribunal Superior Eleitoral (TSE) há registro de repasse de R$ 1 milhão da UTC para a direção nacional do PT e de R$ 5 milhões para o comitê financeiro único do PT nacional em 2010. Na prestação da campanha de Dilma no mesmo ano, não há registro de doação da empreiteira nem do seu braço Constran. A planilha relaciona, ainda, pagamento de “caixa dois” a Filippi em 2012 (R$ 200 mil/junho); 2013 (R$ 100 mil/março/abril/ junho) e 2014 (R$ 100 mil/abril/maio).

Em 2010, Fillipi fez campanha para deputado federal e foi eleito. Em 2006, ele era prefeito de Diadema e assumiu as contas da campanha de Lula em substituição a Delúbio Soares. Pessoa chegou a arrolar Filippi como sua testemunha de defesa no processo em que o empreiteiro é acusado de chefiar o esquema de empreiteiras que pagava propina para executivos e partidos políticos em troca de conseguir os melhores contratos na petroleira. A lista de testemunhas na época causou estranheza até mesmo do juiz Sérgio Mouro, que pediu explicações sobre a escolha dos nomes e Pessoa desistiu de arrolá-lo.

Vaccari - A planilha apresentada por Pessoa cita o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que ocupou o cargo até abril deste ano. O petista esta preso acusado de ser o operador do PT no esquema de corrupção e de ter lavado dinheiro para o partido. Vaccari aparece relacionado a suposto pagamento de caixa dois no valor de R$ 2,9 milhões que teriam sido efetuados entre 2011 e 2013, período em que ele respondia pelo caixa do PT.

Em fevereiro de 2011, ele teria recebido R$ 500 mil para o partido; em março de 2011, R$ 500 mil; em março de 2012, R$ 220 mil. Em 2013 foram quatro pagamentos: em abril (R$ 350 mil), em julho foram dois pagamentos de R$ 350 mil e R$ 500 mil e em agosto, de R$ 500 mil.

Viajar ficará mais caro

O embarque rumo às férias de julho para destinos fora do Pará ficará mais caro a partir da próxima quarta-feira. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou ontem o reajuste de 7,708% nas tarifas de ônibus interestaduais e internacionais. O aumento não vale para o transporte semiurbano. Para os passageiros, qualidade do transporte rodoviário não justifica as tarifas.

A resolução que determina o reajuste a partir do dia 1º de julho foi publicada ontem no Diário Oficial da União e, para chegar aos Coeficientes Tarifários (CT) divulgados, a agência considerou o índice de reajuste do óleo diesel, do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e do Índice de Preços ao Consumidor - Amplo (IPCA), que acompanham impostos, tarifas de pedágio cobradas em rodovias.

O CT - expresso em Reais - é multiplicado pelos quilômetros percorridos na viagem (de acordo com a tipificação do ônibus), para chegar ao valor final da passagem. Em 2014, o reajuste foi de 4,792%.

Em suas justificativas para o aumento, a ANTT cita a “necessidade de manter o equilíbrio econômico-financeiro das permissionárias e autorizatárias do transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros”. A resolução não inclui o transporte rodoviário interestadual e internacional semiurbano - realizado em ônibus com catracas para distâncias inferiores a 75 quilômetros.